quinta-feira, abril 26, 2007

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terça-feira, abril 24, 2007

Paulistano, palmeirense, politécnico (posteriormente polytechnicien), poliglota (presque), polifásico, piadista perene, psicólogo para pseudo-problemáticos.

Provavelmente professor porém provisoriamente petroleiro. Potencialmente psicótico podendo piorar para pinel. Poderia posar para publicidades, prefiro porém procurar pensamentos pontiagudos, provocantes.

Para parachever precisaria pôr paralelamente pedaços perpendiculares, portanto poupo-vos; prefiro parar por...

domingo, abril 22, 2007

Uma opinião

Tenho algumas frescuras, admito. Uma implicância pessoal é com goleiro que se auto-congratula e comemora defesa no meio do jogo.

Alguém já viu um domador de leão celebrando um truque bem sucedido? Ou um segurança de banco fazendo um aviãozinho depois de obrigar um cliente a tirar o cinto, o sapato, a chave e os óculos para admiti-lo na agência? Existem situações que exigem concentração total e principalmente respeito pelo próximo instante.

Fábio Costa, goleiro do Santos, salvou o alvi-negro praiano contra o Bragantino hoje em duas ocasiões. Na segunda, aos 45 do segundo tempo, ele não se conteve e começou a vibrar quando a bola saiu para escanteio.

No escanteio o Bragantino quase marcou, a bola caprichosamente acertou a trave. Sincerament eu gostaria de ver a cara do Fábio Costa se ela tivesse entrado...

Talvez ele tenha razão e eu deva mergulhar no carpete para comemorar o alegre despertar às 6 da manhã ou abraçar o cobrador do ônibus por conseguir finalmente passar pela catraca. Talvez eu só precisasse de um pouco mais de coração ou de sorte...

quinta-feira, abril 19, 2007

A eliminação do Palmeiras há uma semana passou relativamente despercebida. É um sinal de que o clube está deixando de ser grande, as derrotas e humilhações não assustam mais. Não vou reclamar diso, prefiro falar de um instante fugaz.

Relembrando, quando faltavam 15 minutos para o final do jogo o Palmeiras precisava de um desses dois milagres: marcar 5 gols no São Bento ou esperar que o Grêmio Barueri fizesse 2 no Bragantino. Obviamente nada disso aconteceria mas não foi tao óbvio assim...

Aos 45 do segundo tempo o Barueri marcou. 3 minutos de esperança. De repente, escanteio para o Barueri, era o empate saindo.

Naquele instante havia uma possibilidade bem real de acontecer o tal milagre, um cruzamentozinho bem feito, uma bobeada da defesa e voilà. Não saiu. Eu, torcedor doente, esperei até o último segundo e fiquei realmente chateado com a boa chance jogada fora. Nada como a esperança em vão...

Ontem, por outro lado, desisti rapidamente do jogo do Corinthians, não via qualquer esperança do Náutico voltar pro jogo (depois de estar perdendo por 2 a 0 eles conseguiram arrancar um 2 a 2). Afinal, logo depois da esperança em vão está certamente o remorso por nao ter tido a esperança enquanto ainda havia chance...

O problema da vida é que nunca se sabe se já é hora de desistir.

terça-feira, abril 17, 2007

Ah, a vida na USP

Enquanto eu vou usar um simulador baseado em Windows 98, a secretária do laboratório passa o dia jogando paciência...no Windows Vista!

domingo, abril 15, 2007

A vida, a vida...

"All petroleum distillation processes are fundamentaly the same."

terça-feira, abril 10, 2007

Enfim...

Depois de exatos 785 dias, meu endereço volta a ser a Terra Papagalis. Sim, meus caros, a fase francesa já é parte do passado. Aos que se preocupavam, volto sem ter virado viado ou puta.

Não posso dizer que foi um tempo totalmente maravilhoso ou sensacional, mas certamente inigualável e inesquecível, afinal esses dois adjetivos são um tanto quanto ambígüos.

Entre um A em "Síntese orgânica" e ter sido o pior aluno de estatística, entre uma defesa milagrosa depois da cabeçada de um viet e um fim de carreira melancólico, entre uma chegada na França com muitas malas e uma saída com mais malas ainda, digo apenas que as coisas oscilaram bastante.

Aqui também não é nenhum paraíso sobre a Terra. Em um dia de USP já me lembrei que:
a) O Brasil é um país tropical. Para caralho.
b) Países tropicais tem mosquitos. Para caralho.
c) Odeio suco de uva. Mesmo...

E vamos seguindo com o que ainda resta de esperança no futuro...

quinta-feira, abril 05, 2007

Lisbon revisited

Cruzou uma rua da Baixa, veio a ter comigo um mendigo que trazia os olhos tristes por profissão...

Ser engenheiro formado no exterior de passageem por Lisboa é um tanto quanto engraçado. Vi os tumulos do Vasco da Gama, do Camões, do Pessoaa e de D. Sebastião (sim!).

E em breve será preciso reescrever a desrição desse blog.

domingo, abril 01, 2007

Là-bas, je ne sais où

Véspera de viagem, campainha...
Não me sobreavisem estridentemente!

Quero gozar o repouso da gare da alma que tenho
Antes de ver avançar para mim a chegada de ferro
Do comboio definitivo,
Antes de sentir a partida verdadeira nas goelas do estômago,
Antes de pôr no estribo um pé
Que nunca aprendeu a não ter emoção sempre que teve que partir.
Quero, neste momento, fumando no apeadeiro de hoje,
Estar ainda um bocado agarrado à velha vida.
Vida inútil, que era melhor deixar, que é uma cela?
Que importa?
Todo o Universo é uma cela, e o estar preso não tem que ver com o tamanho da cela.

Sabe-me a náusea próxima o cigarro. O comboio já partiu da outra estação...
Adeus, adeus, adeus, toda a gente que não veio despedir-se de mim,
Minha família abstrata e impossível...
Adeus dia de hoje, adeus apeadeiro de hoje, adeus vida, adeus vida!
Ficar como um volume rotulado esquecido,
Ao canto do resguardo de passageiros do outro lado da linha.
Ser encontrado pelo guarda casual depois da partida —
"E esta? Então não houve um tipo que deixou isto aqui?" —
Ficar só a pensar em partir,
Ficar e ter razão,
Ficar e morrer menos ...

Vou para o futuro como para um exame difícil.
Se o comboio nunca chegasse e Deus tivesse pena de mim?

Já me vejo na estação até aqui simples metáfora.
Sou uma pessoa perfeitamente apresentável.
Vê-se — dizem — que tenho vivido no estrangeiro.

Os meus modos são de homem educado, evidentemente.
Pego na mala, rejeitando o moço, como a um vicio vil.
E a mão com que pego na mala treme-me e a ela.

Partir!
Nunca voltarei,
Nunca voltarei porque nunca se volta.
O lugar a que se volta é sempre outro,
A gare a que se volta é outra.
Já não está a mesma gente, nem a mesma luz, nem a mesma filosofia.

Partir! Meu Deus, partir! Tenho medo de partir!...


(Álvaro de Campos)

Primeiro de abril. Ou quase.

Todos gostaríamos de ser lembrados como o melhor em alguma coisa, nem que seja "melhor imitador de fanho de Piraporinha do Sul". Provavelmente o referido imitador não conseguiria sucesso no Campeonato Paulista de Imitação, todos esbarramos em uma barreira intransponível em um dado momento.

Todos não, todos menos um. Afinal de contas existe um cara que consegue fazer um fanho do jeito mais realista e engraçado possível DO MUNDO. Talvez ele seja um pastor de cabras no Curdistão e utilise seu talento apenas para divertir 3 de suas 4 esposas (a ultima é gaga e não vê muita graça nessa piada). O que importa é que existe "o melhor do mundo", encontrá-lo é o problema.

No esporte, ser o melhor não é apenas uma vontade, é o objetivo supremo, a razão da propria existência das competições. Aliás, como diria aquele franchuco, "Competir o caralho, o importante é ganhar".

No futebol não seria tão dificil escolher o campeão mundial. Bastaria fazer torneios em escalas cada vez maiores (regional, nacional e continental), pegar os melhores e colocá-los para se matar. Na prática, diferenças de calendário, de tradição e até mesmo de cultura tornam esse modelo difícil de ser aplicado. A título de comparação, a FIFA realizou 3 mundiais mais ou menos com essa cara contra 76 anos organizando Copas...

Eu, por acaso, acordei campeão do mundo ontem. A FIFA oficializou o titulo do Palmeiras na Copa Rio de 1951. Somos o primeiro campeão mundial, só falta avisar o resto do mundo disso.

Sinceramente isso me dá um certo orgulho mas não uma felicidade plena, afinal eu nem era nascido na época, nem mesmo meus pais. Eu sei o que realmente queria: vou mandar um relatório para a FIFA pedindo a anulação do resultado do fatídico Palmeiras e Manchester United acontecido há exatos 7 anos, 5 meses e 2 dias. Dêem um jeito, alterem o placar. Não, melhor, mandem um gandula de volta no tempo e peçam para ele gritar pro Marcos dar um passinho pra trás, coisa pouca.

Não adianta sonhar. Como dizem os chineses, há quatro coisas que não têm retorno na vida: a flecha lançada, a palvra proferida, a oportunidade perdida e principalmente a bola cruzada.