quinta-feira, fevereiro 05, 2009

Étranger dans son pays

Engenheiros químicos brasileiros em geral:

a) Trabalham para a Petrobras.
b) Trabalham em empresas que fornecem produtos para a Petrobras.
c) Prestam serviços para a Petrobras.

Atualmente estou na categoria c. Por essa razão, fui enviado para o Rio de Janeiro ontem. Depois de um árduo dia de trabalho no Cenpes (que por alguma razão chama Leopoldo Miguez...é o cara do hino mesmo?) chegou a hora de retornar para a verdadeira Cidade Maravilhosa. Me indicaram um telefone interno que poderia usar para chamar um táxi.

-Oi, eu queria pedir um táxi para a portaria 4...

-Quashtradxi?

Pensei que um guaxinim havia entrado na ligação e estivesse tentando fazer contato. Lembrei rapidamente, no entanto, que manter uma conversa ao telefone é o estágio supremo no aprendizado de um idioma qualquer. Respirei fundo, me concentrei e continuei.

- Desculpa, eu não entendi.

- Qual o shtradi?

Justamente por pertencer à categoria "c" e não à "a", pensei que o "shtradi" fosse algum tipo de número interno, documento, conta bancária para debitar o custo do táxi, enfim, algo exclusivo da própria Petrobras.

- Então, eu sou visitante, eu não tenho isso.

- Não, eu perguntei como você eshtá veshtido.

De tão chocado com a forma salivar que os cariocas utilizam para dizer "Quais os trajes" (sem contar o susto de perguntar dessa forma lusitana com que roupa a pessoa está), acabei respondendo que estava de branco quando ostentava uma bela camisa amarela. Tendo sido avisado de meu erro, pedi desculpas ao táxista e falei para recomeçarmos toda a conversa...

Um comentário:

Anônimo disse...

Errar cor é de família... eu me confundi no exame da auto-escola!!! Ha ha ha ha ha... E viva a URRRRRCA e o Chrixto.