sexta-feira, março 10, 2006

Arquivo - Fevereiro 2005

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2005



Alguém disse uma vez (talvez tenha sido eu, já que não parece do Verissimo, do Machado nem do Pessoa) que fazia mais sucesso ao ficar quieto do que ao tentar escrever. Para ser esse o caso, novamente. Bom trabalho, meu caro Faccini.

Tive que dizer um até logo para a minha casa em Itanhaém, e para passar uns dias longe da civilização, da Internet e do resto. Nada pessoal, claro, apenas um retiro.

Tá bom, não teve nada disso, fui só passar o Carnaval no Litoral, como de costume.

Quando eu era criança, a minha família ainda não tinha a casa lá, e então eu passava todos os carnavais aqui mesmo. Era sempre muito divertido assistir aos desfiles toscos, com a companhia da minha irmã, que é o único outro ser humano que achava aquilo legal.

Mas a melhor parte não era torcer para os carros quebrarem, pegarem fogo, ou por erros na harmonia da escola, produzindo aqueles maravilhosos buracos no desfile que costumam rebaixar as escolas...

O divertido mesmo era esperar a tarde da Quarta-feira de Cinzas, o domingo do ano, para assistir à apuração. A gente costumava pegar umas folhas de sulfite, dividir em células e anotar as notas. Todas.

O foda é que os nomes dos quesitos, a ordem de apuração, a quantidade de notas e o que fazer com elas (se descarta a mais baixa, se soma tudo, se joga um dado redondo), tudo isso mudava sempre, tornando a divertida tarefa uma imensa porquice.

Magicamente, a folha em que a gente anotava desaparecia antes do sábado. No ano seguinte, tinha que recomeçar tudo de novo.

Desde que ela começou a trabalhar e que a referida quarta-feira se tornou apenas o momento de voltar da praia, parei de anotar. É preciso mudar.

A merda é que fazer isso hoje em dia seria muito melhor. Era só abrir o Excel, escrever os nomes das categorias aos poucos, programar a soma de acordo com as regras. Trivial, mas tarde demais...

Eu só não sei porque diabo os carinhas das escolas não levam um laptop (alguém deve ter, outro deve ter feito um curso meia-boca), ou uma televisão portátil, sei lá. Na boa, eles não tem como somar tudo aquilo, tão rápido.

PS: Perderemos do Tacuary daqui a pouco. Sempre perdemos, desde o início desse Blog. E continuaremos assim, até 2007, se Deus quiser.

enviado por Bruno - Bruno as 20:47:05. comentários[0]

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2005



Um dos cenários mais freqüentes d'O Blog deixará de ser tão enfocado: a feira perto da minha casa.

Após incontáveis referências (às jabuticabas, ao chuchu, ao sistema próprio de medidas, os pastéis e outros delírios), finalmente é tempo de mudar.

Para os que esperavam um post melancólico demonstrando o final dessa fase, digo apenas que fica a boa lembrança e a nova descoberta de que em poucos países do mundo ainda se têm tantas feiras como na França, haha. Mesmo nas menores cidades, o que consola, agora que eu descobri também que Cherbourg tem 28000 habitantes.

Entrar na Poli com uma nota exorbitante, estudar bastante para ter uma boa média ponderada, conseguir a aprovação num dos piores exames do mundo para ir para Itanhaém: pequena, chuvosa, sem ter o que fazer e com povo estranho, haha.

Outra coisa: eles mentem a respeito do dia D. Cherbourg fica a uns 30 km do ponto de desembarque mais próximo...Franceses mentirosos do cacete...(agora eu posso xingar, já me deram até a passagem, hehe).

enviado por Bruno - Bruno as 16:34:09. comentários[3]

terça-feira, 1 de fevereiro de 2005



Quanto menos tempo, mais tempo desperdiçado.

Acabei de perceber que a minha "demonstração" de que o velho princípio "quanto mais queijo, menos queijo" está errado é apenas um jogo de palavras. Na verdade, eu assumi que o queijo tinha densidade de furos constante, mas não se pode supor aquilo que é o objeto da demonstração.

Não sei como sair dessa.

Quanto menos tempo, mais tempo desperdiçado.

enviado por Bruno - Bruno as 17:11:07. comentários[0]


Comentários sobre o próprio Blog:

1- Corrigidos 2 erros crassos no último post. Desculpas a quem leu.

2- Qual o problema, meu caro Barbas? Não entendeu o quê?

3- Dulce, como continua o Enigma do Metrô?

enviado por Bruno - Bruno as 17:05:28. comentários[1]


Lembram-se daquela história da casa da família?

Era tudo mentira. Na verdade, vou passar três meses num alojamento da Marinha, pelo que entendi, podendo pagar 30 euros para passar um dia, aos finais de semana, com uma família X.

Por falar em X, lembrei-me de algo curioso. Em "Admirável Mundo Novo", o Aldous Huxley constrói uma sociedade de castas, ordenadas de acordo com o alfabeto grego. Assim, os "alfa", a elite "pensante", eram bombardeados com repetições subliminares de "Sou feliz por ser um alfa";

Os alunos da Polytechnique são chamados de "x" há um bom tempo, assim como a própria escola. Assim, eu sou um "X2004", por entrar junto com os que começaram no ano passado. A origem desse apelido idiota se deve, claro, à falta de vocabulário que acompanha aqueles que estudam um pouco de matemática, e quando se pergunta para tais pessoas coisas como "Quanto custa isso?", "Qual o melhor caminho?", ou outras, corre-se o risco de ouvir como resposta um sonoro "Sei lá, x".

Pois bem, já perdi a conta de contas vezes ouvi "Vocês devem se alegrar por terem se tornado 'x'".

É...

enviado por Bruno - Bruno as 13:01:50. comentários[2]

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