sexta-feira, março 10, 2006

Arquivo - Janeiro 2005

quinta-feira, 6 de janeiro de 2005



Verborragia

Estou de volta.

Todos sabemos que qualquer excesso é prejudicial, e por isso faz-se necessário o conhecimento preciso das doses capazes de curar e de matar. Nisso assenta-se a nossa medicina (ô bosta), e isso deveria guiar também O Blog. Afinal, ninguém gosta de um autor que fala além da conta, portanto pausas como essa são benéficas para todos. O único problema é lembrar de falar de todos os assuntos. Farei uma separação temática, para não aborrecer ninguém.

Leiam na ordem que prefirirem. Ou não leiam.

enviado por Bruno - brunofaccini as 18:06:17. comentários[0]


Comentários esportivos.

A ida do Luxemburgo para o Real Madrid é possivelmente o maior momento do futebol brasileiro desde a conquista do tricampeonato, em 70 (naquele grande time com Félix, Carlos Alberto, Piazza, Brito e Everaldo; Clodoaldo, Gérson e Rivelino; Jairzinho, Pelé e Tostão). Calando a boca do Avallone que mora em mim, reafirmo o que penso: os europeus já haviam se rendido à nossa técnica, à nossa habilidade inquestionável, mas sempre nos acharam indisciplinados e, por que não dizer, burros no sentido tático.

Pois bem. O Real gasta 800 trilhões de dólares comprando 3 jogadores de nível mundial para cada posição do ataque, não tem um mísero volante, e não sabe porque perde os jogos. Lorenzo Sanz, o presidente, deve ter ouvido alguém falar sobre a falta de marcação do seu time, e foi atrás, inicialmente, de um italiano, Arrigo Sacchi. Ninguém arma um catenaccio (a popular retranca) como Sacchi. Ele conseguiu um vice em 94 marcando 8 gols em 7 jogos. Mas o experiente treinador não é burro, e já que tinha carta livre para contratar o melhor treinador do mundo, disse a seu espelho: “Espelho, espelho meu. Existe alguém capaz de criar um time mágico, só de craques, que jogue por música, encante multidões e discipline as estrelas?” Nisso o espelho, made in Paraguay e que acompanhava os jogos do Brasileirão em Ciudad del Este, graças à potência do sinal emitido em Foz do Iguaçu, mostra a carreira daquele mago: campeão paulista e vice-brasileiro com o obscuro Bragantino, tri paulista e bi brasileiro com o glorioso alviverde, mais 3 brasileiros com outros timinhos (Santos, Cruzeiro e aquele da marginal cujo nome não pronunciamos). E principalmente o título de 96. O maior time desde a seleção de 70. Uma máquina: Velloso; Cafu, Sandro, Cléber e Júnior; Amaral, Flávio Conceição, Djalminha e Rivaldo; Muller e Luisão. Nas mãos de outros poderia ter degringolado, principalmente pela mente doentia do Djalminha. No entanto, 4 desses tornaram-se pentacampeões em 2002. Lidar com Edmundo, Marcelinho Carioca, Rincón, e tantos outros não é fácil para os humanos.

Além do mais, ele tem o Robério de Ogun. É muito mais fácil ganhar tudo quando um pai de santo te protege, quando Iansã tira tudo lá atrás, Iemanjá distribui o jogo e Xangô não desperdiça uma dentro da grande área.

Piadas à parte, o Luxa é foda, entende muito de futebol, motivação e disciplina. Aposto com quem quiser que ele dá jeito no Real, e ele é o único ser humano capaz disso. E eles têm o Zidane. E o Zidane é o cara. Talvez perca da arrumada e chata Juventus, mas dificilmente o Barça leva o Espanhol. Está apostado.

“Ah”, dirá o leitor chato e com boa memória. E a Olimpíada? (Em 2000, o Super-Luxemburgo conseguiu perder de Camarões, mesmo tendo 2 jogadores a mais). Existem duas explicações: a praga do Romário, que não foi convocado, ou uma versão moderna do cidadão que dizia ao pé do ouvido de César, após as grandes vitórias: “Lembra-te de que és calvo, barrigudo, velho e que é mortal”.

(Nada a ver: acabei de ver uma matéria sobre o novo goleiro do Flamengo, Diego. Mostrou um dia em que ele substituiu o Júlio César, e ele pegou um pênalti. Goleiro reserva sempre pega pênalti, exceto quando o titular é expulso ao cometer a penalidade. Qualquer dia volto ao tema).

enviado por Bruno - brunofaccini as 18:02:59. comentários[0]


Considerações meteorológicas.

Pois é, um tsunami sacudiu a Ásia. Ou seria UMA tsunami? Afinal de contas, tsunami é uma daquelas malditas palavras estrangeiras, que ninguém sabe escrever, e ninguém sabe que artigo usar. E o pior é que essas palavras, em geral, são caixotes: elas carregam um significado gigante.

Como aqueles termos indígenas, como, sei lá, Pacaembu: “índio bem dotado que mata onça através de zarabatana envenenado com curare perto de rio grande”. Assim também é o nosso amigo tsunami: “onda gigante gerada por um terremoto de mais de 7 graus na escala Richter que gera destruição, morte e desgraça por onde passa, arrasando comunidades pesqueiras e miseráveis”.

Trágico, não há o que se dizer. Mais, c’est la vie.

enviado por Bruno - brunofaccini as 18:02:18. comentários[0]


Divagações lógicas

O todo é maior do que as parte nele contidas, já nos ensinava o mestre Euclides há 2500 anos. O senhor leitor concorda com isso?

Tem certeza?

Eu também tinha.

Considere o conjunto dos números naturais (0,1,2,3,etc.) Dentro desse conjunto, temos os pares e os ímpares, e poderíamos conjeturar que metade deles são pares e metade são ímpares.

Agora imagine que você montasse uma tabela, em que a primeira coluna fosse ocupada pelos naturais, e a segunda, pelo dobro deles.




Claro que se você se estendesse além das 65536 casas do Excel, até o infinito, você teria todos os naturais na primeira coluna, e todos os pares, na segunda. Ou seja, pra cada natural, existe um par, ou melhor existem tantos números pares quanto números naturais. Uma parte é igual ao todo. Fascinante.

enviado por Bruno - brunofaccini as 18:01:16. comentários[0]


Fidelidade partidária

Nas últimas eleições, votei no Serra. AS lambanças de Dona Marta na Rebouças, as obras faraônicas e de merchandising da educação e as taxas venceram a melhoria no transporte público, e resolvi acreditar no tucano.Por um tempo.

Para ser coerente e para garantir a governabilidade, votei na legenda.

No dia de eleger o presidente da Câmara, o senhor Roberto Trípoli abandona o PSDB e é eleito com o apoio da oposição ao prefeito.

O PT não é completamente inocente nessa história, eu sei, mas isso serve de lição para mim. Não votarei mais em legenda nenhuma, e prometo abrir melhor os olhos quanto a esses malditos tucanos.

Vai lá, Barbosa, defende o seu amigo agora.

enviado por Bruno - brunofaccini as 17:53:03. comentários[2]


Considerações de ano novo

Ano bissexto é uma merda. Não apenas pelo dia extra, mas porque acaba com toda a graça do retorno ao ponto original. Ele nos lembra que o ano não é composto pelos exatos 365 dias (o que seria uma incrível coincidência, o período da translação ser um múltiplo inteiro do período da rotação). Em ano algum o retorno se dá na hora correta. A rigor, o ano novo deveria varrer o dia. Seria muito mais interessante ter fogos na hora do almoço, às vezes.
Os fogos, aliás, merecem um capítulo à parte.

Depois que dominamos o fogo, não gostamos de perder uma oportunidade de mostrar aos outros animais que podemos produzir mais barulho, mais luzes e mais calor do que eles poderiam supor. No fundo, eu não entendo a lógica das baterias de fogos: ah, barulho, barulho, cores, feliz ano novo! Hein?

Gosto de pensar que as melhores coisas são aquelas passíveis de explicação para alienígenas. O que um ET falaria disso? “Vocês são um bando de idiotas”?

Sei lá.

Em todo caso, o eterno retorno é sensacional. A vã esperança de se tornar uma pessoa melhor, menos arrogante, com humor melhor, bebendo menos Coca-cola. Em geral, as minhas mudanças acabam antes do aniversário de São Paulo.

Mas o que certamente não é certo é o início das aulas na próxima segunda-feira. Ei, eu preciso dormir...

enviado por Bruno - brunofaccini as 17:52:30. comentários[0]


sábado, 29 de janeiro de 2005



O homem resiste por acreditar que é imortal.

Se é ou não, isso está além do escopo desse blog.

Aliás, está além do escopo também a produção de aforismos idiotas, mas eu não me contive.

enviado por Bruno - brunofaccini as 23:47:05. comentários[1]

sexta-feira, 28 de janeiro de 2005



Assisti, provavelmente pela última vez, ao "Futebol no Mundo", um dos n programas da ESPN Brasil.

Sabem aquele cara que falou para encararmos tudo como se fosse a última vez?

Então, tenho cada vez mais certeza de que ele estava só curtindo com a nossa cara. Ou queria ficar maluco, sei lá.

Outra notícia importante: os alunos da Polytechnique só podem deixar a escola duas vezes por mês. Yuppi!

enviado por Bruno - brunofaccini as 23:13:17. comentários[3]


Procurava por uma imagem de ampulheta. Descobri que o formato delas é uma função do tipo f(x)=x^-4, por permitir um fluxo mássico constante.

Uau.

enviado por Bruno - brunofaccini as 20:50:38. comentários[0]

quinta-feira, 27 de janeiro de 2005



Com a viagem se aproximando, o que todos os leitores querem saber é como eu vou fazer para assistir aos jogos do Palmeiras na libertadores.

Ontem, quando eu liguei o rádio para ouvir o placar, me dei conta de que a forma mais fácil de acompanhar as notícias no além-mar é essa!

A maioria dos sites das rádios brasileiras tem links para ouvir ao vivo. Pronto! Não encontrei nenhuma página com transmissão de tv ao vivo (se vocês descobrirem, me avisem), mas só o fato de ter um simulacro do rádio da minha vó comigo já é tranqüilizador.

O pior é que não é tão difícil assim imaginar o maníaco aqui, acordado às 4 da manhã, no coração da França, ouvindo uma decisão por pênaltis, e ensaiando uma dancinha ridícula de comemoração no caso de São Marcos voltar a atuar.

Ah, agora já posso ir em paz.

enviado por Bruno - brunofaccini as 17:06:05. comentários[0]


-E você, Bruno, vai sair do que no Carnaval.
-Desse país...

"Bonjour Ornella,

Veuillez trouver ci-dessous les informations concernant le départ
des élèves.

Départ de São Paulo/Lisbonne le dimanche 13 février à 19h10 vol
TP 190, arrivée 06:45.

Départ de Lisbonne/Paris (aéroport Orly)le lundi 14 février à 08h15
vol TP 432, arrivée à 11h25.

Je suis à votre disposition pour toute information complémentaire.

Merci d'avance,

Elza "

Traduzindo para a nossa língua mãe: saio daqui dia 13, às sete da noite.
Despedidas emocionadas no aeroporto são bem-vindas. Ah, e eu terei uma hora e meia para contemplar Lisboa e o Tejo. Com 65 kg de bagagem, é claro.
enviado por Bruno - brunofaccini as 12:36:33. comentários[0]

terça-feira, 25 de janeiro de 2005



Apaguei uns 25 MB da minha caixa do yahoo. 400 mensagens, sendo 198 não lidas.

E, no meio desse lixo todo, uma boa piada.





enviado por Bruno - brunofaccini as 16:27:21. comentários[1]


Inicialmente, façamos algumas considerações esdrúxulas. Admitamos, apesar de ser absurdo, que a quantidade de jogadores profissionais de uma faixa de renda independe da quantidade de pessoas daquela faixa de renda, ou seja, estamos admitindo que para se jogar futebol o dinheiro é irrelevante, e que o esporte não motiva os pobres. Um absurdo, mas tudo bem.

Admitamos também que aquelas listas com os nomes mais registrados no Brasil, em determinados períodos, também sejam independentes da renda. Todos sabemos que há mais “Washingtons” pobres do que ricos, mas deixa pra lá.

Combinando as duas hipóteses, concluímos que a freqüência de jogadores com um determinado nome é a mesma que a freqüência de pessoas registradas com aquele nome, ou seja, não há qualquer influência social. As duas hipóteses poderiam ser trocadas pela consideração de que “todo jogador é pobre” e pela lista de nomes mais comuns das classes mais baixas, mas careço dessa informação;

Tudo isso é um preâmbulo para dizer que, dentro de pouco tempo, a Seleção Brasileira será dominada por Tiagos, Diegos e Brunos. Pensei nisso ao ver mais um goleiro Bruno, dessa vez na seleção sub-20. É que dá uma alegria ouvir um “espaaaaaaaalma Bruno! Grande defesa do goleiro do Brasil!”.

Os Diegos iniciaram um pouco antes o seu reinado, mas logo terão companhia. O problema dos Brunos é o azar inerente. Fiquei assistindo ao Brasil e Uruguai na certeza de que o xará ia ceder o empate aos 48 do segundo tempo. Por enquanto, ele pareceu ter sorte, mas eu sei que isso é só um truque baixo para o cara não desistir de lutar e resolver, sei lá, estudar matemática no exterior.

Um Bruno perderá a Copa de 2014, no Maracanã. Eu balançarei a cabeça, na arquibancada, “Não disse?”.

Mas ele será vingado em 2018. Por um exército de Mateus.

enviado por Bruno - brunofaccini as 14:47:13. comentários[1]

segunda-feira, 24 de janeiro de 2005



Só para que as atualizações tenham efeito. Linkando para mim mesmo, para a Camila e o Vinícius...
enviado por Bruno - brunofaccini as 18:33:41. comentários[1]


Isso aqui ficou parado por problemas em atualizar, não em escrever. O texto a seguir é do domingo, e o seguinte, do sábado.

Na verdade, existem algumas referências literárias possíveis.

Creio que uma das melhores é o

“Mesmo que, de repente, sobre o muro
Surja a sanhuda face
Dum guerreiro invasor, e breve deva
Em sangue ali cair
O jogador solene de xadrez,
O momento antes desse
(É ainda dado ao cálculo dum lance
Pra a efeito horas depois)
É ainda entregue ao jogo predileto
Dos grandes indif'rentes “

O poema é do Ricardo Reis, está no dia 14 de abril de 2003. O ser humano é o único bicho idiota o bastante para acreditar em algo como planejamento de longo prazo, a ponto de criar planos de previdência privada.

No entanto, em geral é preciso ter ao menos uma noção do que pode acontecer, daí serem necessários engenheiros para construir qualquer coisa, como estádios de futebol americano. Não creio que muitos dos senhores tenham se dado ao trabalho de assistir até o final uma partida de tão belo esporte. Os ianques, não tão movidos pelo “nunca morre quem peleja” que infla os peitos e brios de nossos irmãos do Sul, simplesmente desistem da partida, quando “apenas um milagre” pode resolver a situação. No fundo, eles estão certos, mas é muito triste você abandonar o seu time querido. Grande parte do problema se deve ao incrivelmente eficiente sistema para evacuar o estádio. Em 5 minutos 70000 pessoas se vão. E os jogadores continuam lá, fazer o que...

Melancólico, sem esperança, na noite e no frio.

Desejo esclarecer aos preocupados leitores que o Autor não está doente, ele apenas acredita que posts melancólicos são incrivelmente mais fáceis de se escrever.

enviado por Bruno - brunofaccini as 12:27:14. comentários[0]


Gênios não precisam de coesão. Amadores fingem escrever de modo desconexo.

Meu pai tentava me convencer de que “só peru morre de véspera”, estimulando a minha esperança mesmo quando era necessário que o decadente Palmeiras vencesse, sei lá, o Santos na Vila Belmiro, e que o Corinthians perdesse do Juventus no Pacaembu. Acontecia, às vezes, mas em geral o peru não escapava.

O cidadão pensa em sair do país. Encarar uma outra cultura, outro clima, um povo mais frio, mas com a esperança de um futuro melhor, realizando um sonho de tantos outros de seu meio. Ele sabe como é querido aqui, e que seus colegas não têm um substituto para muitas de suas atividades. Mas o cidadão desiste, pelos filhos e pela Libertadores.

Você acho que eu estava falando de mim? Não, o assunto era o Magrão. Ele é o cara mais íntegro, com mais garra e hombridade do time atual, mas não teve coragem para sair do país. Pois é, a coisa fica mais e mais engraçada. Já me julguei mais inteligente que o Galois, agora me torno mais macho que o Magrão...

Não sei quantos de vocês assistiram ao filme “As invasões bárbaras”. Eu só o vi por causa de um exercício do francês, mas ele é excelente. Resumidamente, fala de um experiente professor universitário, com 2 filhos, que se encontra à beira da morte. Para ocupar seu tempo, sua cabeça e permitir que ele efetivamente “descanse em paz”, um filho , capitalista e que não compreende o pai, tenta organizar uma espécie de despedida, reunindo os antigos amigos do pai.

Acho que a grande palavra nesses casos é inexorabilidade. Adoro o som dessa palavra. E admiro o incrível e incessante fluxo de coisas em nossas vidas. Recomendo ainda que todos assistam sempre aos programas sobre o Botafogo do Garrincha, com entrevistas do Nilton Santos, como se fosse a última vez. Apesar de parecerem eternos, aqueles dribles para a direita podem sumir dentro das nossas cabeças.

O que me falta nesses últimos posts repetitivos é achar a comparação literária definitiva, aquela que dispensa explicações, provocando apenas um sorriso sem mostrar os dentes e um balanço afirmativo de cabeça. Mas tá foda...

enviado por Bruno - brunofaccini as 12:20:09. comentários[0]

quinta-feira, 20 de janeiro de 2005



Uma viagem, uma máquina fotográfica nova, a mesma falta de criatividade. Obviamente, só podia dar nisso:

http://ofotolog.nafoto.net/

enviado por Bruno - brunofaccini as 19:39:44. comentários[2]


Questão preocupante

Acabei de adicoinar os meus 4 colegas de viagem, politénicos e agora polytechniciens. Pessoas absolutamente normais, como o Autor, poderia pensar alguém.

Percebo, no entanto, um padrão entre eles: a incrível ausência de comunidades. Não fiz o cálculo, mas a média deve estar entre 15 e 20.

O que podemos concluir disso? O que podemos concluir de testimonials que começam dizendo "O que podemos dizer de Fulano de Tal?"

Talvez eles sejam mais inteligentes que eu pelo simples fato de jogar menos tempo fora em algo completamente inútil.

(Mas só eu tenho uma comunidade dos meus amigos, hahaha).

Nota mental: nunca tente escrever com a pupila dilatada, depois de voltar do oftalmologista. Além disso, nunca durma na sala de espera do referido médico...Pode ser constrangedor...

enviado por Bruno - brunofaccini as 19:17:35. comentários[0]

terça-feira, 18 de janeiro de 2005



Anteciparam minha viagem. 14 de fevereiro de 2005, apresentar-me-ei em Paris.

Devo
embarcar na noite do dia 13.

Que é um dia 13, afinal de contas;

13 de fevereiro: 1+3+2=...

Ficarei em Cherbourg por uns dois meses. Fica na Normandia, no noroeste da França. Perto da Inglaterra e de Jersey. QUem sabe eu não vejo o Malufão por lá...

Os aliados desembarcaram em Cherbourg em 6/08/44, o famoso dia D. Bastante interessante.

E o autor, que está se cagando, tenta mostrar serenidade.

enviado por Bruno - brunofaccini as 22:17:10. comentários[1]


Mais uma história de metrô

Chego ao metô Penha. Sento para esperar a carona. Um senhor senta ao meu lado, e pergunta se eu estou cansado, quantos anos eu tenho, um tanto quanto estranho.

Aí ele pergunta o que eu faço da vida. Achei que "Engenharia" iria encerrar o assunto.

O maluco pergunta qual tipo. Química, ainda bem. "E envolve muita matemática?"

Pensei em responder tudo que eu penso sobre a Deusa das ciências, e sobre o que eu estou fazendo com a minha vida, mas me controlo. Digo apenas que sim, o que é bom, já que eu gosto bastante.

Aí o cara fala: um número par.

Depois de esperar uns 2 minutos, eu digo "pode ser 6"? O cidadão se revolta, diz que era para eu pensar no número, não falar, e avisa que o 6 estava fora da brincadeira. Poderia alertá-lo para utilizar um verbo explicitando a ação que eu deveria tomar.

Penso no 8. O cara pede para eu dobrá-lo. Ok. Depois, somar 38. Beleza. Então, dividir por 2.

Nisso chega minha mãe, eu vou embora, morrendo de raiva pelo resto da eternidade que eu não fiquei pra ouvir o fim do enigma....


enviado por Bruno - brunofaccini as 18:03:52. comentários[1]

quinta-feira, 13 de janeiro de 2005



2 links, uma conclusão.
Link número 1. Os times classificados tem seu nome em negrito. Checar o grupo U.

Link número 2. Checar o post de 22 de janeiro.

A conclusão: puta que pariu. Eu não escrevi o maldito programa...

enviado por Bruno - brunofaccini as 14:02:47. comentários[0]

quarta-feira, 12 de janeiro de 2005



Meio velho isso, mas esqueci de dizer, sobre o grande número de pessoas que não assistiu ao "Na pressão", "Vês! Ninguém assistiu ao formidável enterro de tua última quimera".

Nunca concordei com a "última" quimera, mas deixa pra lá.

(O site do qual roubei a citação abaixo, e que me lembrou do Augusto dos Anjos é esse. Parece bom.)

enviado por Bruno - brunofaccini as 23:24:11. comentários[0]


Meus caros, acho que o post anterior estava azedo demais. Sabem aqueles concursos de viagem que eu já falei antes? Sempre tive medo de ganhar num negócio desse, ter que ir, etc. Li em algum lugar que o pior medo é o do sucesso. Parece muito frase de auto-ajuda, mas tem nexo. Em todo caso, é melhor quando tudo dá sempre errado, porque pelo menos a gente já tem a desculpa pronta.

O lado da novidade assustadora ainda está ganhando da alegria, mas isso se altera, eu sei.

Primeiramente, algo que eu não podia esquecer: CHUPA GALOIS!

Depois virá a sensação de perda, daquelas coisas realmente importantes, mas que não damos o devido valor.

Família? Amigos? Não, eu estou falando de coisas mais profundas.

O Palestra. Os jogos da NBA à noite (o fuso torna incompatível assitir qualquer esporte dos EUA, então adeus Superbowl também). Água de coco. Brigadeiro. Sílvio Santos. Arroz, feijão e suco de amarelo. Suco de laranja. Água não-dura.

Paremos de lamentar.

Quanto ao futuro d'O Blog, ainda preciso definir umas coisas. Pensei em criar um "Le Blog", ou quem sabe "L'Oblog", mas achei pedante demais. Ter um outro endereço pra escrever em francês parecia uma idéia boa, até eu pensar no tempo perdido proucrando acentos, p's dobrados e outras cositas. Talvez mudar o fundo, para algo mais "Bleu, blanc et rouge", ou para uma foto da Floresta Amazônica, sei lá.

Temo que eu perca um pouco do estilo. Talvez as piadas técnicas fiquem tão técnicas que ninguém mais entenda. Talvez as histórias do metrô se esgotem, ou quem sabe ganhem fôlego internacional. Creio que ele pode ficar mais engraçado, e, principalmente, mais útil. É muito melhor contar tudo de uma vez, para quem quiser ler. As pessoas especiais podem até ganhar emails, de vez em quando, haha. O que importa é que o número de visitas tende a crescer...

Estou emocionalmente alterado. Fiquei balançado até numa propaganda da Uninove, sobre decidir o futuro.

Eu disse, na nova versão do meu curriculum, "j'entends la musique populaire brésilienne". Considerando que "j'entends" é "eu ouço", o resto os senhores deduzem. A que ponto chegamos por uma bolsa de 1159 euros.

1159 euros.

E a Copa. E a matemática bizarra, o curso intensivo, as romenas da ginástica olímpica, haha.

Como diria o caríssimo Bentinho, "Tudo acaba, leitor; é um velho truísmo, a que se pode acrescentar que nem tudo o que dura dura muito tempo. Esta segunda parte não acha crentes fáceis; ao contrário, a idéia de que um castelo de vento dura mais que o mesmo vento de que é feito, dificilmente se despegará da cabeça, e é bom que seja assim, para que se não perca o costume daquelas construções quase eternas."

enviado por Bruno - brunofaccini as 23:18:49. comentários[0]

terça-feira, 11 de janeiro de 2005



Versão em inglês do email.

Dear candidates,

Congratulations!
You have just passed the competitive examination of the Ecole Polytechnique.
Few months ago, we received your registration file with your C.V and statement of purpose. The DRE (international office of the Ecole Polytechnique) would be happy to transfer your file to a French organism dealing with personal fellowships.If you want to obtain that fellowship you have to rewrite your C.V and personal achievement that you will send me by e-mail (a Word document).

I send to you a model for the C.V and instructions to write your statement of purpose.
Please, send them back to me as quick as possible.

Best regards,
E. Riou

Miss Erwana RIOU
Ecole Polytechnique
Direction des Relations Extérieures
91128 Palaiseau Cedex FRANCE
Tél : + 33 1-69-33-43-66 / fax: +33 1-69-33-30-53

Em francês não consta que o exame era "competitivo".

(versão francesa: Chers candidats,

Felicitations!
Vous venez d'etre admis a l'Ecole Polytechnique.
Il y a 3 mois environ nous avons recu votre dossier de candidature comprenant votre CV ainsi que votre projet personnel.

La Direction des Relations Exterieures de l'Ecole Polytechnique souhaiterait transmettre votre dossier a un organisme specialise qui delivre des bourses au merite. Si vous souhaitez profiter de cette bourse, merci de bien vouloir nous renvoyer par mail (document Word) un nouveau CV et un nouveau projet personnel.

Veuillez trouver ci-joint un CV a completer ainsi que les instructions pour rediger votre projet personnel.
Merci de me faire parvenir le tout tres rapidement.

Cordialement,
E. Riou)

Pois é.

Quanto de falta os leitores sentirão?

Tem uma comparação, que não é minha. Imagine que você enfia a mão num balde. A falta que as pessoas sentem é proporcional ao buraco que fica depois que você retira a mão...

Estou no limbo. Não posso terminar o meu quadrimestre, dissetam que a viagem é em 15 de março, ou cerca disso.

enviado por Bruno - brunofaccini as 09:19:20. comentários[1]

domingo, 9 de janeiro de 2005



Existe um jogo muito complicado cujo objetivo é obter apenas um site como resposta, no google, a uma busca feita com 2 e apenas 2 palavras. Obtive um bom resultado certa vez com "algebric" e "football". Acho que deu uns 3 resultados, sei lá.

Tá certo que uma das regras originais do jogo dizia também que as palavras deveriam estar em inglês. Fazendo-se uma pequena adaptação disso, temos, enfim, o brilhante resultado.

Tenho certeza que se os meus acentos não truncassem no google O Blog teria mais visitas, mas isso é outra história.

Valeu, Verissimo...

enviado por Bruno - brunofaccini as 00:30:08. comentários[0]

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2005



Postando só para que as alterações e o link pro Quachio tenham efeito.

Descobri que o botão "excluir weblogger" fica muito próximo do "salvar alterações". Não sei quem foi o programador idiota, mas quase exclui tudo por engano...

enviado por Bruno - Bruno as 16:37:32. comentários[0]


Meus caros amigos, publico hoje aquele que eu pensei que seria o grande post de janeiro, sem contar o resultado da X (explicando pela última vez aos que não sabem, os franceses chamam a Polytechnique de X, e dá muito trabalho escrever esse monte de letras, então adotarei daqui por diante a forma X).

28/12, o fim da busca

Cumpro informa-los que a minha longa trajetória em busca de um filme que poderia ter um final "feliz" mas que simplesmente o evita está finalmente concluída. Estou fazendo essa ressalva porque alguns filmes simplesmente não podem acabar bem, tipo Titanic. O moço morreu, acabou, graças a Deus. Na verdade, eu procuro por filmes de diretores com um coração ruim, haha.

E, para minha surpresa, "Efeito Borboleta" proporcionou o momento epifânico (tá bom, não chegou a tanto), apesar do ator fazer papel de babaca naquele seriado idiota que eu esqueci o nome.

Quase todo mundo, e certamente todos os meus leitores, conhecem a Teoria do Caos: grande sensibilidade das conseqüências às condições iniciais. Partindo da premissa matemática, o filme mostra que você nunca consegue deixar o futuro de uma maneira perfeita, tal como um cobertor de pobre.

No entanto, o filme mostra um aspecto interessante, que eu pensei há algum tempo: a vida é um grande "Método dos Mínimos Quadrados".

Introdução teórica (Se você cursou MAP2121, está dispensado de ler isso).

Imagine que você é um cientista, e está estudando, sei lá, o comportamento de uma mola. A equação que rege tal fenômeno pode ser F = k.x. Se fizermos um gráfico da força, F, pela distância, x, devemos ter uma reta. Imagine agora que você tabelou uns valores, mas não tem uma HP, nem sabe mexer no Excel. Você primeiro marcaria os pontos, então vamos lá:



Como traçar agora a maldita reta? Nosso amigo Euclides dizia que por 2 pontos temos uma e uma só reta. Porém, por 4, poderíamos ter várias, a priori.

Os matemáticos (entenda-se Gauss) se dedicaram a esse problema de ajuste, chegando numa forma de minimizar o erro cometido, chamado Método dos mínimos quadrados. O resultado final é



Ou seja, uma reta que não passa por todos os pontos, mas que minimiza o prejuízo.

A vida não é nada além disso. Você não vai vencer todas. Na verdade, vai acertar bem pouco. No entanto, uma força maior (dêem o nome que quiserem, Deus, Gauss, Yoda, não sou eu quem vai julgar) nos leva ao erro mínimo.
É duro? Sem dúvida, mas creio que é a única maneira.

Por isso o filme é bom, se bem que há uma cena em que ele se revolta ao perceber que se tornou bisonho que valeria o comentário por si própria, haha. Há ainda um erro de lógica, pois no começo do filme o menino aparece na cozinha de casa com uma faca, sem saber o porquê. No desenrolar da história, o jovem volta no tempo, até aquele ponto, para pegar uma faca e tentar impedir os demais acontecimentos. Não faz sentido ele ter pego a faca "antes" de voltar, pois estamos ferindo o Princípio de Causalidade (toda causa antecede sua conseqüência).

Poderíamos conceber um Universo em que ele não existe, tendo sido criado completo, como uma fita de vídeo, que só podemos assistir numa dada ordem, sem interferir, mas o filme trata exatamente do contrário disso. Bom, estou divagando.

Perdi a última folha do meu texto original, em que eu fazia uma boa piada. Uma pena, mas o que se há de fazer? Seguir em frente, aproximando nossos pontos pelas melhores retas possíveis...

enviado por Bruno - Bruno as 16:18:26. comentários[0]


Que a melhor parte d'O Blog são as buscas pelo Nedstat é uma verdade incontestável.

Passando alguns dias sem vê-las, descobri que sou o único resultado do yahoo para "tsunami pode ocorrer de novo". Eu odeio esses idiotas que não sabem usar sites de busca e acham que tem um carinha do outro lado aquilo que se digita; Eu odeio muitas coisas, mas isso não vem ao caso.

Odeio também procuras por fotos de jogadores. Dessa vez foi o goleiro do Flamengo, o Diego.

Já as "fotos de mortes por empalamento" são cíclicas, e sempre aparecem depois de um tempo. Acho que algum maluco estava procurando por isso, achou o site legal e sempre que quer voltar aqui precisa fazer uma nova busca.

Descobri também o incrível www.faccini.com.br, vejam só:




Recomendo também a visita ao site, é divertido. Talvez só eu ache isso, é como dizia aquele velho filósofo contemporâneo, "Nada é melhor do que ver o seu nome escrito em letras grandes, para que todos possam observar".

O que eu gostei mesmo foi o slogan "Faccini é a melhor solução". Parece que o problema mental não é só meu, haha.

Aliás, por falar em problemas mentais e boas soluções, outra foto, extraída diretamente daqui:




enviado por Bruno - Bruno as 14:22:02. comentários[0]

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