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Há anos existe essa nobre opção nas tvs brasileiras, permitindo que surdos alfabetizados divirtam-se com os nossos programas de alto nível. Confesso que nunca tinha aproveitado os prazeres dessa função, até ontem.
Não tendo absolutamente nada melhor para fazer, paro para assistir/ler a entrevista do Jabor no programa do Jô. Como a tecnologia de transformar som em texto escrito no computador ainda não é suficientemente avançada, acho que o único meio de produzir a transcrição é com o método Zé: coloca o Zé para ver o programa e digitar tudo que é dito...
O problema do Zé é que não dá pra acompanhar o ritmo de duas pessoas, então entre as infinitas repetições do mesmo trecho que o coitado é obrigado a agüentar, a paciência dele vai pro espaço. Isso explica os pequenos deslizes, um ou o outro acento esquecido, um errinho de digitação.
Porém, nada pode justificar a grande pérola de ontem. O Jabor comentava sobre os problemas do Brasil, "o que me irrita é a amorozidade". Morosidade não é a palavra mais comum do mundo, mas dito assim, fora de contexto, poderia ter causado uma confusão no Zé. Mas ele falou de novo, outras duas vezes, e sempre apareceu "amorozidade".
Esse era um bom emprego, se nada mais desse certo. Ou seria desce certo? Dessi certo? Dé sicerto? Xi...