quarta-feira, outubro 31, 2007

Desde a infância me preocupo com o que se passa em alguns países de nossa Latino América...Não, não falo do flagelo imposto aos pobres camponeses colombianos nem do massacre dos indíos mapuches. O que realmente me incomoda é compreender como peruanos, bolivianos, venezuelanos e afins conseguem sobreviver e até mesmo serem felizes sabendo que suas equipes de futebol são medíocres.

Acreditem em mim, a falta de esperança é das coisas mais tristes que existem. Eles sabem que suas seleções não chegarão a lugar algum. Começam as Libertadores com plena consciência de que serão eliminados em pouco tempo. E ainda assim eles estão lá, indo nos estádios, festejando, vivendo, enfim.

Como quase tudo na vida, a felicidade é percebida pela diferença entre a expectativa e o que de fato ocorre. Ora, se a previsão é de fracasso e ele de fato se confirma, não há martírio, não há problema. Os peruanos não têm a obrigação de serem os melhores do mundo. Eles de fato fazem figuração e nem deve doer tanto.

Só comecei a compreender perfeitamente esse raciocínio quando o Palmeiras tornou-se mero coadjuvante do futebol nacional. No início do ano eu tinha plena consciência de que não haveria conquista alguma para celebrar, e realmente ver o título do São Paulo (mesmo com o Palmeiras em segundo no momento em que escrevo) é tão indolor quanto assistir um pôr-do-sol.

terça-feira, outubro 30, 2007

Ah, les Français



(No fundo, eu até acho que eles estão certos na maior parte das vezes)

domingo, outubro 28, 2007

Constatação

Quando você pensa que seus poucos anos de convivência com latino-americanos em geral foram suficientes para que a cultura do lado de lá do subcontinente não provoque mais nenhum espanto, aguarde...Eles sempre são capazes de surpreender.

Além do já tradicional verme na tequila, do lanche do Mc Donald's contendo pasta de abacate e da transformação de fofos porquinhos-da-índia em petiscos, acreditei que eles não fizessem mais nada de esdrúxulo com a boca. No entanto, a surpresa dessa vez não é exatamente gastronômica...

De acordo com a tradição peruana, durante a festa de casamento o marido deve tirar a cinta-liga da noiva utilizando apenas os dentes, e isso na frente de todos os convidados (y compris a família da noiva, claro).

Coroando o ritual, ele atira a peça de roupa para os homens solteiros, no equivalente ao nosso tradicional lançamento de buquê. Enfim, estranho sempre é o povo do lado de lá dos Andes...

terça-feira, outubro 23, 2007

Para pensar...

Imaginem como seria um jogo de ping-pong na Lua...

sábado, outubro 20, 2007

Competições

Ao longo desses 20 e não sei quantos anos, participei de um grande número de disputas das categorias mais variadas. Estive em campeonatos de xadrez, de futebol (salão, areia, virtual e até uma variante francesa sem goleiro mas com as traves da quadra de salão mesmo!), handball, basquete, vôlei (de quadra e de areia), ping-pong, olimpíadas de física, matemática e computação, programas de perguntas e respostas sobre conhecimentos gerais, bolões de Copa do Mundo, etc.

De todas essas ocasiões consegui apenas 2 vitórias que, numa análise fria, não dependeram praticamente em nada do meu desempenho.

Talvez eu tenha mais derrotas que uma pessoa média. Talvez ganhar seja melhor. Talvez eu devesse simplesmente ficar quieto.

PS: ontem estreamos com vitória no campeonato da Engenharia Química...

sexta-feira, outubro 19, 2007

Mau uso da técnica

Segundo o matemático Tristão Garcia (http://www.infobola.com.br/brasileiro/2007/chanceslib.aspx), o Vasco da Gama possui na data de hoje 1% de chance de se classificar para a Libertadores e 3% de ser rebaixado.

Como se sabe, a probabilidade de que ele seja rebaixado E se classifique para a Libertadores é:

P (Lib E Reb) = P(Lib) x P(Reb) = 0,01*0,03 = 0,03%.

Nota 1: Os 4 primeiros colocados do Campeonato Brasileiro vão para a Libertadores.
Nota 2: Os 4 últimos colocados são rebaixados.
Nota 3: Atualmente o Brasileirão é disputado por 20 equipes.
Nota 4: Não acredite na primeira bobagem matemática que aparecer na sua frente.

quinta-feira, outubro 18, 2007

Respondendo ao anterior

Se um cara que acha que o gato dele está vivo e morto me dissesse pessoalmente que eu estou chapado, a vida seria bem mais interessante.

segunda-feira, outubro 15, 2007

Apenas para deixar registrado

Ainda acredito que a vida é uma evolução determinística de fenômenos bizarros e complexos. Toda a verdade futura já está contida nas primeiras oscilações, o que falta é um meio correto e preciso de extrapolar o resultado para os instantes futuros.

domingo, outubro 14, 2007

Planos...

No dia em que nada mais der certo, eu já tenho um plano do que fazer: uma análise estatística profunda sobre alguns fatos do futebol, especialmente em áreas que ainda não foram muito bem trabalhadas. Ok, já há algumas dezenas de matemáticos que fazem suas previsões de quais chances do time A ser campeão, não há nenhuma razão para eu tentar roubar o negócio deles.

Minha estratégia seria avaliar a veracidade de algumas verdades tácitas do futebol. "Quem não faz, leva". Sério mesmo? Em que porcentagem dos casos? E como isso acontece? Ou "2 a 0 é um placar perigoso, o adversário faz um gol, se empolga e consegue o empate". Mais empates acontecem quando a vantagem é de 1 ou 2 gols? E depois do empate obtido, alguém consegue marcar outro e vencer?

No fundo, o primeiro grande estudo seria sobre uma verdade que parece incontestável para mim mas que não encontra tanto eco no resto do mundo...Aconteceu no jogo do São Paulo neste final de semana, entrou um menino desconhecido no gol e ele pegou um pênalti.

"Goleiros reservas têm uma porcentagem de defesa de pênaltis superior aos titulares". Sem dúvida, basta alguém ter o tempo e o banco de dados para comprovar isso. Bom, fica aqui a sugestão para algum desocupado pesquisar ou para algum aluno de mestrado em estatística com carência de idéias para a tese...

PS: blogs são como velhos amigos, mesmo ficando muito tempo distante a melhor coisa a fazer num reencontro é se comportar como se toda noite vocês jantassem juntos e discutissem os assuntos banais do dia.