sexta-feira, março 10, 2006

Arquivo - Junho 2005

quarta-feira, 29 de junho de 2005



Conclusão brilhante ou dislexia bizarra

Bato o olho num texto da aula de francês hoje e penso ter lido "Palaiseau" em algum lugar. Volto para ler com mais atenção e verifico que era apenas "palais";

Veja bem, caro leitor não "francofono": "palais" quer dizer palacio. "eau" quer dizer agua. Ou seja, ou me mandaram para uma versão da Amazônia com sérias restrições orçamentarias ou o nome da cidade não tem nenhuma logica com a realidade. Ou tinha antigamente, mas ai com o desmatamento e...

enviado por Bruno - Bruno as 19:44:33. comentários[0]

terça-feira, 28 de junho de 2005



...pero que las hay, las hay...

Esse horoscopo do Bol esta' me tirando, ou meu poder de auto-sugestão esta' muito grande...

Na mesma linha, mas não tendo muito a ver...

Sabem aquela figura geométrica, um circulo com alguns diâmetros traçados, que aparece sempre que fala do Alvaro de Campos, por exemplo? (vide http://www.fpessoa.com.ar/heteronimos.asp?Heteronimo=alvaro_de_campos, pq não estou com tempo de pôr a figura)

Então, eu, mais engenheiro que astrologo, sempre imaginei que fosse a construçao de algum tipo de poligono, não regular, obviamente, mas que tivesse alguma relaçao com aquela historia do Gauss e o heptadecagono (diz a lenda que quando o Principe tinha 17 anos ele resolveu esse enigma de milhares de anos, ficando tão contente a ponto de dedicar o resto de sua vida à matematica, para desespero e pavor de todos aqueles que não agüentam mais ouvir a palavra "gaussiana" em contexto nenhum...). Por que diabo eu pensava isso, não sei. Talvez fosse o pequeno 17na parte de baixo. Sei la...

Além do mais, o Campos era engenheiro, e naval, ainda por cima. Não daria nenhuma contribuiçao à matematica abstrata...E por mais que o Pessoa fosse foda, não creio que ele pudesse escrever uma demonstração de teorema com estilo futurista (o que seria interessante, diga-se de passagem. Voltarei ao assunto em breve).



enviado por Bruno - Bruno as 21:42:01. comentários[1]


Confirmações experimentais

Sabem aquelas historias de velhinhos franceses que morrem de calor? A cada dia sinto mais de perto a situaçao. Calma, não estou correndo riscos, mas depois de duas aulas em que os professores se negaram a abrir a porta ("faz muito barulho". Detalhe: os corredores estão sempre vazios...) e eu tive que agüentar esse povo fedendo (o que também não é mito...), começo a entender melhor esse fenomeno esdruxulo.

Além disso, o Brasil perdeu pra Argentina no sub-20, como de costume também. Não tenho os dados, mas acho que o retrospecto brasileiro é muito mais negativo nas categorias de base do que no profissional. Dificuldade de ver todos os bons jogadores espalhados pelo pais, maior maturidade, influência da catimba? Não sei, fica apenas como conjectura.

enviado por Bruno - Bruno as 14:26:35. comentários[0]

segunda-feira, 27 de junho de 2005



Pertencer à nacionalidade que ostenta os piores resultados da faculdade não é coisa la' muito nobre.

POrém, pode ser pior ainda, ao se lembrar que entre os brasileiros tem que existir um que tira as piores notas. pois bem..;

Néao sei explicar o que aconteceu naquela porra de prova de informatica, mas tirar 13 enquanto todo o resto tirou 20 não é nada cômodo (a escala aqui é até 20...).

"Falha algoritmica grave", nas palavras do meu professor. Ok, se ele esta dizendo...(xingar professor depois de ter se fudido em prova é algo que eu, em geral, ainda sou contra...

Consegui realmente foder a minha média na matéria facil, agora vou ter que recuperar nas outras, que eu não sei. Tem condições? Provavelmente não.

Pronto, caro leitor que espera ha' 4 meses por esse momento...Pode soltar o seu risinho ironico, e apagar O Blog dos seus favoritos, que eu so' volto pra ca' quando estiver de volta pra casa. é preciso tomar uma medida drastica. Néao tem outro jeito.

(Sabe aqueles times que passam o campeonato inteiro perdendo, ai chega nas 2 ultimas rodadas e pra escapar so' precisa ganhar do Paysandu no Para' e do Vitoria na Bahia? Então...)

PS fora de contexto: meu telefone ta' quebrado de novo. E ta fazendo aquele calor de matar velhinho francês...

enviado por Bruno - Bruno as 12:53:53. comentários[1]

sábado, 25 de junho de 2005



Breve

E entre aquele Brasil e Alemanha e esse, quanta diferença...A começar dos técnicos, dos goleiros, do lugar do jogo, do lugar em que eu estou...Enfim, essa é a magia do futebol.

enviado por Bruno - Bruno as 13:12:13. comentários[0]

sexta-feira, 24 de junho de 2005



Você percebe a importância do futebol brasileiro conversando com um canadense, que aqui faz esgrima e é profissional em Tae Kwon Do, ao ouvir a questão : "E o Denilson? Por que ele não é convocado?"

Que fique bem claro o fato de que eu, pessoalmente, odeio o Denilson, mas acho a historia ilustrativa.

Em breve, um modelo matematico para o numero de fãs no orkut. Sério, estou trabalhando nisso...

enviado por Bruno - Bruno as 20:38:45. comentários[3]

quinta-feira, 23 de junho de 2005



Colocando o link pro Henrique (flog e blog na mesma pagina, bem mais pratico do que o que certas pessoas aqui fazem, haha).
enviado por Bruno - Bruno as 20:10:51. comentários[0]

quarta-feira, 22 de junho de 2005



O bom de morar numa escola militar é assinar a lista de presença de uma conferência obrigatoria e voltar pra casa pra dormir na propria cama...

Sudaca até o fim...

enviado por Bruno - Bruno as 05:48:15. comentários[1]

terça-feira, 21 de junho de 2005



O sonho de todo criança brasileira, depois que ela percebe que não vai jogar futebol profissional, é ir para o exterior para receber um chapéu revestido de 200 anos de tradição. Ta' certo, não é bem por ai...

Talvez o sonho da criança seja olhar para uma matriz e calcular autovalores e autovetores de cabeça. Ou talvez não.

Seja la qual for a porra do sonho e o maldito desempenho futebolistico ou acadêmico do brasileiro médio (ou mesmo o meu...), chegou o momento de receber meu chapéu. Ou melhor, a bicorne.

Nao vou entrar no mérito do simbolismo, da importância da Polytechnique no desenvolvimento cientifico francês, primeiro porque eu nao sei nada disso, segundo porque deve ser chato pra caralho e terceiro porque não importa, simplesmente.

Em termos mais interessantes, eu tive que vestir de novo o maldito uniforme, dessa vez em bem menos tempo. Quando terminei e sai com ele na rua senti o poder que uma roupa pode transmitir. Aquele sentimento de "sim, eu posso conquistar o mundo", até ver um chileno arrumando as luvas e pensar "puta que pariu, esqueci a merda da luva no meu quarto. Merda de uniforme. Por que tem que ser tão quente? Tão fechado no pescoço? Com essa bota, cacete?" Pois é, os grandes pensamentos acabam rapido.

Chegando ao lugar que eu tinha combinado com as pessoas (o mesmo onde eu vi o Seba 5 minutos antes) tinha uma porrada de gente, e esse povo ocupou quase completamente um onibus. Os Sebas e o Michael, sempre obstinados em nao perder tempo, foram tb. Eu, que tinha zoado que a polytechnique ia enviar um "ônibus sudaca" pra gente, vi que realmente sobraram so brasileiros e chilenos,^praticamente, para o onibus seguinte.

Chegamos ao centro de Paris. Esperamos algumas horinhas pelo inicio da cerimonia. Bagunça pra fazer fila (eles têm algumas dificuldades com a instituição "fila", preferindo a forma consagrada culturalmente de "aglomeração maldita e sem ordem"). Teve um discurso de um antigo aluno, que entrou na escola em 29, mas não dava pra escutar. Uma pena...

Algumas palavras que eu não entendi (o som realmente tava péssimo...), depois ajoelhar-se como um vassalo e receber o chapéu. Sem osculo, felizmente.

Champanhe de graça, franceses se matando pra pegar mais rapido, amendoim molhado pela bebida...

Recebi a bicorne na sede antiga da escola, pronto, isso é tudo. Chequem as fotos. E vamos em frente...

enviado por Bruno - Bruno as 20:59:50. comentários[2]

segunda-feira, 20 de junho de 2005



Por uma patria que não é a minha, pelas ciências que eu não entendo, pela gloria que desisti de alcançar.
enviado por Bruno - Bruno as 21:21:29. comentários[0]

sábado, 18 de junho de 2005



Algumas pessoas escrevem bem/ Outras tem a sorte de viver situações bizarras, de tempos em tempos, e assim vão se segurando.

Nunca gostei muito de cortar o cabelo por causa daquela parte fatidica de explicar como eu quero que ele seja cortado. E eu sei la? Corta ai, rapaz, depois eu meu acostumo com ele. Obviamente um barbeiro nao gostaria de ouvir isso...

De acordo com as necessidades expostas no post abaixo, parti hj pra dar um jeito no cabelo. Nesses 5 meses cultivando essa juba (coisa que eu nunca tinha feito antes, diga-se de passagem), percebi que ficar com aquele cabelo bizarro e quase black power nao era tao ruim assim...Mas chegou a hora do fim dele.

Acho que 9 entre 10 dondocas emergentes do Brasil adorariam cortar o cabelo na França. Como eu nao estou em nenhuma dessas classes, não é de surpreender tanto assim a minha vontade em adiar os fatos. Se os outros mitos franceses (a comida, a cultura, bla bla bla) nao sao muito verdadeiros, por que essas coisas de moda seriam?

Um espanhol tinha me explicado onde era o cabeleireiro. Me perdi indo pra la, como de costume. Depois de muito caminhar, num sol quase carioca, chego ao dito cujo.

La dentro, pergunto se tinha que marcar hora. Nao precisava. Me sento num canto, o Tiago em outro. Olho aquela profusão de potes, cremes, loções, xampus... Sinceramente eu prefeeria cortar num barbeiro brasileiro, ouvindo barulho de onibus passando na rua, mas é esse tipo de coisa que serve de modelo pros cabeleireiros das 90% de dondocas citadas acimas, os caras que tomam a França como modelo, sonham em vir estudar aqui, aprendem a lingua, etc....

Por estar longe do Tigo nao fiz nenhuma pida a esse respeito. depois de uma pequna espera, a ajudante lavou os meus cabelos. Finalmente o cara perguntou como eu queria o cabelo. "Bom, eu tenho uma cerimonia militar, mas eu nao queria deixar ele muito curto. Militar, mas nao demais". Ele me pergunou algumas outras coisas, que eu nao entendi. Respondi sim ou não aleatoriamente. Cabelo randômico, isso ai...

Não tardou a pergunta sobre a minha origem. O sotaque sempre entraga, não tem jeito. Brasileiro, oui, de "Sao Paulô". Entao vira o francês e fala, "eu fala um pouco de português", com sotaque luso. Puta que pariu.

Quantos cabeleireiros da periferia de Paris falam português? (isso é pior que os afinadores de piano do Fermi, hehe, vejam www.hfleming.com/quiz.html, nesse sitem tem um link legal, em inglês. Bom, eu adoro as perguntas de Fermi, mas esse não é o momento pra ficar estimando ordens de grandeza...). O cara não falava tão bem assim, rapidemente voltou a falar em francês, mas ja valeu pelo comico. Quanto ao resultado, vejam no fotolog. Esta oscilando entre o milico sem graça e o curto com orelhas engraçadas. E, claro, entrem la pra ver as fotos com o GU. Segunda tem mais...

enviado por Bruno - Bruno as 19:20:05. comentários[0]


Não agüento mais meu cabelo caindo em todos os mugares, e, principalmente, segunda-feira eu tenho que estar com cara de milico. Assim, com peso no coração e no bolso, parto pra cortar o cabelo.

Detalhe que o almoço foi macarrão. Da' problema com qualquer macarrão ou tem que ser macarronada? Oh duvida...Em todo caso, tenho que arriscar.

Me desejem sorte.

enviado por Bruno - Bruno as 08:48:03. comentários[1]

quinta-feira, 16 de junho de 2005



Colocando o link para o primeiro site que não esta em português, o fotolog do Sergio. Aproveitando o embalo, vou colocar o do Michael e do David tb.

Mesmo apenas com o espanhol intrinseco de cada brasileiro da pra entender praticamente tudo que esta escrito, hehe.

enviado por Bruno - Bruno as 19:20:27. comentários[0]


O Mendel colocou a minha foto de novo, como aprovado no vestibular. Quinta vez, eles ja perderam completamente a noção.

Pra piorar, esse ano resolveram fazer uma seção especial "alunos do Mendel que foram pra Poli e estao na França".

Ninguém veio atras de mim, pegaram uns caras de outros anos, outras escolas, comprovando a célebre frase "A Polytechnique é uma escola mundialmente conhecida na França".

enviado por Bruno - Bruno as 13:49:01. comentários[3]

quarta-feira, 15 de junho de 2005



Quase todo problema humano vem do fato de se ter coisas de mais pra fazer em tempo de menos. Quanto mais coisas, mais importante escolher direito aquelas que serão deixadas de lado.

Hoje eu tinha que apresentar oralmente alguma coisinha no curso de francês. Como nao vale nota nem serve pra nada, fiz um trabalho nas coxas sobre o Luis XIV. Pra piorar, esqueci umas partes importantes do meu discurso (pois é, ja não sou mais o mesmo), me enrolei porque eu nao estava encontrando uma tradução para a palavra "exército", entre outros problemas. O que devia durar 10 minutos acabou em 3. Abri para perguntas. Os espanhois da turma sabiam mais sobre o assunto que eu, e eles nao devem ter visto nada de historia da França nos ultimos 5 anos (os brasileiros são em geral mais novos que os outros estrangeiros), mas isso so comprova como o nosso ensino é meia boca.

Tudo isso porque eu tinha um maldito trabalho de matematica a entregar. E por causa dele eu nao preparei uns outros exercicios de matematica.

A cada semana meu professor define uns exercicios que a gente tem que tentar resovler por nossa conta, pra na aula seguinte fazer na lousa. Deixei pra começar a preparar quando faltava meia hora pra aula. Perguntei pro Michael como eram os exercicios, e ele, como super chileno, me disse pra nem ler o 2, era impossivel, maluco, irreal. Li os outros, esbocei umas ideias infantis e idiotas sobre eles, e fui pra aula.

O primeiro um francês fez na lousa. Na hora que foi começar o segundo eu devia estar pensando em qualquer outra coisa quando vi o bigode do meu professor.

(parênteses para o bigode do meu professor: nunca, em 19 anos de vida, vi um bigode téao bizarro. Segue link pra comprovar que eu não estou delirando. Na verdade, até merece colocar a foto aqui,
).

Quando esse cara, com essa cara de doido, olhou pra mim e disse : "Você poderia fazer o 2?", senti o mundo mais pesado...Tentei argumentar que eu nao tinha conseguido terminar ele, mas não teve jeito.

Ali, na lousa, com um pedaço de giz na mão, 20 franceses à minha direita, 2 chilenos e um espanhol à minha esquerda (os estrangeiros sempre ficam segregados), so pude lembrar do grande mestre da psicologia moderna, Rambo. Em um dos filmes em que ele é torturado, ele pronuncia o célebre e poderoso mantra, "Mente acima do corpo, mente acima do corpo".

Como aquele momento parecia de fato filme B americano (daqueles de nerd, nao daquelas de guerra, mas que seja...), so restava esperar o desenvolvimento natural e irreversivel das proximas cenas. (talvez a descrição que se segue fique um pouco técnica. Uma pena, mas não posso privar os leitores interessados dessas passagens delicadas, muito menos deixar a demonstraçéao a cargo deles).

Felizmente o cara ajuda. Ele dita, praticamente, o que se deve fazer. Claro que ele dita em francês, rapido, e vc esta envergonahdo e assutado, mas tudo bem. Por exemplo, ele falou "integral de zero..." e eu coloquei o zero dentro da integral, sem perceber que ele estava definindo os limites...

Depois de reduzir o problema de troncos de cone n dimensionais (nao me pergunte o que é isso...) às costumeiras 3 dimensões, restava provar que dois cones com a mesma base e a mesma altura tem o mesmo volume. Eu achava que isso era ou um dogma ou o paragrafo segundo do texto que estava atras daquelas tabuas do Moisés (parece que o primeiro é "Todo conjunto sera boreliano"). Ok, demonstrar isso. O Monsieur Bigode fez um desenho e disse que eu precisava escrever a matriz de uma transformação linear la...

Sim, meu caro politécnico que fez algelin 2, uma daquelas matrizes; aquelas que eu dominava "completamente", quando estava na minha casa, comendo coxinha, assistindo ESPN Brasil, ha' dois anos...Hj em dia, tudo se apagou, mesmo os conceitos simples. EU lembrava que naquele caso ia aparecer um 1 0. Seria isso uma linha ou uma coluna? Linha ou coluna? Linha ou coluna? "Ah, merda, eu vou errar de qualquer jeito. Vou colocar que é uma linha". Era coluna.

Completei a matriz. Mais algumas passagens do professor e precisava integrar um negocio. Simplorio, calculo I. Ele pergunta pra classe, "alguém sabe fazer isso?" A classe, muda. Pensei, "porra, se eles nao sabem é pq deve ter alguma coisa muito magica por tras disso, que eu nem estou enxergando". Vou resolvendo conforme a orientação do professor, achando que nao era possivel fazer aquele jeito de "criança", e com medo de errar até ali. No final, olho pra lousa, olho pro enunciado e vejo que eu cheguei, de fato, à coisa que eu deveria provar.

Volto pro meu lugar. Os hispânicos me dão tapinhas nas costas, "Bien, Bruno". Sim, eu tinha conseguido nao entrar em panico completo. Precisava apenas de uma coisa: alguém que tivesse anotado o exercicio pra me emprestar, porque eu nao tinha a menor noçéao de como eu "resolvi"...

enviado por Bruno - Bruno as 22:27:42. comentários[1]

terça-feira, 14 de junho de 2005



Nuit du foot

Torneio de futebol aqui da escola hj, dai o nome do post. Como eles sao franceses, as regras sao as mais idiotas possiveis: sem goleiro, so vale gol do meio pra frente, nao tem lateral na esquerda, e o numero de jogadores em campo depende da quadra, que foi previamente escolhida por sorteio. Ah, e gol de mulher vale três...

Como somos chilenos e nao desistimos nunca, fomos buscar mais fracassos no mundo futebolistico. Eu, o Arthur, a Angela, e os chilenos de sempre, os Sebas e o Michael. Equipe de 4 pq caimos na quadra pequena, fico de fora da primeira partida.

Os franceses abrem 3 a 0, como de costume. Mas a diferença entre nos e a equipe do Zagallo é que nos temos o Michael, que apesar de ter falhado em dois gols conseguiu fazer outros dois. Em 2 minutos empatamos, incrivel.

Depois fomos jogar contra a equipe da Kes (quase como uma "equipe do grêmio", se isso fosse possivel na poli). Eu, goleiro sem usar as maos, da equipe chilena. O Arthur tinha sumido antes de começar a partida. Saimos na frente com um gol contra dos caras, mas deixamos eles virarem...

Restava um decisivo jogo, para nos. Com a combinação de resultados, uma vitoria nos colocaria na proxima fase. O Arthur faz um golaço no começo do jogo, fazemos um pouco de cera, até o momento que o Seba recua a bola pra mim.

Chuto pra frente, a bola bate no frances, quica e entra.

Coloco o Michael no meu lugar. Ainda podiamos ganhar. E de repente, nao mais que de repente, o Seba (vestido com a camisa do Salas, da epoca do River Plate) aparece livre na cara do gol, avança e marca! Incrivel! Estavamos muito perto da vitoria...

E seguramos (ou melhor, eles seguraram, pq eu tava do lado de fora, gritando...) a vitoria. Sim, até o fim, dois a um pra gente.

O gordinho que tava apitando decreta o fim do jogo, pulamos, comemoramos, "ganhamos, porra, ganhamos uma merda de jogo nesse pais do caralho!", até que eu vejo a outra equipe fazendo festa.

Perdemos no saldo. Nao vi que a gente tinha um gol a menos que eles. Empatamos no numero de pontos, perdemos no saldo. Simples assim. Eu, o maniaco por futebol, me enganei assim...Acontece.

Mas que ganhamos a primeira, isso ninguem pode negar. Hoje o Chile esta em festa. Faltou pouco...Um maldito gol, um goleiro treinador um pouco mais inteligente...

enviado por Bruno - Bruno as 16:20:03. comentários[0]

segunda-feira, 13 de junho de 2005



Frase extraida da comunidade "Brasil/Australia", atribuida a Tom Jobim.

"Morar no exterior é bom, mas é uma merda, morar no Brasil é uma merda, mas é bom!".

Nao sei dizer se é dele. Digo apenas que estou de acordo.

enviado por Bruno - Bruno as 16:46:53. comentários[1]


Tem dias...

Tem dias que o bicho pega. é foda...

Ainda mais se for um dia 13.

Do 6.

enviado por Bruno - Bruno as 14:25:21. comentários[1]

domingo, 12 de junho de 2005



Tese filosofica

Jovem universitario que não sabe cozinhar e mora longe de casa faz do macarrão fonte de alegria e carboidratos. Posto isso, e considerando a proximidade geografica e até mesmo alfandegaria entre a França e a Italia, era de se esperar um grande consumo de Barilla entre nos.

O Gustavo disse que o macarrão parafuso é o que tem o formato mais apropriado pra segurar o molho. Isso poderia justificar a superioridade natural que eu sempre dei ao nosso querido (cos t, sen t, t) (desculpa ai pessoal, achei a piada engraçada. é o parafuso, isso basta...) sobre o penne, por exemplo.

Pegamos o pacote de parafuso e, durante o preparo, a surpresa: tinha um penne no meio do parafuso! No meio do parafuso tinha um penne...Nunca me esquecerei desse acontecimento, na vida de minhas papilas tão fatigadas.

O penne incluso no pacote de parafuso da grande multinacional italiana, lider mundial, talvez, do setor de massas, simboliza a busca do homem moderno por algo que não é exatamente considerado como ideal, mas que pode dar prazer tb. é aquela pequena incerteza, aquele caos sempre presente, que tempera e alegra nossas vidas.

E se vc concordou com alguma coisa do que eu disse aqui, vai procurar outra coisa pra fazer da vida...Era so pra delirar, nem mesmo eu estou de acordo...Mas de fato tinha um penne, isso eu nao posso negar.

enviado por Bruno - Bruno as 16:55:40. comentários[1]


Editorial do Jornal da Tarde, de hoje. Escrito por José Luiz Tejon Megido, professor da ESPM e da FGV.

"Auto-estima? Um espetacular motivo para a superação das dificuldades de qualquer povo. Porém, uma razão assim não convenceria o segmento mais realista do mundo dos negócios. A prática capitalista.

Ser mais um na história ou um inesquecível diferente? Bem, isso já excita. Reunir-se ao Kaká, Cafú, Ronaldinhos, Amarildos, Julinhos Botelhos, Adrianos, Falcões, Romários... e depois retornar para acabar a carreira no Patropi. Ou compor um seleto time de astros, os maiores do mundo de todos os tempos, dos Garrinchas e Pelés. Um deles só saiu para o alcoolismo. O outro só saiu no final da sua carreira e foi o maior responsável pelo nascimento do próprio Robinho, na formação de garotos
do Santos.

Para que os Robinhos fiquem, precisamos muito mais do que o desejo e a vontade nacionalista. Necessitamos de
modernos e competentes brasileiros na liderança dos nossos destinos. Mas, como o Planeta Terra é uma mistura de circo dos horrores com mundo da fantasia, Robinho deveria ficar.

Se ele ficasse seria o nosso herói nacional. Enfrentaria o mundo dos seqüestradores, dos que desejam ser alguém por meio do crime. Daria uma pedalada nos corruptos e corruptores. Iria na contra-mão da volúpia do ir fazer a vida no exterior, aumentando a ilusão de milhões que pensam que, para ser feliz, bastaria mudar de país. Importante mesmo é "mudar o País". Na verdade, tudo é uma questão de realidade. Se Robinho não fosse especial no futebol do seu bairroemSão Vicente não seria no Santos, no Brasil e muito menos no mundo. Em palavras mais simples. Se você não é talentoso em Governador
Valadares
não o será, num passe de mágica, emFort Lauderdale, Boca Raton ou Odessa...

Mas a vida ensina. O tempo, infelizmente, o único fiel juiz. Como dizia Raul Seixas: "Meu Deus não quero ser perfeito, pode ser que eu seja eleito e alguém pode querer me assassinar!".

Algumas coisas curiosas acontecem. Robinho sem ter ido para o sonho do Real, aquele de Madrid, é hoje o maior destaque, a maior celebridade do futebol mundial. Jornalistas da Europa, do Japão, do mundo inteiro estão atrás da sua "transparência". Se prestarmos bem atenção vamos ver que ele já é. Ele não será alguém se sair, se for. Ele, simplesmente, já é. Vamos agora a uma pergunta absurdamente racional: Robinho ganhará mais dinheiro, renome e prestígio mundial indo ou ficando?
O conhecimento da história revela a verdade por meio da dialética - tese, antítese, síntese. Como na bolsa de valores, como nas commodities agrícolas. Quando todo mundo joga suas cartas num lado é um bom sinal de que o outro vai surpreender. Parreira, querendo ou sem querer, disse algo "romântico", para muitos, ou de solidariedade para outros ou de compaixão,
quem sabe: "Se o Robinho sair, será uma grande tristeza para milhões de jovens e crianças brasileiras." Viva Carlos Alberto Parreira. De espírito ainda viveremos por bilhões de anos.

Mas não é só isso. Robinho, nas carências nacionais, é a nossa Coca-Cola, nosso BMW, o Armani, Porsche, Nokia, Microsoft... Precisamos cada vez mais de Ambevs, Daslus, Votorantins, Vales do Rio Doce, Gerdaus, Boticários, Naturas.... Uma nação se
constrói com a transformação das duras realidades em sonhos atingidos. E, sempre, pelo seu próprio povo. Pelos que não tinham opções mais fáceis.

Precisamos dos Robinhos. Pelé ficou um pouco mais sozinho, o filho do Rei não seguiu o seu caminho. E, atire a primeira pedra aquele que não tiver pecado! Precisamos despertar a criatividade, a diferença e a excepcionalidade positiva dos milhões de brasileiros Robinhos que habitam nossa nação.

Na verdade, verdade mesmo, não é atrás do Robinho que estamos. Não é para ele que estamos clamando, torcidas
de todos os times, para que fique. Essa convocação é uma angústia e um desejo interno. Íntimo. Uma voz que fala com a nossa consciência e com o sentido da vida de cada um dos brasileiros. Fica povo brasileiro. Dá um show de bola e de vida. Vamos, povo brasileiro. Você não precisa ir embora para ser alguém ou ser feliz.

O "Fica, Robinho" traduza-se por "Eu quero continuar no meu país, este é o meu lugar". Utopia para alguns, coisa fora de moda para outros, a única opção para milhões. Fica Robinho, você pode ser a síntese!"


Mal ai, pessoal...A proposta do Real foi muito boa pra ser recusada, e eu não acho que o Julinho Botelho estivesse tão errado assim. Mas digamos que isso foi so um emprestimo, pra pegar ritmo de jogo em outros campos, com o objetivo final de ainda jogar na nossa patria querida.

enviado por Bruno - Bruno as 13:01:50. comentários[0]


A moeda

Agora a coisa começa a pegar. Amanhã ja tem uma provinha, depois tem diversos trabalhos, e em menos de um mês chegarão as provas. O que vai ser necessario? Sei la...Sorte, inspiração, coisas nessa linha, ja que esforço não vem sendo um item muito comum no meu dia-a-dia.

à parte isso, em um mês e um dia estarei de férias. é a vida...

enviado por Bruno - Bruno as 08:28:17. comentários[1]

sábado, 11 de junho de 2005



Tese lingüistica, ou o porquê de não ter escolhido humanas

Tava voltando pro meu quarto, pensando alguma coisa que eu nem tenho mais idéia do que era, quando percebo que os verbos "découvrir" (descobrir) e "ouvrir" (abrir) são curiosamente parecidos, a conjugação, a cara deles...

Percebo então que é por isso que vale a pena estudar outras linguas, para ter um conhecimento amplo, fazendo novas ligações que seriam impossiveis ficando restrito ao português. Qual seria a relação entre descobrir e abrir? Por que so um simples prefixo de diferença?

Parando pra pensar melhor, vi que descobrir e cobrir tb são muito parecidos, sem que exista nenhuma relação (falando de descobrir no sentido de "encontrar" e não de "tirar aquilo que cobre".

Ou seja, todo esse raciocinio foi inutil. Tive, pelo menos, a alegria de fazer o querido leitor perder 2 preciosos minutos lendo isso aqui.


enviado por Bruno - Bruno as 08:33:44. comentários[0]

quarta-feira, 8 de junho de 2005



Maldito sudaca

O bom de conversar com pessoas de outros paises é que, por termos referências culturais diferentes, certas coisas que não são nada além de luar comum para um povo se tornam coisas muito criativas para o outro. Por exemplo, os chilenos acreditavam que "joselito" era um adjetivo de verdade, não um personagem de TV.

Bom, mais cedo ou mais tarde ia acontecer a reciproca...

Eles costumam usar o termo sudaca (de sudamericano ou coisa que o valha) para aquele tipo de situação em que a gente poderia muito bem dizer "tinha que ser brasileiro", ou seja, quando vc esta fazendo alguma coisa errada, pra tirar vantagem, burlando as regras, etc. A expressão fica ainda mais engraçada quando eles adicionam um "maldito", tal como o titulo desse post.

Procurando na Oitava Maravilha para ver se encontrava algum registro em português, descobri que isso é na verdade o nome de uma musica; de um grupo chileno, por sinal o mesmo grupo que fez 80% das musicas que eles cantam quando pegam um violão, hehe (segundo o Tiago, o grupo era popular porque percorria o pais, em turnê, em 3 dias: um em cima, um no meio e outro no Sul, haha). Se alguém se interessar, esse site tem umas musicas do tal grupo bizarro, http://www.geocities.com/SunsetStrip/Cabaret/9928/.

Bom, depois de toda essa breve introdução téorica, o maldito sudaca que mora em mim se fez presente hj. Eu, como todo bom brasileiro, vejo nas proibições possiveis fontes de grande alegria.

Conversei hj com os dois chilenos que dividiam a raia de "nao nadadores" comigo, em Cherbourg. Ambos disseram que nao iam se apresentar aqui, para serem obrigados a nadar toda semana. Perguntei a mesma coisa pro Cristian, o romeno. Nem ele ia.

Ir no negocio quando nem o romeno vai obedecer? Ser menos malandro que ele? Sem condições, dei o cano tb...

Hoje teve tb uma conferência sobre um prjeto francês de construção de um mega laser. Parecia interessante. Dormi em 5 minutos...Legal que foi no anfiteatro mais chique da escola, os franceses todos obrigados a usar roupas militares. E a gente tinha definido uma "seção sudaca", isolada do resto, no fundo, para quem não queria prestar atenção, haha. Acordei no meio da palestra, com o Gustavo me perguntando o que era neodimio (ou praseodimio, não lembro qual deles). Expliquei, vi que ja tinha perdido grande parte da palestra, e voltei a dormir. Maldito...

Parênteses, so pra aproveitar o post: no momento presente, Argentina 3, Brasil 0. Dada a grandeza das equipes, tudo pode acontecer, desde um 6 a 0 a um 3 a 3, não vou me arriscar a dar palpite. Grande parte do meu odio com a seleção esta se extinguindo pela distancia...Mas o Parreira ainda me irrita, profundamente. Meu, vc vai enfrentar o unico adversario, em nivel mundial, que se equipara a você mesmo, e o idiota tem a insanidade de dizer que o time dele era mesmo um dream team, incrivel, quase imbativel, entrando completamente na provocação dos hermanos; Hoje em dia concordo que temos o melhor futebol (coisa, alias, que nunca duvidei), mas os caminhos que a seleção escolhe da muita raiva. Entao aguenta o Crespo...

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terça-feira, 7 de junho de 2005



Tem horas que a gente tem certeza que a vida é apenas um mega roteiro, escrito sabe-se la de que forma, mas que rege as nossas ações.

A merda é quando o roteirista perde a criatividade ou passa a repetir cenas que deram audiência em momentos anteriores, na expectativa de que essa espécie de "vale a pena ver de novo" seja capaz de superar os concorrentes.

Bem, entre apresentar mais uns capitulos daquela minissérie "Medo na piscina" ou programas para donas de casa, do tipo "Cozinhando miojo e limpando o teclado do seu computador sem mistérios", concordo que a primeira opção é mais emocionante. infelizmente me escolheram como protagonista, de novo.

Recebi um email convocando os "nao nadadores" a aparecer amanhã, na piscina, para começar a treinar. Bem na hora do almoço, que merda...

E vamos la, nessa eterna repetiçéao, para mais experiências aquaticas traumaticas acima do Equador. Quando o publico vai cansar?

enviado por Bruno - Bruno as 21:31:14. comentários[1]

segunda-feira, 6 de junho de 2005



Você percebe...

que virou outra pessoa ao pegar a tabela das eliminatorias, conferir a posição do Brasil, da Argentina e logo em seguida correr os olhos procurando o Chile, pra ver a chance deles se classificarem, depois olhar os futuros jogos e ficar com raiva que eles terão de jogar contra o Brasil, na nossa casa (ta bom, na casa de vcs, aqui na minha os caras comem pepino em festa, como naquela de sabado (vide descrição breve mas pertinente do Tiago). Sério, pepino. Fatiado. Vendido em copinhos. 2 euros. Eu mudei, beleza, mas continuo odiando esse povo. E odiando pepino acima de tudo.)

enviado por Bruno - Bruno as 04:27:38. comentários[0]

domingo, 5 de junho de 2005



Alguém deve ter a estatistica exata, mas acho que uns 90% dos blogs morrem na primeira semana. Os outros 10% são mantidos vivos, por vezes artificialmente, por seus autores, na esperança de que surjam grandes temas para se escrever. De vez em nunca, eles realmente surgem. Por exemplo a festa de ontem, recheada de momentos bizarros, assim como o meu fim de noite esta recheado de coisas pra se fazer, entao eu so vou postar amanhã, ou depois, sei la.

enviado por Bruno - Bruno as 17:35:51. comentários[2]

sábado, 4 de junho de 2005



O comentarista do JT sobre tênis, Paulo Cleto, sempre faz uma descrição muito apaixonada de Roland Garros. Quem sabe ano que vem eu não encontro ele. Meus comentarios sobre o texto estão entre parênteses.

Cidade ímpar, evento ímpar (até ai, beleza)

Meus planos começaram a ir por água abaixo logo cedo. Graças ao clima, que nestas duas semanas de Roland Garros mudou com mais freqüência do que certos humores femininos (inferno, acordar achando que ta calor, sair e tomar chuva, pegar um vento igual ao de Cherbourg...Mas na média São Paulo é pior, pelo que eu lembro). Fui dormir com uma noite maravilhosa, mesas de calçadas das brasseries de St. Germain lotadas, ruas alegres e plenas de vida (não sei se conheço esse lugar, acho que não). Jantei no Leon's, por onde sempre passo e nunca me animei a entrar. Como estava com amigos, uma das moças queria comer os famosos mexilhões do lugar (turista sempre acha que vai comer bem, hehe). Desejos femininos, melhor não questionar nem discutir. A invasão das mesas nas calçadas é tão acintosa que sinto que a qualquer instante vai chegar o IPTU ou o fiscal da prefeitura (povo desorganizado da porra). Pelo menos para pedir uma graninha. As mesas são pequenas demais para os pratos. Para colocar um prato tenho que segurar um copo, em um jogo de equilíbrio sem fim (desorganizados e sem noção). Isso sem contar que se os vizinhos esticarem as mãos levam o meu pão embora. No Brasil um local desse não sobreviveria. Mas aqui a comida é excelente (vou respeitar a opinião dele...), o vinho é bom, o local imbatível e a cultura é essa. Só fica insuportável se o cara ao lado fumar, especialmente um charuto (e como esses filhas da puta fumam...).

Comi camarões na caçarola de ferro, com arroz molhadinho em tomates, abobrinhas, azeite e alho. O vinho, um rosé servido fresco para amansar o calor. A sobremesa escolhida foi uma melánge de doces e um aperitivo. (eu comi macarrão sem molho, cenoura sem gosto e carne crua. Vai dizer que esse povo saber cozinhar?)

A conversa correu fácil. Conhecidos do torneio nos cumprimentaram. Percebemos em todos a estampa de felicidade. Quando pedimos a conta eram 22h e a noite começava a cair, naquilo que é um dos charmes da primavera européia - os dias longos (charme pra turista. Quando vc fica fazendo qualquer coisa até o sol se pôr achando que deve ser umas 18h e percebe que são dez da noite, na verdade, da muito desespero). O céu mudava de tonalidade a cada minuto e quando chegamos à antiqüíssima igreja de St. Germain, iluminada de baixo para cima, ela tinha um azul escuro, um tom abaixo do preto, deslumbrante. (ta, a cidade é bonita, não vou negar)

Ouvindo o burburinho da vida ao redor, mais uma razão para achar que Roland Garros, nesta cidade e nesta época, é um evento ímpar (2006, é nois dando a opinião aqui n'O Blog). Mas hoje o dia começou feio e chovendo, atrasando a programação dos jogos (pais de merda).

Chegando ao clube encontro Gustavo Kuerten treinando com o técnico Hernán Gumy. Esta semana, vi Larri Passos aqui no clube. Deve ser estranho para o ex-técnico dar de cara com o pupilo treinando com outro. Não acredito que Gumy agregue mais conhecimentos técnicos do que Passos, mas essa não deve ter sido a razão para a separação.

Guga era um dos últimos tenistas que acreditamem longos relacionamentos entre jogador e técnico. Hoje mudam com uma constância que lembra o futebol. Não creio que seja o ideal, pois os atletas se acomodam na posição de só trocar de técnicos, sem mudar suas atitudes, que geralmente são a razão de seus fracassos. (de tênis e dessas filosofias relacionadas o cara manja, não vou ficar tirando ele de graça. mas falar muito bem da França é coisa que eu ja não admito mais, hehehe)

enviado por Bruno - Bruno as 07:19:50. comentários[0]


Vagner Love e Geovani

Como aqui ando sem novidades, é melhor fazer um delirio futebolistico.

O Geovani em questão era aquele camisa 10 do Santos na campanha do Brasileiro de 95, em que o time praiano quase conseguiu um titulo heroico, depois de passar incrivelmente pelo Guarani e pelo Fluminense, mas sendo rouado contra o Botafogo. Nunca gostei muito do Santos, mas aquela derrota foi injusta.

Na seqüência, a sempre inteligente cartolagem brasileira vendeu o cara para o Barcelona, onde ele nunca jogou porra nenhuma. Depois ele ainda foi pra Grécia, mas o efeito daquele Brasileirão na memoria coletiva foi tão grande que valeu um lugar pra ele na Copa de 98 (pelo menos ele pode conhecer a França, o que não é tão bom assim...). Talvez ele não fosse um craque, aquele seqüência magica de jogos seria pura sorte. Talvez um desgraçado tenha acabado com a carreira de mais um para receber uma ninharia, em termos internacionais. Ontem ele foi reapresentado como reforço na Vila. Por termos uma boa memoria, achamos que ele é um bom jogador, mas ninguém tem a menor idéia de como ele estava, na verdade. 10 anos não é tão pouco, para um jogador de futebol.

Ano passado o nosso glorioso Mustafa resolve vender o Love para a merda de um time da Russia, por quase nada também, destroi o time do Palmeiras no resto do campeonato (ele chegou a liderar!) e provoca a perda do titulo. Agora eles querem desfazer a merda pagando os tubos (comenta-se um salario de 250 mil reais, contra 7 mil do ano passado...), para perder outro campeonato (isso não tem logica, é so reclamação).

Até quando vamos continuar reclamando da nossa pobreza e fazendo essas coisas? Se for pra vender pro exterior, que seja por um bom motivo. Eu, por exemplo...Quem sabe a Poli não resolve me dar uma mega bolsa para eu voltar, com direito a 3 coxinhas diarias?

enviado por Bruno - Bruno as 07:11:52. comentários[1]

sexta-feira, 3 de junho de 2005



Aqui o esporte é obrigatorio. Ufa, dira o leitor sarcastico, assim pelo menos você volta mais magro. Sim, é possivel, mas o objetivo inicial nem era esse.

Achei que escolhendo ser goleiro de handball eu ficaria cansado so de tomar bolada, mas isso não é tão problematico. Enganado, de novo...

Nesse começo a gente não vai jogar, o que faz todo sentido porque primeiro é preciso ter um preparo fisico mais ou menos e alguma noção de fundamentos, eu acho.

Eu so não esperava que o treino seria tão forte (idiota...numa escola militar, num treino em que 90% dos alunos são militares tb...idiotice minha, nem tem o que falar).

No começo, corrida no ginasio. Beleza. Depois a gente teve que fazer coisas idiotas com as mãos, as pernas, os braços, parecendo um aquecimento interminavel. Uns 40 minutos depois tivemos que pegar as bolas de handball, mas pra ficar chutando ela. Em um dado momento a idéia era tirar a bola do seu "amigo" para obriga-lo a fazer não sei quantas flexões. O técnico tentou roubar a bola de mim, escapei. Em seguida passei ao lado dele, de proposito e felizmente consegui fazer o corte.

La pelas tantas eu estava de saco cheio, com dores generalizadas e o exercicio era conduzir a bola de handball como se fosse futebol. Entao eu, com toda a minha habilidade futebolistica, resolvo brincar e dou umas duas pedaladas em cima da bola, num lance tão ridiculo que faria o Robinho se mijar de rir. Nisso vira o técnico, visivelmente admirado e espantado, e exclama "é, a gente reconhece rapido os brasileiros".

Se ele acha que aquilo é futebol...Coitado...

enviado por Bruno - Bruno as 17:07:12. comentários[0]

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