segunda-feira, abril 26, 2010

O Brasil que dá certo

Trechos selecionados da entrevista de Neymar ao Estadão:

"Você alisa mesmo os cabelos a cada 20 dias?

Aliso. Nem sei o que eles (cabeleireiros) fazem. Só sei que tem um cheiro ruim."

"E o que mais você faz para cuidar da aparência?

Depilo as pernas com uma maquininha. "


"Qual é seu tipo de mulher?

Linda. (...). Tem que ser linda. Sendo linda, tá tudo certo."

"Já tirou seu título de eleitor?

Não tirei. Nem queria, mas vou ter que tirar.

Sabe quais vão ser os candidatos à Presidência?

Não sei, não."



Meus amigos sabem que produtos para tratamento capilar muitas vezes têm amônia.

Meus amigos valorizam as qualidades interiores das mulheres.

Meus amigos conhecem os candidatos à Presidência da Ucrânia. Da eleição passada.

Meus amigos se lembram que Thierry Henry, antes do fatídico Brasil e França de 2006, declarou: "No Brasil existe uma grande identidade, uma cultura verdadeiramente futebolística. Quando se é bebê, o primeiro presente é uma bola. Você vai na rua, nas praias e está todo mundo jogando futebol. Isso impressiona muito. Foi algo que comigo não aconteceu. Quando era pequeno, queria jogar bola, mas tinha que ir para a escola de 7h às 17h. No Brasil, jogam bola das 8 às 18h. Por isso, de tanto contato com a bola, é que surge essa coisa maravilhosa que é o futebol brasileiro"

Meus amigos preferem não pensar que Henry resolvia equações diferenciais no seu colégio em Palaiseau, na periferia parisiense. No entanto, eles sorriem com o canto da boca ao lembrar quem venceu aquela partida de quatro anos atrás.

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