terça-feira, abril 11, 2006

Contabilidade

Por algum impulso obscuro acabei me tornando o tesoureiro do binet Latino (para os que ainda não estão familiarizados a essa nomenclatura, binet é uma associação de alunos da nossa queridíssima Ecole Polytechnique. No caso específico do binet latinom trata-se apenas dos brasileiros e chilenos de sempre recebendo umas subvenções extras do governo francês.)

Porém, nem tudo são flores...Para evitar malufagens maiores, somos obrigados a apresentar a contabilidade do binet a cada bimestre, ou a cada mês, não sei ao certo. Depois de sofrer por semanas tentando usar um super software francês idiota, descobri que um cidadão da Kès tinha me enviado o arquivo errado (Kès é uma espécie de grêmio, a mãe de todos os binets, em certo sentido).

Mais um certo tempo batendo cabeça e finalmente consegui mandar a contabilidade digital. Como, segundo de Gaulle, isso aqui deveria ser um país sério eu tive que mostrar as notas fiscais de nossa atividade.

Não estando muito disposto no dia em que fiz a contabilidade e confiando em demasia na própria memória, acabei cometendo certos erros...Tínhamos 4 ítens a declarar, confundi a compra de bebidas com a de comida e a decoração com a publicidade. Quase igual.

No entanto, o cidadão que deveria fiscalizar meu trabalho disse que estava tudo ótimo, fantástico, excelente trabalho...

Começo a entender melhor o Maluf e o Lalau. Se é tão fácil assim desviar dinheiro no primeiro mundo, no Brasil deve ser irresistível...

3 comentários:

Anônimo disse...

Tudo (ainda) é uma questão de ÍNDOLE. E tenho certeza que vc seria incapaz de desviar inadvertida ou inapropriadamente qualquer que fosse a quantia, seja no primeiro, segundo ou terceiro mundo. Uma vez Che Guevara, meu caro..... he he he he!! Um beijo pra vc.

Bruno disse...

Talvez você esteja precisando rever os seus conceitos...

Anônimo disse...

Yo, no... se hai governo, yo soy contra!!!!!