Questão de escala
No Brasil eu era, sem falsa modéstia, um sucesso acadêmico e um garoto de futuro brilhante nas ciências. Aqui deu pra perceber que na verdade eu sou um merda e que obviamente não vou chegar a lugar algum. Porém, tudo na vida tem suas conpensações e enquanto em casa eu era um zero à esquerda em matéria de futebol (prático, no teórico eu sempre me dei melhor), aqui eu sou “o brasileiro”.
Todos que me conhecem sabem que a minha intimidade com a redonda é como daqueles primos de quinto grau que só se encontram nas festas de final de ano e falam, “Calor né? Pois é, estamos
No treino de hoje partimos para o campo de futebol, o ginásio estava lavando. Depois de fazer um gol contra (estilo Taffarel contra a Bolivia, em 93), mandei alguém jogar no gol e fui honrar a terra pátria. Acreditem, meus caros, dos 16 em campo eu era o único que mereceria a alcunha de “um meia lúcido”. Tenho medo de um povo em que tal situação é possível...
Os franceses não tem noção de que entre a defesa e o ataque deve existir alguma coisa. Mesmo se o alguma coisa que vos escreve estava lá, eles continuavam achando que a única jogada que existe é pegar a bola na defesa e dar um bicão para ela ir pingando até um atacante. Dá pena. Digo e repito, qualquer punhado de adolescentes no Brasil tem mais consciência tática do que eles.
Pedindo a bola, me desmarcando, dando instruções ao time eu não era mais eu, era uma projeção da nossa Terra Papagalis de todos os nossos “
Perdemos o jogo, perdi dois gols feitos e o resto do time perdeu outros tantos. O que fica como lição é que não se joga bola como na América do Sul e que perderemos o título na Alemanha para nós mesmos ou para nuestros hermanos. Talvez para os dois, mas aposto mais no primeiro.
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