Ufa

2009 ainda não começou no Brasil mas já traz uma das melhores notícias da década: o fim desse tipo de óculos







Viva 2010 e a volta do bom senso!

Chave de ouro

Para terminar um ano em que aconteceram coisas boas, ruins e estranhas (aquelas que aguardam o juízo do tempo para se definirem em boas ou ruins), meu gato brigou comigo hoje.

Que o 2009 dos leitores seja melhor ou ao menos mais estranho...

Pós-jogo

Colapsada a função de onda e terminada a partida, podemos fazer uma análise do que de fato ocorreu e não dos nossos delírios terceiro-mundistas:

1 - Os equatorianos da LDU (vindos da Argentina e do Paraguai, por exemplo) aceitaram bem a derrota. O craque do time, um cidadão que deve ter uns 3 pulmões (numa estimativa conservadora), sorria após a perda do título mundial. Provavelmente deve ir para algum time do poderoso campeonato da Arábia Saudita para ganhar uns trocados.

2 - Os ingleses do Manchester (nascidos em Lisboa, Buenos Aires, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Seul, Belgrado, etc.) celebraram a vitória gritando em perfeito inglês britânico "Campeones, Campeones, olê olê olê".

3 - Cevallos, o goleiro equatoriano, herói da conquista da Libertadores, autor de grandes defesas e totalmente isento de culpa na derrota, chora ao final da partida encostado ao pé da trave. Alguien todavía tiene cojones...

A origem do rancor

Gosto de imaginar que a final do Mundial Inter-Clubes de futebol é uma metáfora do eterno confronto entre classes, ricos contra pobres, opressores contra oprimidos, colonizadores contra criollos, eles contra nós.

O meu desejo vem do fato de que o jogo é normalmente disputado entre uma imensa potência européia (Milan, Real Madrid, Barcelona) e uma equipe sudaca mais pobrecita (Once Caldas, LDU, São Paulo, etc.).

No entanto, o confronto que eu idealizo é diferente do real porque os clubes europeus sentem-se senhores do futebol mundial independentemente do resultado do "amistoso" contra aqueles sulamericanos com tacapes. É parecido com o que os norte-americanos fazem ao chamar seus campeões nacionais de basquete e de baseball de "campeões do mundo", com a diferença de que nesses esportes nem existe o tal amistoso contra os primitivos.

Confesso que essa visão da mentalidade européia é apenas reprodução do que se diz normalmente. Estando lá, não ouvi nenhum comentário especial sobre o Mundial de Clubes mas não posso atribuir isso diretamente à tal empáfia européia. Na verdade, creio que a falta de interesse vinha simplesmente do fato de que uma equipe francesa nunca chegou em ponto tão alto (o único título continental de um time de lá foi aquele do Olympique de Marseille, cassado por conta de um escândalo de manipulações de resultados).

Após o longo preâbulo, gostaria apenas de registrar o meu óbvio apoio à LDU. O mesmo Manchester que tirou a glória mundial do Palmeiras em 1999 pode ser humilhado por equatorianos bizarros, o que já seria bastante engraçado.

Uma vez que o título venha de fato para os equatorianos, a parte difícil será apenas convencer algum brasileiro de que a LDU é melhor do que o time de coração do brasileiro em questão. Afinal, quem é arrogante e menospreza os outros são os europeus, nós somos simplesmente melhores...

Metrô de São Paulo, Linha Vermelha, Estação Bresser, 18h15. Seria um exagero dizer que estava lotado, sei que o limite inferior é realmente muito mais profundo do que parece. No entanto, também estava um pouco longe de ser uma primeira classe de TGV.

Três rapazes entram no metro quadrado que eu já dividia com 5 pessoas. Um deles exclama: "Ah, se eu tivesse estudado como meu pai falava...".

Outro, mais realista, corrige: "Tem muita gente aqui que estudou bastante e tá aí, sendo apertada". O primeiro ainda insistiu: "Se pelo menos eu tivesse assistido aquelas aulas de Cálculo 3 para advinhar os números sorteados da Mega-sena...".

Faz 4 anos que fiz Cálculo 3. Provavelmente o mais fácil de se tirar nota mesmo sem entender a matéria (comentário privado: eu fui até melhor que a Angela!). Em todo caso, nas aulas que assisti não era feita qualquer menção à Mega-sena.

Sabia que não devia ter saído para "ir ao banheiro" naquela quarta-feira de final de Champions League...

Ronaldo, o retorno final (?)

"Domingo, Fevereiro 17, 2008

Quando Ronaldo foi vendido para o Milan eu fiz uma análise da evolução do preço de mercado do craque ao longo do tempo, comparando também suas médias de gols nos diversos clubes.

Agora que ele se estourou de vez e vai encerrar a carreira acho que é possível fazer a versão final daquele gráfico. É curiso notar que apesar de tudo que se falou sobre sua decadência, a média de gols não caiu tanto assim; é apenas ao se observar a quantidade de gols marcados a cada temporada que fica claro o peso do tempo"

As verdades definitivas são, em geral, mutáveis e portanto não tão definitivas quanto parecia. Cravei 10 meses atrás que Ronaldo encerraria a carreira depois da n-ésima contusão no joelho. Enganei-me, como de costume.

Estando sem contrato com o Milan, o Corinthians não precisou pagar nada para contratá-lo. Dando prosseguimento ao tratamento feito anteriormente, não é totalmente ruim utilizar um polinômio de grau 2 para aproximar a média de gols do ex-craque, como se vê na figura abaixo:



A extrapolação da curva indica que ele terá média de cerca de 0,2 gols por jogo. Observemos agora a evolução do número de gols marcados em cada temporada:



Prevejo, com otimismo, que ele marcará 2 gols pelo Corinthians. Conclui-se, portanto, que ele disputará 10 partidas em 2009, o que também demonstra um excesso de otimismo deste que vos escreve.

Quem viver, verá.

10 tipos

Existem 2 tipos de anos: os esportivamente divertidos e os outros desde 1999...