sexta-feira, março 10, 2006

Arquivo - Novembro 2004

terça-feira, 30 de novembro de 2004



Maldito dia

Certas coisas devem ser repetidas para sempre, não importa que a paciência dos leitores já acabou.

O 30 de novembro será sempre aquele dia de rancor. Imaginem, vencer a Libertadores, derrubando o Corinthians nos pênaltis. Aguardar 6 meses para se tornar o melhor time do mundo. Ouvir todo o tipo de provocações e pragas dos rivais. Acordar cedo no primeiro dia de férias. Colocar a fita para gravar o jogo em vídeo, pelo tempo que o vídeo existisse, e depois transformá-la num formato mais moderno, a relíquia.

Naquele instante, eu sabia que para eternizar a alegria deveria me esforçar um pouquinho, e no entanto, o resultado do jogo é bem conhecido, assim como a imensidão alcançada pela internet.

Pois é...

http://www2.raisport.rai.it/news/rubriche/coppe978/199911/30/3843e4fa05856/

Cliquem em "il gol di Keane", para ver o Giggs avançar pela esquerda, se livrar do merda do Júnior Baiano, que voltava de contusão e não tinha condições de jogo, cruzar para o meio da área. E o Marcos, que também parece sofrer com variações caóticas, erra, simplesmente, e enterra o grande sonho.



enviado por Bruno - brunofaccini as 11:07:19. comentários[1]



sábado, 27 de novembro de 2004



Mais il est toujours la même chose?

-Então, senhor Bruno, você costuma assistir novelas?
-Er, não muito...
Então talvez você tenha problemas. Tony Ramos, Tarcísio Meira ou José Wilker. Preparado? Então agora é..."na pressão". Cabocla...
-Tony Ramos.
- Blá blá blá
- Tarcísio Meira.

E assim por diante.

Até que eu fiz 6 (lógico...) ridículos pontos, e fiquei fora na primeira etapa.

Ganhei a camiseta.

Não esquecer que f(x)=sen x é uma função contínua.

enviado por Bruno - brunofaccini as 11:36:44. comentários[4]

sexta-feira, 26 de novembro de 2004



Na falta de um guardanapo





enviado por Bruno - brunofaccini as 17:37:38. comentários[5]

quinta-feira, 25 de novembro de 2004



A situação das provas de hoje pode ser bem explicada pela seguinte cena:

Está o senhor aqui, realmente vestido como senhor, explicando alguma coisa de cálculo em inglês, para a banca de franceses. Na verdade, eu tava enrolando muito, mas isso faz parte.

Nisso entra uma funcionária da copa da Administração, e deixa um copo de suco pra cada um dos professores, e uma bandeja de bolachas. Beleza. Então reparo que ela deixa um copo pra mim também, e um sorriso de apoio.

Na saída, eu sabia que tinha sido derrotado (pela matemática, pelos examinadores, pela vida, pela minha mente, pelo cosmos), mas a simpática funcionária exclama: "Puxa, moço, você realmente parecia um professor lá na frente".

Pois é...

E o suco era de maracujá, doce ironia.

O triste é você perceber que ama o seu país enquanto faz prova para deixá-lo. O bom é perceber que talvez você não o deixe, e isso nem seria tão ruim.

Voltarei ao assunto, que é "très bizarre".

enviado por Bruno - brunofaccini as 22:10:57. comentários[3]

terça-feira, 23 de novembro de 2004



"E Deus disse: num mês ainda a ser criado, que terá o nome de um número mas será reconhecido pelo número ímpar seguinte àquele número (não me pergunte porque Deus gosta de charadas matemáticas, pergunte a Ele, hehe), existirão provas estranhas e impossíveis de se resolver para reles mortais e não-orientais. E tu farás essas provas, em anos pares, e o teu resultado dependerá unicamente do número exibido pelo meu dado. E eu disse: Fechou..."

Fiz a prova escrita da Polytechnique, que contraria 200 anos de tradição em provas orais, mas esses exames não foram cancelados, ocorrerão na quinta, eu creio.

Aliás, sobre esse assunto eu preciso contar uma historinha, que eu acredito ser digna de pelo menos um filme alternativo:

Évariste Galois era um jovem francês do século XIX, que, como muitos outros na época, era doente pela matemática. Infelizmente, Galois era doente por quase tudo, tornou-se um árduo defensor da República. Uma série de coincidências trágicas marcou a curta vida do cidadão. É clássica a história de sua morte: depois de um enrosco com a menina que ele gostava e um outro cara, ele foi obrigado a participar de um duele, com esse fulano. Imaginem o matemático duelando...

Ele passou a madrugada anterior ao dia fatídico em claro, tentando escrever a maior quantidade possível de suas geniais idéiais, para que elas pudessem ser aproveitadas no futuro (na verdade, levou um bom tempo até que entendessem tudo...). Em meio ao raciocínio, havia demonstrações de desepero, coisas do tipo "Ah, eu não quero morrer", mas foi exatamente isso o que ocorreu, quando ele tinha uns 22, 23 anos, eu acho.

Mas a melhor história do Galois que eu vi foi quando ele tentou ingressar na École Polytechnique...Pois é, ele também tentou, mas ele era muito melhor do que o seu examinador da prova oral, e ele foi reprovado simplesmente porque o outro cidadão não conseguia compreender o raciocínio. No ano seguinte, o obstinado Galois tentou de novo, e percebeu que ia ocorer a mesma coisa, ela ia bombar por ser muito bom.

Nisso dá um curto-circuito no cérebro do rapaz e ele atira o apagador na cabeça do examinador, e ele sai da sala.

Galois é o cara. E ainda divide a glória de ter provado que não existem fórmulas para equações de grau maior ou igual a 5 com o Abel, aquele que nasceu no mesmo dia que eu.

enviado por Bruno - brunofaccini as 19:06:18. comentários[1]

quarta-feira, 17 de novembro de 2004



Na pressão

HAHAHAHAHAHAHA, eu consegui! Vou gravar o programa na semana que vem! Não acredito nisso...

Os leitores d'O blog serão avisados no momento oportuno.

É, bendito dia 17 de novembro, responsável pela queda do nosso glorioso alvi-verde, mas também pela minha pontuação na Fuvest e agora por isso.

Mas eu tenho tanta certeza de que a pergunta que definirá se eu ganho muito dinheiro ou uma camiseta será sobre música. Clássica, claro.

enviado por Bruno - brunofaccini as 13:24:56. comentários[6]

terça-feira, 16 de novembro de 2004



Rei posto, rei morto

E então, após enrolar um bocado, um certo grupo de francês anuncia uma notícia que mudará pra sempre os destinos do mundo, ou pelo menos de um povo. Vá lá, quem sabe mude a vida de umas 17 pessoas, já estará bom demais,

No dia seguinte, no horário francês, um outro grupo de fãs de brioche anuncia uma outra notícia, mais impactante, mas não muito surpreendente. No entanto, essa última alterará o curso de muito mais do que 17 destinos...

Tá, o paralelo entre a minha aprovação na etapa 2 e a morte do Arafat foi um tanto quanto forçado, mas não pude evitá-lo.

Creio que o declínio do povo palestino não tardará. Sem a presença de seu líder carismático, dificilmente a oposição à invasão israelense conseguirá se manter minimamente afastada do terrorismo, e isso seria um ótimo pretexto para o Sharon. Temos que lembrar também que o mundo receberá mais 4 anos de "doutrina Bush", então o cenário não está adequado para "povos muçulmanos oprimidos, com inclinação ao terrorismo, próximos de aliados ianques e sem governo".

E, se algum líder palestino entrar no google procurando por "substituto Arafat Palestina" e cair aqui (estou supondo que ele fez algumas traduções no altavista, e que elas foram bem sucedidas, mas creio que essa hipótese destrói tudo que nela se basear), terei que dizer: "Meu caro, a sua situação está tão ruim que era melhor torcer para algum milare, como o Thiago Gentil fazer um gol no fim do segundo tempo, para resolver as coisas", mas, como sabemos o setor de milagres parece ocupado demais com o time verde.

Allah seja louvado!

enviado por Bruno - brunofaccini as 19:31:25. comentários[0]

quarta-feira, 10 de novembro de 2004



A Bandeirantes está com um programa semi-novo chamado "Na pressão". Do alto da minha arrogância politécnica, julgo-me capaz de responder quilos de perguntas idiotas em pouco tempo, sem ficar nervoso.

Curioso que a apresentadora do programa ficava a todo instante lembrando que o tempo era pouco, que era preciso ter nervos de aço, que ninguém agüenta, blá blá blá.

Me inscrevi no site. Aguardo resultado. Se qualquer dia vocês me virem na tevê, deve ter sido por isso, mas nunca se sabe, haha.

O melhor de assistir um pouco de TV ontem foi ver uma propaganda do livro do Bebeto (...) em que ele ensina (hihi) os truques para ser feliz (Meu Deus.). Nela aparece o referido ex-companheiro do Romário naquele segundo gol contra a Holanda, nas quartas de final de 94, e o Luciano do Valle berrando ao fundo: "Vai, Bebeto, acaba com o jogo!"

Como se sabe, a Holanda empatou aquele jogo (Bergkamp e Winter, se não me falha a memória) e se a bola do Branco estivesse um pouco mais rápida ou se a bunda do Romário fosse 2 cm maior, a história podia ter sido outra, e hoje talvez não existisse nenhum tetracampeão. Mas isso são histórias de universos paralelos, e tenho que me convencer que apesar da declaração precipitada aquele gol do Bebeto realmente matou o jogo.

enviado por Bruno - brunofaccini as 21:36:37. comentários[1]

quinta-feira, 4 de novembro de 2004



Baunilha ou limão

A vida é como um grande bolo - daqueles de festa de pobre, claro, com muita massa e pouco recheio.

E, no entanto, devemos nos esforçar e esperar por aqueles momentos que realmente fazem diferença, aquelas coisas que até poderiam ser exibidas nos melhores momentos, se nossa vida tivesse um intervalo entre os dois tempos. Mas, como já disse antes, só de vez em nunca ocorre algo digno de nota.

Claro está que além da massa insonsa temos também aquelas sempre enjoativas coberturas extra-doces de chantilly, cuja única função é gerar alguma alegria no resto do bolo, através do sempre eficiente truque de dar uma garfada imensa na massa com parte do chantilly. A massa se torna simplesmente um meio de transporte, permitindo que sobrevivamos à overdose branca. Isso é muito comum naqueles dias em que a coisa tá tão feia que o melhor a fazer é não pensar em nada, apenas encher a cabeça com pão-de-ló e não se permitir nenhum pensamento mais denso do que "Se eu pegar o ônibus das 6:37 eu consigo chegar a tempo?"

Ah, mas depois de longa espera o recheio surge, em seu tom amarelo-creme-de-bolo (vocês sabem do que eu estou falando e da minha dificuldade com cores). Mas então o diabo que mora em sua cabeça (e que proclama ter expulsado o anjinho há uns anos) sussurra em seus ouvidos: "E se for mais uma variante de torta de limão?"

Meus caros, a torta de limão é um crime à Humanidade, pelo desperdício de ingredientes preciosos e pela falsa esperança gerada. E o pior é que não é possível concluir coisa alguma sem dar uma bela garfada naquela pasta amorfa ou sem receber o maldito email daquele país distante...

PS: Estão proibidos comentários do tipo "Ah, eu gosto de torta de limão".

enviado por Bruno - brunofaccini as 17:51:18. comentários[2]

segunda-feira, 1 de novembro de 2004



Estou eu tentando aprender alguma coisa de grupos abelianos e anéis, naquele livro em francês, quando toca o telefone; é uma funcionária do Baú da Felicidade.

Confesso que me alegrei ao me imaginar ao lado do grande Mestre numa tarde de domingo. A simpática moça me explica as regras de algum programa novo, e diz que eu precisava apenas receber um motoboy, fazer um cadastro e pagar 20 reais por mês, por um ano.

Recuso, obviamente. E a mocinha, "Mas o senhor vai deixar a Felicidade ir embora pela janela?", "Sim, vou deixar".

É o cúmulo...

enviado por Bruno - brunofaccini as 19:49:24. comentários[1]

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