segunda-feira, novembro 05, 2007

A vida moderna

Cena do quotidiano: ônibus lotado na grande metrópole. Caos, incômodo, cansaço, calor e sofreguidão. De repente, um estridente apito vem tirar o pouco de paz que ainda havia entre os passageiros.

Uma jovem senhora aparentemente é a causa do ruído. Precipita-se em direção a um banco, senta-se parcialmente em cima de um passageiro e ainda atinge o ventre dele com sua grande bolsa.

Busca vorazmente seu celular dentro da bolsa, com o frenesi da adolescente que aguarda a ligação do primeiro namorado. Finalmente encontra o aparelho, olha o identificador de chamada, diz "Ah...", dá de ombros e silencia o bichinho.

4 comentários:

Anônimo disse...

Outro dia eu vi a Sakura bebada no metro.

Bruno disse...

Quem?

Anônimo disse...

a sakura

Anônimo disse...

Final de tarde nublado ameaçando cair um pé d'água daqueles de parar a cidade. Você corre até o mercado pra comprar carne moída pra janta (e um chocotone também que niguém é de ferro).

Logo na entrada, desiste de pegar uma cestinha quando vê o tamanho da fila de "poucas unidades". Decide correr até a seção de carnes, mas eis que no caminho tromba com um gaúcho "pilotando" um carrinho desenfrado. Você sabe que é um gaúcho porque ele não só está de bombacha como apresenta-se com toda a indumentária característica.

Ao chegar na seção buscada tudo faz sentido. Ao lado do freezer do patinho e do acém você lê, em letras grande num cartaz colorido: O Gaúcho Tropeiro - tradicional música dos pampas. E logo em seguida escuta a ordem: - Baahh, mulher, venha logo me ajudar a colocar as coisas no carrinho pra sairmos antes do temporal.

As coisas são instrumentos e apetrechos. E você se pergunta o quanto daquilo faz o gaúcho se sentir realizado e o quanto o mercado lucra com a atração.