quinta-feira, novembro 30, 2006

Encore et toujours



O leitor atento já esperava por isso. Infelizmente, estava ocupado com os detalhes da minha futura viagem para a Inglaterra e acabei deixando passar o dia 30...

É isso, 7 anos da infame derrota. 2557 dias pensando "puta que pariu, perdemos".

Acreditando de antemão nos poderes demoníacos do 30/11, fui para a nossa estréia no torneio de hand com tanta esperança quanto um peru indo para o abatedouro. A esperança não aumentou muito quando eu vi que os nossos adversários ostentavam uma bela camiseta vermelha. Quando eu reparei que o goleiro deles estava com o uniforme da seleção Inglesa, pensei em pedir pro meu técnico pra ir embora. Era perda de tempo, claro.

Já haviamos jogado contra aquela equipe, no ano passado. Perdemos, como sempre. Hoje perdemos de novo, de muito, como de costume. Mas não foi nada épico. Nenhum lance mágico que poderia ter mudado tudo. Nenhuma humilhação suprema. Nada, uma derrota comum, daquelas que acontecem semana sim, semana também.

Fico mais triste pela falta de grandiosidade que pela derrota em si. Mas a vida segue e semana que vem tentaremos perder com um pouco mais de sofrimento.

(PS: eu poderia dizer que o melhor jogador do time deles parecia com o Giggs, o galês que faz o cruzamento do gol do Manchester...poderia também dizer como foi doído me esticar e sentir que não alcançaria uma finalização por cobertura. Seriam apenas detalhes, nada que mereça ocupar o precioso tempo do querido leitor.)

terça-feira, novembro 28, 2006

Tenho medo...

-de técnicas de caracterização de materiais;

-de estar perto do teto de lugares altos;

-de velhinhas comprando legumes no mercado;

-de pegar o metrô no mesmo vagão que alguém de turbante;

-da sujeira incrustrada nos talheres do restaurante da escola;

-de lojas que consertam eletrodomésticos (é sempre bom repetir);

y de otras cositas más...

segunda-feira, novembro 27, 2006

O triste fim do Império Romano - Parte I

Tudo começou quando Julio Cesar decidiu tomar o poder ao final do segundo piruvato. Ele convocou sua tropa de elite, os pirróis, que montaram os ágeis terpenos para ocupar rapidamente a cidade de Roma e impor o novo controle.

Na manhã seguinte, o toque dos triptofanos indicava que um novo governo se havia estabelecido. Obviamente alguns setores da sociedade reclamaram, como as piridinas, sacerdotisas virgens que dedicavam suas vidas à educação dos pirróis e as mercaptanas, vendedoras de especiarias vindas do Oriente.

Essas, em particular, tinham o apoio do general Al-Deído, antigo governador romano do atual Estado de Israel.

domingo, novembro 26, 2006

Derrotas e derrotas

Em geral tendemos a acreditar que uma derrota não é algo muito grave, ou porque se tera uma outra oportunidade de se conseguir a mesma coisa ou por conta daquelas crendices populares terriveis do tipo "Deus escreve certo por janelas tortas" ou "Fecha-se a tampa da caneta mas se abre uma porta".

Delirios à parte, é preciso admitir que existem coisas importantes em que realmente perdemos. De vez, finito, game over sem continue. E é exatamente por esse carater irreversivel que elas se tornam ainda mais importantes, afinal so'se costuma dar valor ao impossivel...

E é nesse tom incrivelmente otimista que eu desejo a todos um bom começo de semana do 30/11.

Da Síndrome de Estocolmo e afins

Passar aspirador de pó no quarto num domingo à tarde pode ser divertido.

sábado, novembro 25, 2006

Pequeno pensamento sobre o passado

Ha' exatos dois anos eu fiz a prova oral para entrar aqui.

Fica a deixa para o caro leitor refletir o quanto mudou nos ultimos 730 dias, quantos sonhos realizou, quantos teve que enterrar...

Eu, infelizmente, não ando com tempo sobrando para fazer uma profunda analise sobre isso. Além do mais, existem dois anos de arquivos ao alcance de um clique para que novamente o querido leitor possa trabalhar um pouco e determinar o quanto eu mudei, quantos sonheis realizei e quantos tive que enterrar. Além das provas, meu computador esta' com um simpatico virus que faz com que ele reinicie a cada pouco. Assim sendo, deixo mais uma citação do Pessoa que retrata bem o momento:


Cada um cumpre o destino que lhe cumpre,
E deseja o destino que deseja;
Nem cumpre o que deseja,
Nem deseja o que cumpre.

Como as pedras na orla dos canteiros
O Fado nos dispõe, e ali ficamos;
Que a Sorte nos fez postos
Onde houvemos de sê-lo.

Não tenhamos melhor conhecimento
Do que nos coube que de que nos coube.
Cumpramos o que somos.
Nada mais nos é dado.

(Ricardo Reis)

quinta-feira, novembro 23, 2006

O futuro...

Como todos os anos, no final de novembro a Polytechnique promove um fórum em que diversas empresas e escolas, francesas e estrangeiras, vêm para tentar aliciar pessoas ou simplesmente por marketing.

Estando ainda um tanto quanto longe do final do meu curso no Brasil e sem nenhum interesse em seguir na França no ano que vem, não tinha muito o que fazer no tal fórum. O mundo das empresas não me atrai, não me ajuda em nada saber como é o processo de recrutamento de uma Air Liquide ou Schlumbeger na França. Conversar com alguém de uma universidade sobre um possível doutorado a ser iniciado no inacreditavelmente distante ano de 2009 também parece ridículo.

A parte boa, além da malinha que ganhamos, foi conversar com o professor que a Poli enviou e garantir para ele que meu sonho de voltar pra ajudar o Brasil ainda não morreu. Faltou dizer que eu considero a possibilidade de começar Jornalismo depois da engenharia, mas isso é apenas um detalhe.

domingo, novembro 19, 2006

Misture bem...

Intercalando a leitura das ultimas aulas de organometalicos com um livrinho de sonetos e redondilhas do Camões, me veio a subita revelação:

Seria o "fogo que arde sem se ver" simplesmente metanol?

Ta', eu preciso de férias de novo.

É, eles ganharam

Faltam 45 minutos para o titulo brasileiro do São Paulo. Fica, é claro, uma pontinha de inveja, ainda mais ao lembrar que o ultimo titulo de verdade do alviverde foi a Libertadores ha' belos 7 anos e meio (copa dos campeões e série B não contam, por favor). Com o fantasma da Segundona rondando novamente, acaba surgindo a suspeita de que o Palmeiras possa simplesmente desaparecer algum dia.

Nesse assunto, deixo novamente um texto do Torero, dessa vez vou colar porque precisa da senha para ver na pagina da Folha:

E se seu time acabar?


SONHADOR LEITOR , sonhada leitora, pensemos em pesadelos: pensemos que, certo dia, um imenso tsunami varra a cidade de Santos do mapa. Ou que o Corinthians afunde em dívidas e seja repartido entre seus credores. Ou que o Morumbi seja demolido e em seu lugar se construa um imenso condomínio de prédios de luxo. Ou que o Palaia se transforme no presidente vitalício do Palmeiras. Ou que a Portuguesa caia para a Série C.

Tais tragédias poderiam levar esses times à extinção. E aí finalmente chegamos à grande pergunta: "O que você faria se seu time acabasse?".

Sim, porque um dia ele vai acabar, assim como acabaram os gloriosos Ypiranga e Germânia, clubes que, nos tempos de antanho, eram tão grandes quanto eram os grandes de hoje.

Pensei nesta questão principalmente por conta da tradicional e querida Portuguesa, que caiu para a segunda divisão no Paulista e pode cair para a terceira no Brasileiro.

A simpática Lusa pode continuar nessa queda até que o haraquiri de seu departamento de futebol seja a única saída. Então, melancolicamente, ela se transformaria apenas num clube social.

E isso pode acontecer, num longo prazo, com qualquer um dos grandes. Nesse caso, o que seus torcedores fariam?

Acho que alguns iriam torcer justamente para seu maior inimigo. No começo, com certo pudor, mas depois com verdadeira paixão e desavergonhado amor. Torcedores que sempre olharam para o outro lado da arquibancada com inveja, agora, libertos da obrigação de fidelidade, empunhariam a nova bandeira ainda com mais amor do que empunhavam a primeira.

Esses torcedores seriam como o Jacó da Bíblia, que primeiro teve que se casar com Lia e só depois de mais sete anos de trabalho é que finalmente pôde se casar com Raquel, seu verdadeiro amor.

Seriam como o marido que larga a aborrecida mulher pela apaixonada amante.
Mas imagino que haja mais dois tipos de torcedores. O primeiro, ressentido e magoado, tímido e temeroso, passaria a torcer por algum clube pequeno. Na impossibilidade de repetir o grande amor, ele se contentaria com um afeto pequeno, discreto e confortável, do qual esperasse pouco e que não lhe exigisse nada.

Mal comparando, esses torcedores seriam como aqueles divorciados que vão morar numa quitinete e passam a ter namoradinhas de quando em quando. Ou então recorrem ao serviço de gentis profissionais que quinzenalmente lhe vendem umas migalhas de amor. E há, por fim, o torcedor que, uma vez enterrado seu time, nunca mais iria ler, ouvir ou falar sobre futebol.

Aquele que amava seu clube com tanto ardor que ele não era apenas seu time, mas o próprio futebol. Esses seriam os viúvos inconsoláveis, aqueles que preferem a memória de uma mulher à presença de todas as outras, aqueles que amam eternamente. Estes, pensamos que somos todos.

Mas eles são bem poucos.

sábado, novembro 18, 2006

17

A história já é meio antiga mas eu esqueci de postar da Itália.

No vôo Paris-Roma, tomamos um avião da Alitalia, com suas poltronas inacreditavelmente verdes. Sentei no meu lugar, lá pela fileira 16, e aguardava, impaciente, que os franceses encontrassem logo seus assentos. Um menino francês vira então para seus pais mãe e fala, "olha, eles não tém a fileira 17". Silêncio da parte dos adultos. O franchuquinho então, usando seu brilhante cérebro dedutivo, exclama "ah, só pode ser para que o avião pareça maior".

Mas o pequeno não tinha razão. O 17, na Itália, é considerado de mau agouro, assim como o nosso 13. Segundo a Wikipedia, é porque 17 em romanos é um anagrama de "eu vivi" em latim (XVII e VIXI, respectivamente), e assim o 17 passou a ser associado com a morte.

Se eu fosse o pai da criança não saberia dar essa bela explicação envolvendo línguas mortas, teria dito algo assim:

"Então, meu filho, os italianos acham que o 17 dá azar. Na copa de 90 eles perderam nos pênaltis e foi o número 17 que errou. Na copa seguinte, eles resolveram dar os números para os jogadores de acordo com a ordem alfabética e o Baggio (cujo prenome é Roberto) ficaria com o famigerado número. O que a sabia federação italiana fez foi deixar o número de todos na ordem alfabética mesmo e o craque com a 10. Como vocé sabe, o pseudo 17 perdeu o pênalti.

Em 98 eles foram eliminados nos pênaltis de novo, mas o 17 nao fez nada de mais. Em 2002 eu não vi eles perderem da Coréia (maldita copa do outro do lado, é sempre bom dizer) mas também não teve nenhuma influência. Quando eu estava em Berlim em 2006 a primeira coisa que eu pensei quando acabou a prorrogação foi "quem é o 17, meu Deus?". Era o glorioso Simone Barone, que só entrou em campo em um jogo (contra a Ucrânia), que seu pai não viu porque estava fazendo churrasco com o dinheiro do governo francês.

E é por essas e por outras que não tem poltrona 17".

Talvez ter um filho não seja tão má idéia assim. Talvez ter uma vaga de comentarista na tv supra essa necessidade.

quarta-feira, novembro 15, 2006

Vai mal...

Conversando sobre um filme chileno que foi bastante premiado uns anos atras, percebi mais uma vez que o futebol tende a dominar o resto do meu cérebro. O filme em questão chama "Machuca", mas toda santa vez eu falo "Pachuca", que é o nome de um time bizarro do México.

é bem verdade que tanto o filme quanto o time são bem desconhecidos, assim o leitor tende a acreditar que isso não é nada de mais. Bem pior foi o dia que eu quis lembrar a marca dos carros do 007 e falei que eram...Aston Villa!

é como disse São Paulo naquela carta aos corinthians: "Ainda que eu tenha o Dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência, ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montanhas, se não tiver amor, nada serei."

terça-feira, novembro 14, 2006

"O que levamos desta vida inútil
Tanto vale se é
A glória, a fama, o amor, a ciência, a vida,
Como se fosse apenas
A memória de um jogo bem jogado
E uma partida ganha
A um jogador melhor. " (Ricardo Reis)

Provavelmente a grande graça do esporte e que motiva tantos bilhões de pessoas a interromperem suas atividades para ver uma bolinha indo de um lado para o outro (sob diversas versões, batendo nela com os pés, com as mãos, com raquetes, tentando acertar alvos no fundo ou no meio do campo, individualmente ou numa equipe, etc.) é a eterna possibilidade de recomeço. Sempre existe a próxima rodada, o próximo turno, o campeonato seguinte. É a esperança que renasce a cada semana sem grandes esforços.

É essa esperança renovada que nos permite acordar numa segunda-feira fria e pensar, "tudo bem, estou 6 pontos atrás do XV de Piracicaba, faltam 3 rodadas. Tudo vai dar certo e nós vamos subir para a série B3. Mas se não der, ano que vem tentamos de novo".

Com esse espírito, fizemos um coletivo na última segunda. Eu como goleiro da equipe 5, tendo como adversários os poderosos da equipe 1. Sim, um treino um tanto quanto desequilibrado, o melhor time contra o pior. E, num desses milagres que só o esporte proporciona, nós vencemos.

Há que se dizer que eles estavam usando um tipo suicida de defesa, algo irreal. É a velha máxima popular sobre treino e jogo, sem dúvida. Mas eu acho que o nosso sucesso veio dos clichês. Senão vejamos:

Nós estavamos de colete azul e eles de vermelho. Eles são mais altos, mais fortes e falam russo! (Sério, tem dois caras no time deles que fizeram estágio em São Petesburgo). O meu time é composto de gordinhos, nerds, tortos, caras de óculos (estou de fato falando do time inteiro, não só de mim). Jogadores desacreditados pelo técnico salvaram suas imagens, goleiro defendeu um pênalti, tudo de acordo com o script.

Foi uma vitória hollywoddiana, admito. Mas foi tão bom...

domingo, novembro 12, 2006

Analogia apocalíptica

Pense, querido leitor, em quantos jogos de videogame o senhor já experimentou. Selecione agora o subconjunto dos jogos que você terminou (zerou, venceu, acabou, whatever...). Agora restrinja ainda mais, deixe apenas os jogos que você terminou logo na primeira tentativa.

Bem, se sobrou alguma coisa é sinal de que você é muito forte, ou joga apenas jogos estûpidos ou quem sabe ambos. É perfeitamente normal e aceitável perder em algo que não se conhece completamente, ninguém pode ser criticado por isso.

E se você tivesse que jogar algo imensamente mais complicado que qualquer programador jamais poderia conceber, do estilo "simule e controle um planeta por 2 milhões de anos". Para piorar, você não teria poderes absolutos sobre tal planeta ou a companhia de toscos seres com inteligência artificial limitada: seria na verdade necessário interagir com alguns bilhões de jogadores, cada um mais tacanho, mesquinho e ignorante que o outro.

Pois bem, nesse contexto quais seriam as suas chances de vitória? Eu, otimista como sempre, cravaria minha aposta no "0%".

É isso que eu acho que vai acontecer com a humanidade. A gente vai explodir a Terra não por maldade de cientistas russos, mas sim por pura inépcia. Ninguém sabe quais são as regras, ninguém entendeu o jogo, como diabos alguém pode ter esperança que a gente vai se safar no final?

Enquanto o game over não vem, acho que dá pra fazer carreira na indústria petroquímica. Minhas previsões garantem que a Terra acaba antes do petróleo...

sábado, novembro 11, 2006

Delegando...

Ao invés de postar, deixo apenas um link: http://blogdotorero.blog.uol.com.br/

Leiam ao menos o texto do dia 09/11. Sensacional.

quarta-feira, novembro 08, 2006

Que complementa o anterior

Futebolzinho noturno contra franceses da periferia que vieram até a escola para jogar com a gente, uns conhecidos do Michael.

A equipe latina vence tranqüilamente por 9 a 4 quando seu goleiro, este que vos fala, pensa que talvez ele seja meio exagerado, que não necessariamente a vida é um vale de lágrimas, derrotas contra equipes que só sabem cruzar a bola na area e outros tipos de fracasso. Vejam só, estávamos nos vingando de 98, 2006 e ainda sobrava um gol a nosso favor.

O fato é que a partida terminou 14 a 12. Para eles, claro, porque o autor pode até ser um pouco paranóico, mas que não tem sorte, não tem.

terça-feira, novembro 07, 2006

Que eu gosto de dar uma dimensão épica a cada uma de minhas inumeras partidas de handball não é novidade nenhuma. Porém, fazia tempo que não acontecia nada de relevante.

O goleiro bom não foi treinar ontem, então o técnico ocupou o que seria o meu lugar e eu pude jogar com a equipe boa. Deveria ter sido um massacre nosso, mas os caras não estavam muito inspirados. Tudo ia bem até faltarem 30 segundos para acabar o jogo. Venciamos por um gol de diferença, ultimo ataque. Uma defesa minha e a vitoria seria nossa. O cronometro avança inexoravelmente, eles se precipitam, arremessam de qualquer jeito e eu consigo espalmar.

Mas...

A bola sobra na mão do pior jogador da Polytechnique inteiro, talvez da França. O coitado é um mongo, o jogo estava ganho. Todo o time deles grita para o maluco tentar o arremesso, ele joga mal e eu, sem muitos problemas, defendo de novo. Pronto.

O problema é que a bola pegou no meu braço, desceu, pegou no meu calcanhar e entrou. Eu praticamente fiz o gol contra do empate...

Todos ja' viram um filme em que o garotinho estranho vence a partida no ultimo segundo de modo espetacular, passa a ser querido por todos, descobre que a menina popular da escola gostava dele e tudo termina bem.

Faltam filmes sobre goleiros...

domingo, novembro 05, 2006

Seguindo

Elegemos um "novo" presidente, a Europa teve um mega blecaute, condenaram o Saddam, Israel ta' bomberdeando a Faixa de Gaza e o Sharon esta' para morrer, o Palmeiras se afunda e o São Paulo ja' é o campeão.

Nada de muito bom mas também nada de muito surpreendente nas noticias que eu perdi na semana de férias, salvo talvez o blecaute. A vida vai seguindo seu rumo, retornando à normalidade.

Da Italia ficam a saudade dos sorvetes e um sentimento de saciedade em relação à necessidade turistica incontrolavel e inexplicavel de visitar igrejas antigas.

Mais uma segunda, mais um novo mês, menos dias até o retorno ao Brasil. Tudo vai indo, tudo sempre vai indo.

José, para onde?

sexta-feira, novembro 03, 2006

Jair Picerni?

Sim, eu sei, estou em Florença e deveria comentar como é belo o Duomo, como os sorvetes italianos sao gostosos ou como sao deslumbrantes as paisagens toscanas.

Mas nao, isso sao assuntos secundarios e um leitor imaginativo pode muito bem completar as lacunas na descriçao. Visitamos museus, igrejas, tiramos fotos de paisagens, essas coisas todas.

Infelizmente chega um momento em que é preciso dizer "puta, as férias estao acabando, preciso voltar ao mundo real". é nesse instante entao que vc abre o uol e percebe que o Palmeiras voltou a ser dirigido pelo Jair Picerni!

Ele ja' tem experiencia em nos tirar da Segundona, acho que a escolha foi nesse sentido...Aposto com qualquer leitor interessado que o time alviverde sera rebaixado daqui a seis rodadas. Valor da aposta a negociar.

Posse do Lula, Palmeiras na Segundona, eu entrando na poli...Volto a insistir que a vida tem um periodo de 4 anos e que tudo sempre se repete. Da primeira vez como tragedia e da segunda como farsa, como diria o barbudinho.

Indo agora para Veneza...Ja fiz a minha cota de museus e igrejas italianas antigas, ja' ta' batendo a vontade de voltar para casa.

quarta-feira, novembro 01, 2006

Maiores informaçoes

Chegamos no albergue bizarro outra noite e os franceses estavam la. Uma mina loira, um magrebino e outro maluco. Assisitndo alguma coisa mais bizarra ainda num laptop. Porra, ladrao nenhum do mundo assiste filme em laptop em viagem para o exterior...Estava tranquilo.

Deixamos claro que falavamos frances (o tiago pedindo para passar na frente do filme para poder ir no banheiro, eu simplesmente rindo do mesmo (o filme, nao o tiago)), mas felizmente nao tivemos que fazer muito contato com os gauleses. Fingimos dormir para ouvir alguma coisa, nada de relevante. A vida segue quase tranquila.

Acabamos de visitar as coisas de Roma, andamos por ruinas e mais ruinas, igrejas e mais sorvetes, atè chegar finalmente a hora de partir para Florença. Bem, esse aqui deveria ser o primeiro post do dia, mas a ideia do outro era melhor...

Estamos num quarto para duas pessoas agora, entao a chance de roubo durante a madrugada esta bem melhor. O albergue é mais limpo, mais simpatio e com cara de albergue, finalmente. Parece que alguem ouviu as preces de que um albegue nao precisa necessariamente ser bizarro, hippie, alternativo e estranho. O cafè da manha deve ser nulo e so tem um banheiro para 10 pessoas, mas eu ja venho de uma terra onde banho é raro, esta tranquilo.

Saudaçoes fiorentinas...

ps: comprei uma camiseta do Buffon. Tinha do Materazzi, mas so tamanho pequeno, merda.

Enfim...

Outubro de 2004. Escola Politécnica da Universidade de Sao Paulo. Aula de Fisica II, professor internacionalmente renomado para sua exposiçao para falar um pouco de besteira. Ele cita entao uma igreja de Florença que funcionava como cemiterio e onde estava o corpo do Galileu.

Naquele instante pensei, "porra, se eu nao for pra França no ano que vem, nunca vou conseguir ver essa tal igreja".

Pois bem, passei la hoje. E, alèm do Galileu e do Fermi, la esta também o Maquiavel...

é, justificam mesmo.