sexta-feira, março 10, 2006

Arquivo - Janeiro 2004

quarta-feira, 28 de janeiro de 2004



Este post é um aviso.

O meu computador vai explodir dentro de alguns dias, e achei melhor comunicá-los disso.

No meio de maio, fui informado de que fazer uma dupla instalação do Windows podia até resolver o problema daquela época, mas não duraria mais de 6 meses (pelo menos a informante jurou que nunca tiha visto isso acontecer).

Bem, durou mais de 6 meses. Aliás, quase 8, hehe. Mais uma hora voltou a danar.

Entao, se precisarem de mim, me liguem, e não confime nessa máquina do inferno.

PS: Hoje é quarta...

enviado por Bruno - brunofaccini as 09:19:52. comentários[5]

segunda-feira, 26 de janeiro de 2004



Transformações (lineares?)

Estava disposto ontem a torcer para os hermanos paraguaios, como de costume; Concentrei-me nessa tarefa, e, aos 30 e poucos minutos, lembro de ter pensado, "puxa, minha vida já anda uma merda, será que esses chicanos não podiam fazer alguma coisa? Alguma intervenção divina, quem sabe...." Em instantes eles fizeram o gol.

Certamente um dos trabalhos mais fáceis é motivar uma seleção paraguaia que vai enfrentar o Brasil. Basta começar por "Eles mataram todos os nossos homens, salgaram nossa terra, estupraram nossas mulheres, e nos condenaram a um futuro de miséria, mendicância e contrabando. VocÊs tem a oportunidade da vingança, agora".

Não creio que os técnicos paraguaios saibam História. Certamente não por essa razão, o Paraguai é apenas o Paraguai, e tem que cumprir o seu papel de derrotado.

Assisti ao segundo tempo ao lado do meu pai, ao contrário do primeiro. Fiquei com pena dele. Aos meus 12 anos, na copa da França, eu era um pouco mais insensível, e realmente gostei da derrocada brasileira. O assunto pode parecer repetitivo ao leitor, mas estou numa crise de consciência futebolística.

Com o desenrolar do jogo, sabia que eu me desapontaria com qualquer resultado. Eis o problema de ser pessimista, hehe. Mas o post de hoje já estava encaminhado. Seria uma foto da seleção comemorando o gol de empate nos últimos 5 minutos, e embaixo, "O que mata o ser humano é a esperança, daí ela estar presa junnto com os outros males na fatídica caixa..."

No entanto, as coisas tiveram que mudar. E, entre o comportamento condicionado de uma década e a auto-sugestão de alguns dias, fiquei com a segunda. Subitamente. E se o Brasil não se classificar pra copa da Alemanha, o que eu vou fazer lá? É melhor cancelar o diploma duplo, hehe.

Um alemão me xingou, e ao nosso país, no Sumo Volleyball. Só por causa da internet lenta, fornecida pelos espanhóis da Telefonica...

Era o que me faltava...No triste fim, tornar-me um POLIcarpo Quaresma.

enviado por Bruno - brunofaccini as 15:16:34. comentários[3]

domingo, 25 de janeiro de 2004



Pseudo-dramaturgia

PRÓLOGO

O reconhecimento público é o desejo de todo artista. Os gênios sonham em se tornar artistas, e nós, os medíocres, gostamos de fingir que somos gênios.

PERSONAGENS

O AUTOR
A MENINA DESCONHECIDA

OS FATOS

O Autor anda por uma rua próxima a sua antiga escola. Ele está destraído, como de costume, e não percebe a aproximação da Menina Desconhecida.

MENINA DESCONHECIDA (feliz) Parabéns!!

AUTOR (assustado) Br...Brigado....

MENINA DESCONHECIDA Você passou no ITA, não foi?

AUTOR (mais assustado) É, passei...

MENINA DESCONHECIDA A prova foi difícil?

AUTOR (se fazendo de coitado) Ah, foi horrível. Eu acertei metade, com muito sufoco e sorte. Nem achei que fosse passar.

MENINA DESCONHECIDA Você não quer ir pra lá?

AUTOR (cansado de repetir a mesma história) Olha, na verdade isso foi no outro ano, eu já fiz um ano de engenharia aqui na Poli mesmo. É que o curso que eu queria, ou melhor, que eu quero, não tem lá, então tive que ficar aqui. (O Autor fica apreensivo, pensando que ela pode perguntar a razão que o levou a encarar a prova)

MENINA DESCONHECIDA Eu vi a sua foto na revista de um colégio, num grande destaque. Você é amigo do Ulisses, né?

AUTOR (semi-aliviado) Sou sim, ia até passar na casa dele agora.

MENINA DESCONHECIDA Um primo meu quer passar lá no ITA, e estuda pra caramba. Puxa, parabéns de novo, você deve ser um gênio. Deixa eu ir, tchau!

AUTOR (fingindo de modesto) Obrigado, o que é isso. Até mais...

A menina vai embora, o Autor começa a rir desatinadamente. Acabou de perceber que o importante na vida não é o que você conquista, e sim o que as outras pessoas acham que você conquistou. A graça desse nosso teatro é apenas o público, não o roteiro...

PS: Acreditem, a história ocorreu de fato. Não tenho testemunhas, mas creio que a minha esquizofrenia não chegou a tanto.




enviado por Bruno - brunofaccini as 01:33:01. comentários[4]

quinta-feira, 22 de janeiro de 2004



Tarefa de férias: Escreva um programa em C, que, anualmente, na 3ª semana de janeiro, faça um post dizendo "Puxa, esse ano o Palmeiras foi eliminado da Copa São Paulo de juniores. Acho que existe alguma conspiração divina que impede a nação alvi-verde de conquistar esse maldito título";

Que merda...

enviado por Bruno - brunofaccini as 19:31:48. comentários[3]


Mais um da série "Delírios do Inconsciente"

Sempre que há algum confronto entre brasileiros e argentinos, no futebol, em especial, imagino que exista, em Buenos Aires, uma família que seja a versão Bizarra da minha (bizarro sendo usado no mesmo sentido do Super Homem Bizarro, e não de tosco, claro).

Ou seja, pai e filho se sentam no sofá de sua casa, próxima ao Rio da Prata, e enquanto o progenitor não se cansa de xingar os vizinhos do Norte, o garoto se emociona com a ginga e os dribles brasileiros. De uma hora para outra, ele se cansou de retrancas e da catimba, desprezando agora a atitude de seus compatriotas. (No meu caso, marco um Brasil 1 x 0 Bósnia, em Manaus, como o ínicio dessa revolta, lá pelos 20 e poucos minutos).

O menino portenho assistiu ao jogo de ontem, e viu que sua seleção não merecia a vitória, o ataque brasileiro perdia gols infantis. No momento do gol, enquanto seu pai fazia um "carnaval" (não achei palavra melhor) pela sala, ele não sentiu a revolta habitual, até esboçou um sorriso, que escondeu, sabe-se lá por qual razão, do pai.

Ao término do jogo, enquanto seu pai proferia as bravatas habituais, ele foi dormir, com a estranha sensação de que estava mudado.

Toda essa enrolação foi só pra dizer que após 8 anos, não consegui torcer contra o Brasil. Bizarro...

enviado por Bruno - brunofaccini as 12:48:13. comentários[0]

quarta-feira, 21 de janeiro de 2004



Eu sou exagerado.

Perdi o controle no post de ontem, fiquei extremamente revoltado. É o tipo de situação na qual eu não aceito a mínima crítica, aí deu nisso.

Quanto ao horário, acho que vai dar merda mesmo. A chance do meu horário e o da Kalynka serem do tipo perfeito era de uma em 38, isso não vai acontecer...Maldita intranet, que me fez sonhar com pastel quentinho todas as semanas...

Como diria meu pai, o computador é uma máquina do inferno.

enviado por Bruno - brunofaccini as 10:56:58. comentários[1]

terça-feira, 20 de janeiro de 2004



Comentário deixado hoje, na mensagem que tem a fotinho...
"Faccini! A Poli não é um colégio! Parabéns pela classificação, não é para qualquer um. Mas, em um ambiente universitário é isso o que importa? Não deixe de aproveitar oportunidades únicas de tal ambiente para garantir uma nota maior no seu histórico. Garanto que isso não fará a diferença"

Caro "Politécnico Revoltado"

Em primeiro lugar, gostaria de destacar que eu odeio comentários anônimos. Ora, se alguém quer me dar um conselho, fazer uma crítica ou coisa do gênero, identifique-se! Qual o problema com isso? Eu vou matar quem não gostou? Claro que não...

Pelo Nedstat, confirmo que o senhor é de fato uspiano, ou pelo menos escreveu da USP, o que elimina a minha tese original de que fosse apenas alguém de fora desse realidade. Meu caro, sabes muito bem o espírito de competição que reina entre nós...Além disso, deves conhecer também a proposta de diploma duplo, em que, pelo menos na química, a ÚNICA avalição é o Histórico Escolar (estou desprezando, obviamente, a carta de motivação)...Se eu pesar a oportunidade de ir para a França e ter um diploma aceito na Europa, de um lado, e participar de "oportunidades únicas de tal ambiente", como a Rateria, a Atlética e o Grêmio, por exemplo, não há o que se pensar...Tentei, até, participar do último, mas não me senti em casa.

Do
jeito que você colocou, parece que eu faço um esforço sobre-humano para não conversar com ninguém, para ter bastante tempo pra estudar, o que aqueles que me conhecem um pouco mais sabem que não é bem a verdade. Sou nerd, sou diferente da massa, o que se pode fazer? Tenho o direito de me divertir com coisas que gosto de estudar, ou não posso fazer isso porque seria "estranho demais"?

0,5 na minha média fará alguma diferença na minha vida? Possivelmente não, talvez sim, se retomarmos a idéia do diploma duplo. E daí?

Não saio da minha casa para ir falar pra outras pessoas que parem de beber e comecem a estudar. Cada um faz o que acha melhor, isso aqui é ou não uma "democracia"? Claro que se a gente pensar bem em alguns enroscos estamos longe do modelo, mas acho que ainda existe livre arbítrio...

Alegrei-me com a minha classificação, e quis brincar com os meus leitores. Ponto. Se isso revoltou alguém de tal forma, peço desculpas.

Sou estranho, fazer o quê?

"Se eu fosse outra pessoa, fazia-lhes, a todos, a vontade.
Assim, como sou, tenham paciência!
Vão para o diabo sem mim,
Ou deixem-me ir sozinho para o diabo!"

enviado por Bruno - brunofaccini as 13:53:05. comentários[4]

segunda-feira, 19 de janeiro de 2004



Um breve estudo sobre as probabilidades

Tendo muito pouco pra fazer em janeiro, dedico-me a vasculhar o site de nossa querida Escola Politécnica em busca de algum novidade minimamente relevante.

Encontro, então, os possíveis horários para a Grande Área Química.

Apaixono-me, à primeira vista, pelo primeiro deles. Folga no primeiro horário de segunda-feira, nada de aula às quartas de manhã (aproximando-me dos queridos pastéis da feira aqui do lado), e apenas laboratórios quinzenais às sextas. Um primor.

Motivado pelo pessimismo habitual, vasculho as outras 5 possibilidades, uma delas parecida, mas não tão boa, e 4 medíocres. COm um raciocínio elementar, chego na razão de 1/6 para que meu sonho se realize. Após tantos anos, tenho certeza de que esse horário ficaria apenas como a lembrança de um sonho bom.

E ontem, maravilha das maravilhas, percebo que fui agraciado com essa bênção!

(O Leitor Cético, parente d'O Leitor Que Me Tirou No Comentário De Ontem, sentirá dó e comiseração de alguém que se diverte tanto com um simples horário...)

enviado por Bruno - brunofaccini as 15:05:02. comentários[3]

sexta-feira, 16 de janeiro de 2004



Uma análise

Findo o tão falado curso de história da matemática, acho que se faz necessário um comentário geral.

Após mergulhar durante a semana na vida dos maiores gênios na mais rigorosa das ciências, confirmo que fiz uma coisa boa ao não escolher a matemática como carreira.

Eu, o supra-sumo da arrogância, sou forçado a me colocar em meu devido lugar. Sem a precocidade de Gauss, a memória de Euler, ou a criatividade de Fermat, nesse mundo em que a matemática se expande e se especifica cada vez mais, eu não seria porra nenhuma. Medíocre por medíocre, melhor ser engenheiro, hehe.

Afinal, com um pouco mais de esforço vou ter a posssibilidade de dar aula, e, por incrível que pareça, ter uma relação um ppouco mais humana com o mundo. Tenho consciência da colaboração dos engenheiros para a exploração e o desemprego em massa, antes que algum amigo do Che se levante contra mim; em todo caso, sofrer para tentar fazer uma palhinha numa área minúscula, com certeza da repercussão ser nula, nãop combina com a minha sede de nomeada.

Quem diria que o IME me faria valorizar mais a Poli...

Por falta de alguma frase conclusiva, transcrevo uma descrição do grande Euler (um dos poucos qeu subiram bastante em meu conceito): "Uma criança no colo, um gato sobre o ombro, assim escrevia ele suas obras imortais".

Criança? Gato?

Logo, obras imortais, aquele abraço.

(Um pouco trágico demais esse fim, eu sei)

enviado por Bruno - brunofaccini as 19:27:05. comentários[4]

terça-feira, 13 de janeiro de 2004



Todos conhecem a história que o Jânio propôs a renúncia para tentar ser aclamado com plenos poderes, mas o tiro saiu pela culatra;

Pois bem, em boa parte dos meus posts tenho alguma esperança de não repetir o fracasso do "Vassourinha". Como pedidos para alegrar-se com o fim de blogs amigos são impossíveis de realizar, limitar-me-ei (ohh!) a atormentar os leitores de humanas...

A minha vaga simplesmente brotou, de graça. O diferencial é o diplominha, no final da semana, porque usar o HU e a biblioteca do IME eu já podia.

O raio do Curso gera uma primeira sensação de felicidade, que é seguida de um pouco de preocupação. Vocês sabem que o César tinha um escravo que sussurrava em seus ouvidos, após as grandes vitórias, "Lembra-te de que és mortal". Acompanhar a vida e a obra de grandes gênios de 2500 anos atrás funciona um pouco como o escravo...Somos um bando de merda, é basicamente a conclusão que se tira, e nem adianta se esforçar para se aproximar dos gregos...Eles eram muito mais foda do que eu pensava, com o perdão da palavra. Melhorar a humildade é uma coisa que não faz mal nenhum, ainda mais para mim...Hoje começou a parte matemática de verdade, e percebi que o ensino da geometria básica é muito superficial. Fiquei com raiva do Euclides, ele era fenomenal. Só quero ver quando chegar no Newton e no Gauss...

Aliás, ouvi de um grande pseudo-filósofo, que nós tendemos a repelir as pessoas com defeitos semelhantes aos nossos. Tem um infeliz fazendo o curso que é louco pra aparecer, fazendo perguntas do tipo "Arquimedes inventou o Princípio de Arquimedes?" ou "3 1/7 (três inteiros e um sétimo, a aproximação de pi) é aquele 22/7?" Realmente incomoda ver alguém tentando mostrar que sabe, quando não passa de um jovem estudante, assim como eu. Ou melhor, me recuso a comparações, porque ele respondeu que um mol é 6*10^-27...Alguns chegaram a propôr 54 como expoente. Fiquei assustado que só eu sabia uma coisa tão rasa como essa.

As pessoas não parecem muito sociáveis. A menina que sentou do meu lado nos dois dias tava precisando daquele curso de leitura dramática (em tempo, ela é de fato do IME...), não esboçou um riso nem na hora em que eu, acidentalmente, bati a cabeça na cadeira da frente, no meio da aula. Típica coisa minha, claro.

Cheguei a procurar o Tsu, mas ele não faz o curso...Se bem que tem um senhor japonês com idade pra ser pai dele, que assiste aula de bengala. Um verdadeiro exemplo...

Estou num momento de sensação da pequenez humana. Vamos ver qual será a sensação deopis da aula de amanhã, hehe;

enviado por Bruno - brunofaccini as 15:03:59. comentários[4]

segunda-feira, 12 de janeiro de 2004



Tales de Mileto nunca viveu no que hoje é a Grécia.

Os chineses conseguiram provar o Teorema de Pitágoras 200 anos antes que os gregos.

Atualmente, são publicados 200.000 novos teoremas por ano. Os Elementos, de Euclides, contém pouco mais de 400.

Ah, poucas coisas me fazem tão bem quanto conhecimentos inúteis, despejados em minha cabeça inútil. Um curso de História da Matemática realmente veio a calhar. Bizarro é que o professor do curso é engenheiro, mas ele nos trata (os alunos), como se fôssemos professores de matemática, profissão de uns 40% da classe. Algo diferente, mas que fez bem para o meu ego, hehe. O fato de ser uma classe "à prova de Bisonhice" também ajuda.

E o melhor, o IME me arranjou uma vaga! Havia apenas uma vaga pra sorteio, e eu conheci uma menina que foi sorteada, recebendo inclusive email de aviso. No entanto, meu nome está na lista, e me deram até uma carteirinha que possibilita o acesso ao HU...

No Ime, os desconhecidos me falam bom dia.

PS: até a Batalha de Salamina foi discutida hoje!

enviado por Bruno - brunofaccini as 17:30:21. comentários[3]

sexta-feira, 9 de janeiro de 2004



Quando as atividades mais empolgantes do seu dia são a procura do nome da ilha companheira de Mallorca e Minorca nas Ilhas Baleares, e a tentativa de responder à última questão da Fuvest de matemática, ambas fracassadas, por sinal, temos uma definição bem clara de "marasmo".
enviado por Bruno - brunofaccini as 20:51:33. comentários[2]

quinta-feira, 8 de janeiro de 2004



Os leitores (não) devem estar com saudades dos meus posts arrogantes.

Porém, embuído de pérfido espírito de cópia do Verinisse, aí vai:


Pois é...A gente tem que se alegrar com alguma coisa, não é?


enviado por Bruno - brunofaccini as 10:34:20. comentários[4]

quarta-feira, 7 de janeiro de 2004



O projeto "ta-na.net" será postergado, por hora. Não dá pra mudar o template, e acho que ficar sem o tradicional fundo amarelo seria chocante demais para mim e para os leitores. Não dá pra copiá-lo, também, já testei. Farei alguma meditação pra decidir o que será feito.

Antes disso, tenho que contar o "Momento Bizarro" de ontem. Estou eu, no começo da noite, no metrô carrão, debruçado sobre a mureta da passagem que leva da catraca para a saída da Celso Garcia, observando a falta de trânsito no sentido centro-bairro.

De repente, vem um carro cinza, sozinho, na pista. Tenho como certo que nada pode acontecer de mais esdrúxulo na Radial Leste do que a história do ônibus (SOS, alunos em seqüestro), e como o referido veículo não era um tipo, nem tinha a placa BOM, não dei muita importância. O motorista começa a desacelerar, até que pára na pista, bem na faixa central!

O cidadão põe a cabeça pra fora do carro. Ele está sozinho. Olha na minha direção, e eu estou cercado por uma incrível falta de pessoas, devido ao movimento sístole-díastole que caracteriza o metrô fora dos horários de pico, em que temos apenas o fenômeno "Atum em lata". Ou seja, o maluco estava de fato me encarando.

E então, por um desses acasos do destino que nos fazem erguer as mãos aos céus e perguntar, "Pai, por que me abandonastes?", o cidadão me manda um beijo, com as mãos. E outro, ainda mais efusivo...

Ainda dei uma conferida pros lados, e confirmei que a história era comigo...

POEMA EM LINHA RETA

"Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
(...)
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,"
(Álvaro de Campos)

É, depois dos funcionários rirem de mim, faltava o versi seguinte. Amigos, não me emprestem dinheiro...

enviado por Bruno - brunofaccini as 14:51:47. comentários[1]

terça-feira, 6 de janeiro de 2004



Enquanto a falta de assunto impera na minha cabeça, tentamos fazer o tão prometido update. Vejam por si mesmos. Para mim, ainda não dá pra abandonar isso aqui, mas nós vamos dando um jeito...
enviado por Bruno - brunofaccini as 11:07:56. comentários[2]

segunda-feira, 5 de janeiro de 2004



O ano começa hoje, claro. Segundas-feiras existem para isso. Deveria eu contar as maravilhosas férias na praia? Passemos rapidamente por alguns fatos:

Quando o número de livros que você lê é maior do que o número de vezes em que entra no mar, algo está errado. Felizmente, a culpa não foi toda da minha estranheza, e sim, parte do pseudo-inverno fora de hora de Itanhaém. (O pior é que a comparação inicial não é uma hipérbole, aconteceu mesmo.)

Passei o Natal com Franz.

Franz Kafka, que isso fique bem claro. "O Processo". Encaixado entre "O Ateneu" e "Os sofrimentos do jovem Werther", intercalados com "A matemática divertida e curiosa". (aliás, acho que provei um negócio interessante de indeterminações do tipo 0^0 (zero elevado a zero). Parece que nunca pode dar 0, daria sempre alguma potência de e. O que fiz foi trivial, apenas um L'Hospital genérico, mas não sei o que fazer agora. Talvez não tenha nada pra fazer mesmo. Alguém interessado em ler meus manuscritos?)

Voltando a assuntos normais, digo que comecei 2004 com o pé esquerdo. Pulei a primeira onda desse ano com o referido pé. Assustei-me, exclamei "Ah Meu Deus, foi o pé errado", e pulei a segunda onda com ele...Ainda bem que eu não acredito em nada disso.

Acabo de ler sobre a classificação miraculosa do Green Bay para os playoffs, no fim de dezembro. Alguém que goste de futebol americano, por favor dê uma olhada no site da NFL, e leia sobre a vitória do Cardinals sobre o Vikings, porque se eu for explicar tudo aqui, ficaria um post pra lá de maluco.

Acho que vou cuidar de fazer a barba, porque eu não me reconheci no circuito interno de TV do mercadinho, na praia. Farei concurso pra Sósia do Saddam após a prisão;

Podem voltar, queridos leitores, que agora as plantinhas serão regadas com mais freqüência.

(Faltam 8 dias.)

enviado por Bruno - brunofaccini as 11:33:44. comentários[2]

Nenhum comentário: