sexta-feira, março 10, 2006

Arquivo - Outubro 2005

sexta-feira, 28 de outubro de 2005



Quase todo mundo tem problemas com seus vizinhos, por motivos geralmente banais. Aqui eu tenho dois, um francês, cujo pai se chama Bruno e que não falou comigo nos ultimos 5 meses (o vizinho, não o outro Bruno), e um chinês.

O mais divertido do chinês é que ele tem uma geladeira. "Porra, isso não tem nada de engraçado, você também tem uma!" , diria o leitor desatento. Reparem que eu disse "geladeira", não frigobar. Sim, o maluco tem uma daquelas de cozinha, grandes, com congelador!

Pra ficar mais comico, o tamanho reduzido do individuo permite crer que ele caberia dentro da geladeira, se quisesse. Suspeito que ele faça isso, às vezes, pra não ser encontrado no quarto. Por exemplo, o desgraçado vive pedindo pizza, e o entregador sempre vem aqui no meu quarto...Não, ele não ganha nada fugindo da propria comida, a comparação não presta.

Hoje percebi que ele raspou o cabelo. Sim, meus caros, agora o meu vizinho é o Dalai Lama...Eu precisava dar um jeito de tirar uma foto...

enviado por Bruno - Bruno as 11:22:41. comentários[6]

quinta-feira, 27 de outubro de 2005



Para mim, um dos melhores textos do Verissimo é esse : http://www.sinpro-rs.org.br/extra/ago97/verissim.htm. Postei-o nos primordios desse blog, não vale a pena revirar os arquivos. Grosso modo, é um cidadão que se encontra consigo mesmo no bar e se questiona sobre sua vida mediocre, analisando o que poderia ter feito de diferente em diversas situações da sua vida.

Tava lendo um negocio no uol hoje, e encontrei uma versão, evidentemente meia boca, do texto. Antes que eu pudesse sair gritando "Plagio, plagio!" por ai, o proprio autor dizia ter se inspirado num texto do Borges.

Procurei, assim, A versão original. Que não tem nada de especial, na minha opinião. http://www.charleskiefer.com.br/oficina/contos/borges_outro.htm

Curioso é que eu mesmo tava pensando nesse texto ontem de noite, e como poderia adapta'-lo...Fiz bem em não me meter nesse enrosco, muito além do meu nivel.

enviado por Bruno - Bruno as 15:08:59. comentários[2]

domingo, 23 de outubro de 2005



Dos campos morficos e coisas do gênero...

Faço parte da comunidade "Futebol Alternativo". Talvez essa comunidade seja uma das maiores razões da minha conta ainda existir, afinal vale muito a pena ver o que os malucos de la' estão discutindo. Outro dia o topico era aproveitar as regras bizarras do futebol.

Por exemplo, numa cobrança de pênalti, o cobrador pode tocar na bola para que um outro jogador do seu time entre na area e chute para o gol, ao invés de tentar a o chute ele mesmo. É necessario que a bola seja chutada para frente, na cobrança, e obviamente não pode ocorrer invasão da area. Em todos os tempos, o unico registro de um lance esquisito desse foi na década de 70, em que Johan Cruyff aplicou essa encenação num jogo do Ajax.

Curiosamente, nesse final de semana um francês tentou fazer a mesma coisa, no campeonato inglês. Trinta anos que ninguém pensava nisso. Bastou um grupo de pessoas começar a discutir a idéia, e voilà.

Hoje à noite eu estava discutindo com a minha irmã sobre a autoria de um poema do Pessoa, aquele que estava na descrição de sua maior comunidade. 80.000 fãs se depararam com o tal "poema quântico" e não tinham criado um topico dizendo que aquilo era uma fraude. Havia, no entanto, scraps para a dona da comunidade indicando que outros ja' haviam percebido o engodo...

Enquanto pensavamos no que fazer, um cidadão foi la' e criou o maldito topico.

Mesmo não sabendo nada de futebol, fisica ou Fernando Pessoa, eu sou, sem falsa modéstia, uma das pessoas que mais entende de futebol, fisica E Fernando Pessoa ao mesmo tempo, hehehe (ok, frase arrogante do dia, mas gosto de pensar que ela é verdade; talvez se excluirmos o Pessoa fique mais autêntica, hehe).

enviado por Bruno - Bruno as 21:48:08. comentários[2]


Quando o assunto acaba, você se contenta de falar sobre si mesmo...

Retirado do Nedstat:



enviado por Bruno - Bruno as 10:22:22. comentários[1]

quinta-feira, 20 de outubro de 2005



Eu tenho certeza que existe alguma frase de sabedoria popular do tipo "Fulano estava mais sozinho que goleiro na hora do pênalti". O autor e a frase exata me escapam, no momento. Ok, admitamos que goleiro na hora do pênalti seja um bom simbolo de solidão.

Tava treinando hoje, jogando mal pra caramba. De repente, tiro de sete metros pro adversario (o equivalente a um pênalti). O maluco joga pra fora. O treinador manda voltar, "ainda não tinha apitado".

Nisso vejo um atacante do meu time, la' na frente, apontando que a bola ia no meu canto superior esquerdo. De fato, foi la', eu espalmei (na verdade foi com o cotovelo ruim...) e salvei o time, naquele momento;

é, às vezes os ditos populares se enganam...

enviado por Bruno - Bruno as 15:53:44. comentários[2]

quarta-feira, 19 de outubro de 2005



Tava limpando o quarto, de madrugada, e sai pra levar umas coisas pra reciclagem. Como eu tava com a janela fechada, não sabia se estava muito frio. O dia tinha sido agradavel, coloquei as havaianas e sai.

Na verdade, estava chovendo. hoje amanheceu meio nublado também. Lembrei que semana que vem estou de férias, então fui olhar a previsão: http://br.weather.com/weather/local/FRXX0076?x=0&y=0 . Que delicia...

enviado por Bruno - Bruno as 04:11:42. comentários[10]

terça-feira, 18 de outubro de 2005



Eu tinha uma vaga noção de que a origem da caneta esferografica estava ligada à França, achei que aqui seria uma espécie de paraiso das Bics. Porém, o francês médio prefere uma caneta porosa, daquelas que mancham o papel e deixam a letra feia. Para documentos oficiais, nada da Bic Cristal azul, caneta preta, se possivel escorrendo litros de tinta.

Não sei qual é a razão para essa preferência, apenas constatei o fato.

Leiam, porém, esse texto do uol: http://televisao.uol.com.br/ultnot/2005/10/18/ult698u9402.jhtm ; foi um argentino, na verdade, o inventor da esferografica. O francês apenas comprou a patente. Pode ser essa a razão, eles não têm o orgulho nacional da invenção...

O mais impressionante do texto é o numero de canetas vendidas por ano: 100 bilhões! Isso obviamente esta' errado.

Podemos estimar que uns 2 bilhões de pessoas não use canetas, entre analfabetos e crianças. Ok, analfabetos jogam jogo da velha, crianças rabiscam paredes. Esqueçamos a estimativa.

100 bilhões de canetas, 6 bilhões de pessoas. 16 canetas por pessoa. 1 caneta a cada 3 semanas! Claro que as Bics são sondas alienigenas, mas elas não se desintegram tão rapidamente. Esse ano eu comprei um pacote com 4, duas delas ainda estão aqui (as outras voltaram pra Marte, evidentemente). Ou tem gente enfiando Bic onde não deve, ou alguém andou malufando os dados...

enviado por Bruno - Bruno as 21:41:13. comentários[0]

segunda-feira, 17 de outubro de 2005



Corinthians campeão brasileiro, merda...

Sim, estou com dor de cotovelo, mas não, a primeira frase não tem nada a ver com isso. Cai ontem no chão e perdi um pedaço da referida articulação, hehe. Não foi tão grave assim, apenas um grande arranhão...Em todo caso, vou matar o esporte amanhã com o argumento de estar machucado (é, brasileiro é esse inferno mesmo...).

enviado por Bruno - Bruno as 14:57:58. comentários[5]

quarta-feira, 12 de outubro de 2005



Passagem para a Europa : US$ 700,00
6 meses comendo coisas bizarras: uma ulcera.
Ingresso para o jogo (mais bilhete do trem) : ? 25
Ver o Zidane marcar um gol no Stade de France: não tem preço.

Parti com um imenso grupo de brasileiros (e alguns chilenos também, como sempre) rumo ao Stade de France. Aquele mesmo em que o Brasil perdeu a copa de 98, moderno, bonito, etc. O jogo não era dos melhores, França e Chipre, e a equipe cipriota é uma merda. Uma combinação de resultados poderia tirar os franchucos da copa, mas isso dependia fortemente de um esforço suiço, em Dublin (teriam que ganhar da Irlanda).

Antes do inicio do jogo, e depois que eu tinha conseguido fechar a boca de admiração e alegria de estar nesse estadio (muito melhor que subir a Torre Eiffel, hahahaha), os hinos nacionais. Vaias para os cipriotas, la Marseillaise para os franceses. Ultimamente temos cantado à exaustão essa maldita musica, treinando para uma apresentação, no sabado. "Temos", na verdade, não é o verbo adequado, porque eu me recuso terminantemente a cantar. Aprendi, no entanto, boa parte da letra, por osmose.

E os franceses, eles também, mesmo tendo um canto de guerra como hino nacional, mesmo sendo orgulhosos de sua revolução, mesmo dispondo de um dos melhores sistemas educacionais do mundo, também tem problemas pra cantar o hino. Depois do inicio que todos sabem, eles ficam fazendo um barulho qualquer, fingindo, como nos brasileiros fazemos muitas vezes também. Em geral, somos todos iguais nessas fraquezas.

Os "chiprenhos" agüentaram uma boa meia hora, depois sofreram três no primeiro tempo. Jogo tosco, de ma' qualidade, com um goleiro fazendo cera desde o primeiro minuto (o cara perdia 2 minutos por tiro de meta, colocando um beque pra cobrar, ridiculo...).

Os franceses gritam muito menos no estadio do que nos. Ok, eles repetiram alguns "Allez les Bleus", bem menos do que eu imaginava. Eles têm a organização, a estrutura, alguma técnica, mas não são latinos. Não tem aquela paixão desmedida, irracional e inutil que leva a pessoa a tentar ficar acordada, às três da manhã, ouvindo um jogo do Chile e acreditando que com mais outra combinação bizarra de resultados teremos uma Copa melhor.

Pra piorar, o site da radio cooperativa esta' pior que de costume...

Pra piorar ainda mais, o Uruguai fez um gol. O Chile precisa de três viradas, em 40 minutos. Milagres acontecem, mas não todo dia...Contentemo-nos com o Togo...

enviado por Bruno - Bruno as 22:36:16. comentários[5]

terça-feira, 11 de outubro de 2005



Coisas que três pessoas no mundo fazem (mas nenhuma delas à uma da manhã...)

Me deu uma subita necessidade de lembrar o nome do goleiro francês da copa de 86. Porque isso aconteceu, não vem ao caso. Eu sabia que parecia um bocado com Barthez (aquele carequinha, da copa de 98, mas que infelizmente não é mais o titular da seleção e que eu não vou poder chamar de viado amanhã...), porém não sabia ao certo.

Ataquemos de google. França Brasil 1986 Zico Platini. Pra garantir, tasquei um "Tigana". Bingo.

http://www.museudosesportes.com.br/noticia.php?id=185 (Bates é o nome do goleiro).

Porém, me chamou a atenção um texto do Verissimo, um pouco abaixo. Para quem curte copas antigas e decisões nos pênaltis (o gosto por vitorias francesas é completamente dispensavel, claro), voilà: http://portalliteral.terra.com.br/verissimo/futebol/ascopas/ascopas_mexico_paradoxo.shtml

Como eu sei que ninguém vai ter saco de abrir o link, coloco so' o começo pra atiçar a vontade de vocês (de quem, meu Deus?): "Se alguém digitasse os dados físicos do Maradona num computador e perguntasse que função ele devia desempenhar em campo, o computador provavelmente responderia "gandula"". Sensacional.

Tudo isso apenas porque eu pressenti, pelo tipo do site, que teria O grande texto da copa de 98 (maldito quatre-vingts dix-huit...): http://portalliteral.terra.com.br/verissimo/futebol/ascopas/ascopas_franca_realmente.shtml

Na verdade, se fosse para ficar citando grandes textos, eu passava a noite aqui. Os que gostam do esporte bretão, leiam os pequenos textos de cada uma das copas (o menino que cantou o hino depois do penta é otimo...). Aos que não gostam, fragmento colado de alguma parte desse mesmo site: "Torcedor do Internacional, Verissimo já escreveu vários textos em que fica claro que o futebol é um bom campo para se entender (ou divagar sobre) a condição humana."


E amanhã, o Chipre. Afinal de contas, é bastante claro que eu não sou um engenheiro...

enviado por Bruno - Bruno as 20:09:50. comentários[0]

segunda-feira, 10 de outubro de 2005



Ja' faz umas semanas que eu tenho, praticamente todos os dias, uma visita chilena. Banda Acha não sei o que, não sei o que significa, mas vocês podem conferir que eu não estou maluco olhando no nedstat.

Gostaria de saber quem seria essa pessoa. Amigo de algum dos chilenos? Algum brasileiro perdido em Santiago que procurou por "receitas de empanadas" + "submarino Scorpene" ? Não sei. O fato é que o simpatico pais andino ja' é o quinto maior fornecedor de visitas (atras dos obvios Brasil, França, Estados Unidos e Portugal). Nada mal.

Caro amigo chileno, deixe aqui uma mensagem, se identificando. Mesmo em espanhol, que eu quase entendo, ahahah (ouvi o jogo deles contra a Colômbia diretamenta da www.cooperativa.cl . O sistema deles é muito ruim, a transmissão vive caindo...)

enviado por Bruno - Bruno as 16:55:08. comentários[2]

domingo, 9 de outubro de 2005



Atenção: escrevi merda no texto abaixo. Na verdade, o São Paulo é que devia ganhar, de acordo com os apostadores, a partida contra o Corinthians. Isto posto, a premissa do texto cai por terra, e eu simplesmente não deveria ter escrito nada disso. Ok, a parte do Bahrein não foi afetada. Em todo caso, desprezem o post abaixo, vou apenas deixa'-lo para ocupar o espaço do domingo...Acontece nas melhores familias...

Qualquer criança de seis anos de idade entenderia o principio universal de que a marcação de uma falta, por exemplo, não pode beneficiar o agressor. Afinal de contas, o juiz esta' la' para isso, para evitar que apenas um time leve vantagem em um dado momento; baseado nesse conceito, cuja origem deve remontar ao direito romano (sempre diga que algo remonta ao direito romano ou à filosofia grega, você provavelmente estara' certo), explica-se a "lei da vantagem": ok, um cara foi derrubado no meio de campo, mas se o colega dele pegou a bola, em otima posição e partiu pro gol, qual a vantagem de marcar a falta?

Mesmo você, querido leitor que não entende porra nenhuma de futebol (e faz não sei o que aqui, talvez seja masoquista, sei la'...) compreendeu a idéia do paragrafo anterior. Porém, os grandes "entendidos" do futebol mundial andaram ignorando solenemente o conceito infantil.

Repescagem da Asia, Usbequistão e Bahrein. A ex-republica soviética venceu o primeiro jogo por 1 a 0, o juiz anulou um gol de pênalti dos usbeques, então a FIFA decidiu...pela repetição do jogo! Genial, vamos dar ao Bahrein uma nova chance...Foi exatamente isso que aconteceu. O novo jogo foi 1 a 1, Usbequistão ficou praticamente fora da Copa...

Aqui em terras tupiniquins (não adianta, não consigo perder o vicio...Ai' em terras...) fizemos algo parecido. "Ah, tem um juiz verdadeiramente ladrão? Anulemos tudo, refaçamos os jogos". Com isso, eles entregaram o titulo para o Corinthians. Como muitos sabem, eles vão repetir os jogos contra Santos e São Paulo, duas derrotas alvi-negras. O problema é que o juiz havia sido comprado para roubar PARA o Corinthians, mesmo assim eles perderam, mesmo assim eles vão jogar de novo.

Eles perderam os dois jogos, então so' tem a ganhar com os novos confrontos; pra piorar, o momento atual dos rivais é muito pior. O Santos perdeu o Robinho, o São Paulo perdeu o fôlego daquela recuperação e nem tem mais objetivos no campeonato...Obrigado, STJD, por dar esse titulo nacional para aqueles merdas.

Se você repetir um numero muito grande de vezes uma experiência, é claro que o resultado mais "normal" vai ser o mais frequente. Toda a graça do futebol repousa no imprevisto, no fortuito, naquilo que não podia acontecer, mas acontece. A Lei dos Grandes Numeros destroi tudo isso.

No entanto, sempre existe uma "semana que vem", e no caso teremos um decisivo Palmeiras e Corinthians. A final antecipada, o jogo que pode devolver a justiça e dignidade ao campeonato ou selar a sorte desse tragico ano...

Confio nos verdes. Afinal de contas, como dizia Drummond, "Se há um deus que regula o futebol, esse deus é sobretudo irônico e farsante". Leiam o texto na integra, http://jbonline.terra.com.br/destaques/garrincha2003/garrincha004.html . Não que tenha algo relacionado com o que eu escrevi, mas historias do Garrincha sempre devem ser escutadas com atenção. Um dia os cientistas vão descobrir que naquele drible para a direita repousa todo o mistério do Universo, mas sera' tarde demais.

enviado por Bruno - Bruno as 10:26:43. comentários[3]

sexta-feira, 7 de outubro de 2005



Ontem estava eu no treino, me aquecendo na lateral enquanto o jogo das meninas acabava, quando o técnico (aquele mesmo dos posts anteriores) chega do meu lado e diz alguma coisa incompreensivel (todo dialogo com francês costuma começar assim)...

-Hein?
-Boas festas (ou algo do gênero)
-Como? Não estou entendendo...
-Parabéns, Bruno (tem que ser lido Brünô, para dar mais emoção)
-Por quê?
-Hoje é dia de São Bruno.

Pois é...20 anos e nunca ninguém tinha me dado parabéns por esse dia, assim, na rua; eu mesmo ja' tinha esquecido de tão importante data.

Eu achava que São Bruno era francês, mas na verdade ele nasceu em Colônia. Criou a ordem dos cartuxos, que impedia seus membros de conversar (essa loucura me pareceu bastante francesa, me enganei), e ficava em algum lugar do Sul da França mesmo. Mas dai' ao técnico saber que sete de outubro é dia dele tem uma distância enorme.

Em todo caso, parabéns para mim.

enviado por Bruno - Bruno as 18:33:44. comentários[3]

quinta-feira, 6 de outubro de 2005



Quando eu era mais novo, não me conformava com aquela historia do 18 brumario; não pelo fato do Napoleão ter assumido o poder, pelo fim da revolução mesmo, mas sim pelo nome. "Brumario" sempre foi muito bizarro pro meu gosto. Até que hoje, saindo do quarto às oito da matina pra ir pro curso, subitamente percebi que o nome é excelente e bastante coerente.

Procurando melhor, achei o seguinte: (extraido de http://www.pedrotti.com.br/colaboracoes/11.htm , so' abre em cache...viva o google): "Cumpre lembrar que a Convenção francesa, por um decreto de 24 de novembro de 1793, aboliu o calendário gregoriano, substituindo-o pelo calendário republicano, instituído pela Revolução francesa, em bases inteiramente novas e em harmonia com o sistema decimal, que se esforçava por restabelecer. O ano começava no equinócio do outono, à meia noite, segundo o meridiano de Paris (22 de setembro) e era dividido em doze meses de trinta dias cada um, mais cinco dias complementares, que deviam ser consagrados à celebração das festas republicanas. Esses meses receberam os seguintes nomes, cujos primeiros dias correspondiam: para o outono, vindimário, 22 de setembro (mês das vindimas), brumário, 22 de outubro (das brumas), frimário, 21 de novembro (das geadas); para o inverno, nivoso, 21 de dezembro (das neves), pluvioso, 20 de janeiro (das chuvas), ventoso, 20 de fevereiro (dos ventos); para a primavera, germinal, 22 de março (da germinação), floreal, 21 de abril (das flores), pradial, 21 de maio (dos prados); para o verão, messidor, 20 de junho (das messes), termidor, 20 de julho (do calor, dos banhos) e frutidor, 19 de agosto (dos frutos). Os meses eram divididos em três décadas, de dez dias, assim chamadas: primidi, duodi, tridi, quartidi, quintidi, sextidi, septidi, octidi, nonidi e décadi. O ano de 1792 corresponde ao ano I da República e assim sucessivamente, até 1º de janeiro de 1806, quando se retornou ao calendário gregoriano. O calendário republicano durou treze anos e cem dias."

Não estamos no brumario ainda. é verdade, eu comprei umas uvas com um preço muito bom outro dia (vindima, colheita das uvas)...

Não quero nem ver quando chegar o frimario ou o nivoso...

enviado por Bruno - Bruno as 05:58:57. comentários[4]

terça-feira, 4 de outubro de 2005



Todo goleiro meia boca sabe que o importante não é apenas defender as bolas, mas principalmente ter jeito de goleiro. Conseguir fazer os outros acreditarem que você realmente tentou chegar naquela bola impossivel porque esses filhas da puta desses defensores não marcam direito. Em geral não da' certo e a culpa cai no infeliz mesmo quando ele tem razão.

Hoje, ao contrario da maioria dos dias, fui treinar de calça. Nunca confiei em goleiro de bermuda (ta' bom, o leitor chato dira' que o Taffarel foi o unico goleiro a ganhar uma Copa nos pênaltis e ele usava aquele shorts verde ridiculo, mas em geral os grandes jogam de calça). No handball é ainda pior, nunca sequer vi um cidadão de bermuda.

Coincidência ou não, ao final do treino o técnico veio me perguntar, de novo, como eu estava; disse que precisava treinar mais os lances em que o atacante esta' na linha de 6 metros, e ele me elogiou, disse que eu estava progredindo, que era normal ter aquele problema...

Saber enganar os outros é uma das habilidades mais uteis...O dificil é enganar a si mesmo e começar a acreditar que realmente estão ocorrendo progressos, hehe.

enviado por Bruno - Bruno as 20:45:18. comentários[1]

segunda-feira, 3 de outubro de 2005



Hoje o técnico veio me perguntar alguma coisa. Não entendi, como sempre. Ele repetiu, era algo do gênero "e ai, onde estamos no gol?". Fiquei olhando com cara de ev2. Depois de repetir algumas vezes, ele explicou "você acha que esta' melhorando, que estagnou...".

"Bom, eu acho que estou começando a melhorar, e...". Ele me interrompeu e começou a falar tudo que eu faço de errado, e não são poucas coisas. Não me pareceu muito satisfeito, nem com meu empenho, muito menos com os resultados obtidos. Vai ver ele me achou com cara de goleiro e pensou que depois de um mês eu ja' estaria jogando de maneira quase normal. Esqueci de avisar que eu sou descoordenado por natureza. Além do mais, a minha boa forma (redonda) não me permite fazer todos os movimentos que são necessarios. Eu não consigo levantar a perna a mais de 30 cm do chão, quanto mais chegar com o pé na cabeça, ou quase.

Era melhor ter ficado em casa, ou ter ido ver o Pelé...

enviado por Bruno - Bruno as 12:48:40. comentários[1]

sábado, 1 de outubro de 2005



Portuguesa e Nautico, jogo decisivo da segundona. A Lusa ganhando por um a zero até os 46 do segundo tempo, o juiz marca pênalti. Como não vi o lance, me contento em colar a descrição do Uol:

"A vitória da Portuguesa esteve seriamente ameaçada aos 46min do segundo tempo. O atacante Miltinho driblou Sílvio Criciúma dentro da área e foi derrubado: pênalti para o Náutico.

A cobrança coube a Betinho, que havia entrado no segundo tempo. Ele tocou no canto direito de Gléguer, que praticou a defesa. No entanto, o árbitro carioca Wagner Santos Rosa invalidou o lance alegando que o goleiro havia se adiantado.

Antes do segundo tiro da marca da cal, a torcida do Náutico gritou o nome do meia Danilo e pediu alteração no cobrador. Os jogadores da equipe pernambucana atenderam e Danilo partiu para a bola. Porém, o armador tocou no canto direito de Gléguer e viu o goleiro praticar nova defesa."

A melhor parte nem é o Gléguer conseguir pegar dois pênaltis seguidos. O divertido é imaginar o estadio inteiro gritando o nome de um cara qualquer, e ele perde também. Tudo estava contra a Portuguesa (o juiz, a torcida, a pressão sobre o goleiro, o fato de ser a Portuguesa...) e mesmo assim eles ganharam. Fica como a historia do final de semana, agora vou cuidar de outras coisas...

enviado por Bruno - Bruno as 06:14:17. comentários[2]

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