terça-feira, fevereiro 20, 2007

Un essai à Vienne

A vida as vezes se torna uma tentativa deseperada de preencher inumeraveis folhas em branco com alguma historia interessante. Completar as paginas passa a ser mais importante do que a propria historia, e isso nao é de todo ruim.

Li uma vez que algum povo do Oriente tinha como grande momento de prazer coletivo um ritual em que os elementos da tribo com um elo efetivo suficientemente forte se sentavam em uma roda e ficavam lá, "sem fazer nada" como nós gostamos de dizer. Longe da preocupacao de ocupar o vazio com suas histórias ainda mais vazias, eles aproveitavam plenamente essa rara ocasiao de gastar um tempo com pessoas queridas.

Somos treinados desde crianca de que "silencios constrangedores" devem ser evitados a todo custo. Falemos do tempo, falemos do Curíntia, o importante é falar. Eu nao me considero especialmente prolixo, mas admito mais esse pecado: sim, meu Pai, eu falo para encobrir espacos vazios.

No fundo, é isso que distingue uma pessoa interessante de um chato, sua capacidade de contar fatos nao triviais de maneira satisfatória. O chato fica tentando por um tempo excessivamente longo, tateando suas memórias em bucsca de algo que possa interessar minimamente ao interlocutor...Enquanto isso, nós, as pessoas maldosas (sim, leitor com carinha de santo, voce também torce pro vilao e pro cachorro morder o ciclista às vezes, tenho certeza) forcamos uma cara de tédio ainda maior para ver se o chato se toca.

O problema é que o chato ve que n~ao (droga, quando encontro o ~ no teclado descubro que ele n~ao funciona. Quem sabe em cima do n: ~n. Pois é, também n~ao, dommage...), como eu dizia, o chato ve que nao funciona e se esforca ainda mais para falar algo simpatico. Como as historias das pessoas sao como tropas militares (existem as de elite, que convencem ou fazem rir a qualquer publico e existem tambem os soldados rasos, aquelas que ou sao compreensiveis apenas por uma minoria de pessoas ou que sao tao ruins que fariam sua bisavó corar de constrangimento), e se nem o "cheval de bataille" nao deu jeito entao nao vai ser aquele dois de paus que vai mudar algo (a nao ser que seja truco, claro).

A questao do "til" no teclado alemao está me consumindo. Será que eu preciso configurar para portugues para poder usá-lo? Mas por outro lado em alemao nao existem acentos e o "´" tá funcionando normalmente. Será que é pra colocar em cima do ß? Ou do ö? E principalmente, por que no teclado frances E no alemao existe um botao com um µ, meu pai do céu?

(Resultado do teste: aprovado. COnsegui gastar os 50 centavos que coloquei no computador do albergue escrevendo besteira. A máquina nao dá troco, tive que fazer um belo esforco para nao perder dinheiro, hahahha).

4 comentários:

Anônimo disse...

Os melhores 50 centavos que já vi. Valeu mesmo.
Beijosssssssss

Anônimo disse...

Logo se nota que é sua mae... he he he he... Beijo

Bruno disse...

Só mae mesmo...pq foi feito para ser ruim, ficou ruim e isso está longe de ser falsa modéstia, eu só queria escrever um nao-texto.

O que eu gosto daqui é a duvida entre clicar em "veröffentlichen" ou em "vorschau"...

Anônimo disse...

Repito: foram os melhores 50 centavos que já VI.
O texto ser bom ou ruim, com ¨ ou sem, dúvidas,máquinas,teclado...
Ao ler, a certeza que você ESTÁ em algum lugar nesse mundo de meu Deus, não existem palavras para expressar o que sente o coração de mãe.
O promessa sem fim.... hehehe
Beijosssss