Desde a infância me preocupo com o que se passa em alguns países de nossa Latino América...Não, não falo do flagelo imposto aos pobres camponeses colombianos nem do massacre dos indíos mapuches. O que realmente me incomoda é compreender como peruanos, bolivianos, venezuelanos e afins conseguem sobreviver e até mesmo serem felizes sabendo que suas equipes de futebol são medíocres.
Acreditem em mim, a falta de esperança é das coisas mais tristes que existem. Eles sabem que suas seleções não chegarão a lugar algum. Começam as Libertadores com plena consciência de que serão eliminados em pouco tempo. E ainda assim eles estão lá, indo nos estádios, festejando, vivendo, enfim.
Como quase tudo na vida, a felicidade é percebida pela diferença entre a expectativa e o que de fato ocorre. Ora, se a previsão é de fracasso e ele de fato se confirma, não há martírio, não há problema. Os peruanos não têm a obrigação de serem os melhores do mundo. Eles de fato fazem figuração e nem deve doer tanto.
Só comecei a compreender perfeitamente esse raciocínio quando o Palmeiras tornou-se mero coadjuvante do futebol nacional. No início do ano eu tinha plena consciência de que não haveria conquista alguma para celebrar, e realmente ver o título do São Paulo (mesmo com o Palmeiras em segundo no momento em que escrevo) é tão indolor quanto assistir um pôr-do-sol.
quarta-feira, outubro 31, 2007
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2 comentários:
Belo texto... belo texto...
E DÁ-LHE PORCO!!!!
esqueceu os botafoguenses....
nos tb somos felizes
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