terça-feira, dezembro 26, 2006

Ao goleiro que não saiu para interceptar o cruzamento, à defesa que ficou arrumando a meia, ao franco-argentino que desperdiçou seu pênalti, ao franco-argelino que usou bem sua cabeça;

Aos zagueiros que marcaram gols contra em mim, aos atacantes que perderam gols feitos, ao time que não voltou para marcar, aos juízes ladrões;

Aos professores geniais, aos professores bizarros, aos professores que deveriam seriamente considerar uma nova profissão, aos portugueses do estágio;

Aos que torceram contra, aos que acompanharam sempre, aos que não esqueceram, aos que esqueceram, aos que queriam ter esquecido;

Aos que apoiaram das formas mais bizarras, nos horários mais estranhos, das formas mais distintas, enfim, a todos que ajudaram a compôr esse ano que se encerra, o meu muito obrigado e meu desejo de que 2007 seja ainda mais especial para todos nós.

sábado, dezembro 23, 2006

Estou vivo e num dos melhores lugares do mundo. Em breve, retrospectiva 2006.

segunda-feira, dezembro 18, 2006

Pela primeira vida desde meus, sei la, 7 anos, dormi sem saber quem era o atual campeao do mundo. Estando em Londres, nao valia apena pagar uma libra para usar internet num cyber cafe qualquer para descobrir isso...

Bom, o Inter ganhou. Previsao errada, mas nao fico de todo triste, quanto mais brasileiros ganharem mais "carne de vaca" a competicao fica...Sim, isso e' discurso de perdedor rancoroso.

Depois de ver o Big Ben e o Parlamento (heheheh), embarcaremos hj a noite para a Escocia.

Pena que nao tem um matematico viajando comigo para fazer a piada da ovelha...

sábado, dezembro 16, 2006

"Antes de retornar à sua terra natal, tente passar por uma região com o clima mais diferente possível que o da primeira. Do contraste brusco advém um prazer extra não experimentado por todos os viajantes." - Antigo livro maia de conselhos.

Como os maias são aquele povo "primitivo" mas mega avançado que descobriu tudo que estava no caminho da humanidade e concluiu que nem valia a pena tentar, é melhor respeitar. Uma pena que não vai estar tão frio assim não Inglaterra.

Mando noticias (e um fish'n'chips, quem sabe) quando possivel.

quinta-feira, dezembro 14, 2006

Carl Wilhelm Scheele

Peço a todos um segundo de atenção às moléculas de oxigênio que acabaram de entrar em seu nariz e estão em algum lugar entre a traquéia e o pulmão. Quem foi o primeiro ser humano a isolar esse simpatico gas diatômico?

Eu responderia, sem pensar muito, que foi o Lavoisier. Descobri hoje à tarde que isto está errado, foi questão do ITA de hoje e mesmo eles não colocaram o nome do descobridor certo, o britânico Joseph Priestley. Mas o grande injustiçado da história não é nem ele, é o sueco ainda mais obscuro que dá nome a este post.

O cidadão, farmacêutico e pesquisador nas horas vagas, deveria ser realmente talentoso, afinal entre seus feitos encontram-se a descoberta do cloro, do manganês, do tungstênio e de outros elementos e substâncias. Entre essas, infelizmente, o venenoso acido cianídrico.

O fraco do sueco (e todos nos temos nossos fracos, não riam dele) era experimentar seus produtos de síntese. Que atire a primeira pedra o químico que nunca sentiu vontade de dar só um golinho naquela solução misteriosa...

Morreu envenenado aos 43 anos.

Moral da história: não adianta ser um gênio se você não consegue ficar com a boca fechada quando necessário.

"Por outro lado, caso perca, o Internacional ficará mais parecido com o Vasco de Nasa ou com o Palmeiras de Marcos, times que chegaram perto do degrau mais alto mas que rolaram escada abaixo e tiveram que começar tudo outra vez, feito um Sísifo de chuteiras."

Eu aposto que o Inter perde simplesmente por ser o Corinthians do Sul. E tenho dito.

quarta-feira, dezembro 13, 2006

My name is Pato, Alexandre Pato

Para variar um pouco, não sei como anda a repercussão no Brasil do novo "femônemo" do futebol, o garoto Alexandre Pato do Inter. Ao que me consta, o menino de 17 anos acabou com o Palmeiras na ultima rodada do campeonato e fez um golzinho hj no mundial. Um bom começo, certo, mas não mais que isso.

Para que todo o auê? Toda a preocupação se o Pato esta' ou não em condições de jogo, se o Pato renovou contrato, se o Real Madrid vai contratar o Pato agora, bla bla bla? Talvez seja so' exagero do Uol, talvez precisemos rever nossos valores. Pelo que eu conheço e pelas minhas previsões sombrias para o futuro do futebol mundial, o exagero néao deve vir apenas de nosso maior portal.

Que nos vivemos na era da velocidade não resta duvida, o simples fato de que em 3 minutos este texto estara' disponivel para alguém na California ou em Sidney (achou que eu ia dizer Adelaide, hein? hehe) é uma prova disso. No tempo do meu pai os jogadores se mantinham nas mesmas equipes quase pela vida inteira e qualquer torcedor sabia a escalação padrão de cor, dai a admiração e eterna reverência por um Ademir da Guia, por exemplo.

Claro que isso também não é a melhor coisa do mundo, às mudanças nos elencos também podem ser interessantes. Quando eu era pequeno se formava uma equipe para o ano, depois se vendia todo mundo. Dava tempo para um Evair marcar seus 100 gols pela equipe e depois seguir seu rumo do outro lado do mundo.

Na minha adolescência ja' começaram a se fazer duas equipes por ano, uma pro estadual e outra pro Brasileirão, o que explica o saudosismo de quem suspira "ah se o Vagner Love tivesse ficado mais um pouco..." Agora o menino joga UMA partida e vão levar embora? Ninguém sabe nem se ele realmente joga bola, se ele tem uma cabeça normal. Vai que é um Edmundo da vida e que vai xingar o juiz na primeira oportunidade? Ou um Romario que não vai ter disciplina para treinar, um Paul Gascoigne que vai afundar a carreira no alcool (para não dizer um Maradona, que afundaria a carreira numa outra, hehe)?

Eu acho que faltam valores, falta respeito, falta visão global e sobram euros, dolares, petrodolares, ienes e similares. Que o mundo civilizado se exploda, literalmente, por vontade propria antes que seja tarde demais.

(ah, e antes que alguma Juliana pense em dizer "mas e o Marcos?", ja' aviso que goleiro não conta. nem comentario de menina, hehehe).

terça-feira, dezembro 12, 2006

Descobri hoje uma lista com a classificação dos estrangeiros no concurso de entrada da Polytechnique. Foram 69 aprovados, eu fiquei empatado em 66.

Uma das pessoas que ficou atras de mim é um camaronês que estudava na Tunisia. Logo que chegamos aqui houve uma apresentação do departamento de esportes e um dos militares responsaveis pelo futebol confessou que na hora de decidir se ele seria aprovado ou não o que pesou foram suas habilidades futebolisticas. Sério, ele veio unicamente para reforçar o time. O cidadão joga realmente bem e, acessoriamente, sabe mais matematica que 95% dos latinos.

Eu fico pensando o que diabos levou os caras a me escolher. A prova, certamente, não foi, porque nem eu mesmo me aprovaria . Talvez tenha sido a carta de motivação, o que também não é muito plausivel porque esse tipo de carta é sempre igualmente vazio. Sobra apenas a sorte como explicação.

Sim, porque, como foi dito no video da bolinha de tênis, às vezes ela cai do nosso lado da rede, às vezes não.

A minha tese sobre o universo, a vida e tudo mais é que em cada momento-chave da vida de cada um de nos o universo se duplica abrigando assim as duas possibilidades em bizarros mundos paralelos. Prefiro admitir que essa duplicação tem alguma relação com a espécie humana por um principio mais antropocêntrico que antropico. Antes que alguém me leva muito a sério apesar da falta de acentos, eu nao estou propondo aqui nenhuma teoria definitiva e não tenho nenhuma resposta às duas perguntas evidentes que esse modelo deveria responder: de onde vem a matéria para os univeros multiplos e como é feita a seleção do que merece ser bifurcado ou não.

Em todo caso, não questione de onde vêm os recursos mas tente aproveita-los ao maximo e principalmente não perca seu tempo procurando explicações de critérios arbitrarios.

domingo, dezembro 10, 2006

Momento cultural

Se eu disser "Gonçalves Dias", o que vem à sua cabeça, estimado leitor? Aposto que as repostas se repartem entre "nada" e "Canção do Exilio". Faço então mais um teste, como morreu o citado poeta romântico?

Agora tenho certeza de que todas as respostas se concentram em "sabe Deus". Deus e a Wikipedia, eu diria. (Ta' bom, Juliana, eu sei que você sabe, ou ao menos sabia, porque eu me lembro vagamente de vc me contando isso. Pode ter sido delirio).

Pois bem, o maluco escreveu a Canção do Exilio no exilio (dããã...). So' que ele teve dois exilios, um, estudando em Coimbra, como toda a elite de sua geração, e outro se tratando de alguma doença bem séria nos ultimos dois anos de sua vida. O poema data da primeira fase, acho que na segunda ele ja' não tinha muitas esperanças de rever as palmeiras.

Ja' moribundo, enfiaram o coitado num navio com direção a seu Maranhão natal e perto da costa o navio afundou e acabaram deixando o doente para tras, em seu leito, e ele foi a unica vitima fatal.

Não deve nem ter dado para ver as palmeiras.

Tragico, não?

quarta-feira, dezembro 06, 2006

Turistas

Não sei como está a repercussão no Brasil desse filme. A julgar pela confusão na internet e pelos movimentos de protesto (leia mais aqui), as pessoas estão um pouquinho revoltadas.

Pois bem, nessas horas eu odeio brasileiro. Para que fazer mega campanha contra uma produção B? Alguém deixou de ir para a Eslovênia por conta do tal "O Albergue"? Ou era algum outro pais do Leste Europeu, afinal a gente sempre confunde mesmo...(detalhe que o "manifesto" circula sempre com a grafia "alberge", ninguém se dá ao menos ao trabalho de corrigir isso).

Em primeiro lugar tem que se considerar que o filme não é feito com o intuito de denigrir nossa imagem e arrasar o Brasil, é simplesmente um reflexo de como a gente é pequeno, pobre, subdesenvolvido e inexpressivo no mundo. Ninguém se importa se o filme é no Brasil, na Colômbia ou no Chile, e poucas pessoas que vão assisti-lo filme se lembrarão desse detalhe uns meses depois.

Que tal combater a corrupção, o crime generalizado e organizado, a falta de Estado, e não um reles filme B sem maiores conseqüências?

Nosso turismo é ridículo em comparação com os países "de verdade". Não tenho os números de cabeça mas é algo da ordem de 2 milhões por ano contra 40 milhões para a França. Por quê? Porque todo ano passa um filme falando mal do Brasil? Acho que não, hein...

O problema é mais embaixo mas a gente tem a maldita mania de jogar todas as nossas forças num bode expiatório. É como aquele caso do piloto americano que mostrou o dedo do meio para a Polícia Federal ao ser fichado uns anos atrás, lembram-se? Essa falta de noção para diferenciar o importante do simplesmente pitoresco é que falta em todos nós.

Eu acho que esse filme nao mereceria mais do que um "puxa, que ridículo, mais um filme de estereótipo. Estão ficando sem assunto", e ponto. Mas não, é preciso promover uma campanha gloriosa para purificar a Santa Imagem de nosso belo País...

domingo, dezembro 03, 2006

Véspera de prova

Por um tempo eu cheguei a acreditar que um dia amadureceria e seria de fato adulto: estudaria as matérias com antecedência, pelo prazer do estudo e por saber que elas seriam fundamentais para meu desempenho profissional posterior.

Mesmo tendendo cada vez mais para a especialização, me aprofundando em assuntos realmente de ponta e interessantes, eu continuo deixando tudo para a ultima hora.

Como diria Manuel Bandeira, em outro contexto completamente diferente mas que se aplica aqui também, "Meu Deus, eu amo como as criancinhas..."

sábado, dezembro 02, 2006

Memoria...

Outro dia me veio na cabeça essa cena:



Dei sorte de achar, e ainda com legendas em português!

Como nem tudo pode ser perfeito, esqueci qual era o assunto de que eu ia falar. Apreciem o começo do filme por si so' e pensem num final de historia compativel. Podem me entregar por email até segunda que vem, com no maximo 25 linhas, fonte Times New Roman 12. Obrigado.